A vista da janela - Lagoa Rodrigo de Freitas (Setembro 2006)
Sensação inércia. Paralisia. O mundo anda, anda, anda. Em círculos e por mais longe que eu pense estar, nunca sai do mesmo lugar. Ainda me assusto na sombra do ponteiro. O tempo passa. Regular. Igual. E nada muda. Tensão. Ninguém entrou ou saiu. Foi ou voltou. Está tudo igual ... Marasmo. A mesma paisagem, inerte da Lagoa, presa sem correnteza, onde a água não vai pra lugar nenhum. Apenas se move, de uma borda à outra, como o vento manda e nós obedecemos. Complacentes, eu e a Lagoa. Em busca da brisa ou Tsunami para matar, morrer e renascer.