ÚLTIMO ENCONTRO
Após uma semana de grande desespero, fé e ao mesmo tempo dúvida nós estávamos lá no encontro. Ninguém conseguia sorrir. Nossos pensamentos voltados para o criador. Falávamos com ele em pensamento, pelo olhar, em gestos e em lágrimas.
Era um cenário de cinema mudo, pois a voz calava-se diante do grito da alma.
Era uma situação nova que estávamos vivendo e não estávamos preparados para passar.
Era 18:20, muito frio. Eu cheguei cedo ao hospital Santana de Mogi das Cruzes. Estava sozinha no momento que Dr. Daniel chegou. Cruzamos olhares, bocas caladas, quis indagar lhe sobre a saúde de Tê...Não deu tempo ele subiu as escadas rapidamente, às pressas.
19:30, mais ou menos, já não estava tão só, a família estava reunida, Flávia e Vanessa filha de Tê; Léo ,o neto, as irmãs e irmãos, só faltava a mãe e o pai. A reunião acontecia rotinamente.
Queria subir as escadas para ir até a UTI e descer gritando de alegria, mas naquele dia o médico só autorizou duas pessoas subirem ...
Eu e Flávia demos as mãos e subimos ao sermos autorizadas. Apertávamos nossas mãos com tanta força que doía muito.
Mas essa dor não era nada diante da maior dor que trazíamos ao descer as escadas. Flávia veio carregada, gritava, chorava, espermiava, lembrava-nos uma criança que queria alguma coisa que não podia.
Eu disfarçava.
Não queria chorar, pelo menos fisicamente.
Tive de dizer que “Tê” tinha partido.
Não queira saber que de “cinema mudo” nada tinha naquele cenário. Uma explosão de vozes que se misturavam em prantos de dor e sofrimento.
Calei-me mais uma vez...
E continuo calada...
Só a alma chora todos os dias.
A saudade da “Tê” é grande demais...grande e dolorida.
Após uma semana de grande desespero, fé e ao mesmo tempo dúvida nós estávamos lá no encontro. Ninguém conseguia sorrir. Nossos pensamentos voltados para o criador. Falávamos com ele em pensamento, pelo olhar, em gestos e em lágrimas.
Era um cenário de cinema mudo, pois a voz calava-se diante do grito da alma.
Era uma situação nova que estávamos vivendo e não estávamos preparados para passar.
Era 18:20, muito frio. Eu cheguei cedo ao hospital Santana de Mogi das Cruzes. Estava sozinha no momento que Dr. Daniel chegou. Cruzamos olhares, bocas caladas, quis indagar lhe sobre a saúde de Tê...Não deu tempo ele subiu as escadas rapidamente, às pressas.
19:30, mais ou menos, já não estava tão só, a família estava reunida, Flávia e Vanessa filha de Tê; Léo ,o neto, as irmãs e irmãos, só faltava a mãe e o pai. A reunião acontecia rotinamente.
Queria subir as escadas para ir até a UTI e descer gritando de alegria, mas naquele dia o médico só autorizou duas pessoas subirem ...
Eu e Flávia demos as mãos e subimos ao sermos autorizadas. Apertávamos nossas mãos com tanta força que doía muito.
Mas essa dor não era nada diante da maior dor que trazíamos ao descer as escadas. Flávia veio carregada, gritava, chorava, espermiava, lembrava-nos uma criança que queria alguma coisa que não podia.
Eu disfarçava.
Não queria chorar, pelo menos fisicamente.
Tive de dizer que “Tê” tinha partido.
Não queira saber que de “cinema mudo” nada tinha naquele cenário. Uma explosão de vozes que se misturavam em prantos de dor e sofrimento.
Calei-me mais uma vez...
E continuo calada...
Só a alma chora todos os dias.
A saudade da “Tê” é grande demais...grande e dolorida.