Do outro lado da ponte: ela

Ferrenha, felina, saudosa. Trabalhadora, inteligente, alta, amiga em todas as horas. Protege-me como uma onça. Linda, malhada, difícil. Ela é dona de todas as vontades, meiga, doce, ferida. Magoaram seu coração, e ela anda ainda com a asa quebrada. Sorridente, boêmia, encanta a todos, olhos profundos, amendoados, sinto falta do chopp de sexta-feira, da conversa boba. Do riso frouxo. Sinto falta da minha amiga advogada, chefe do setor, da mulher de terno alinhadérrima que trabalha quase a meu lado. Sinto falta da leveza. Da época dos corações alinhados, onde as grandes asas te protegia. Sinto falta da magia que nos permeava. A pesar da procura sinto falta de sua leveza, volte amiga, volte. Eu te espero ansiosa e de braços abertos.