Tempo de escolhas...
Naquela tarde, Ana saiu mais cedo do trabalho.
Passou pela padaria, pegou algumas baguetes,e a passos
medidos entrou no carro, deu partida e rumou para o
apartamento.Um estranho torpor tomava conta dos seus
movimentos...Tomou banho deixando que a água
deslizasse pelo corpo enquanto a mente divagava...
Lembrou-se do último ano de faculdade, a formatura,
o primeiro emprego... O sucesso...
__ Hoje era uma advogada renomada.
Olhou ao seu redor. O apartamento luxuoso,os móveis
caros... Sobre a escrvaninha a foto.
Foi ao espelho,examinou-se com frieza cirúrgica.
O tempo já deixara algumas marcas em seus olhos e o
trabalho exaustivo se mostrava devastador...
Também levara consigo muitos sonhos, entregues que
foram por sua ambição desmedida.
Sua vitória tinha um amargo gosto de... Solidão?!
_ Ana se vendera. E se deixara consumir também...
Quando, exatamente, ela começara a se distanciar dos
amigos,adiar aquele papo sem compromisso, o chopinho
nos finais de semana,caminhar pela praia,um cineminha
com a turma... Ah, agora ela se lembrava:_desde quando
"percebeu" que precisava se reciclar para chegar ao topo.
E, sinceramente, seus amigos eram pouco ambiciosos
para os padrões dela, mediocres mesmo...
Então porque hoje ela estava ali retomando o passado?
Algo se rebelava em seu interior. Ana se sentia triste,
exausta!
Tinha a estranha impressão de que Guilherme a acom-
panhava com os olhos; aquela foto dele parecia respirar.
Algo nela a incomodava, e tocava sua sensibilidade.
Ana e Guilherme viveram uma experiência marcante,
partilharam projetos, sonhos de uma vida juntos...
Estes sonhos ressurgiam tão vivos... Seria tarde demais?
Aquele sorriso na foto irradiava energia, uma vontade
de retomar o tempo... Ah,andar de mãos dadas no final
da tarde, sem nenhum compromisso... Terminar o dia
no barzinho da esquina onde os amigos os esperavam...
Missa aos domingos, agradecer a Deus...
Depois a sós ela e o amado; uma celebração especial!!
__ Mas sua ambição afastou-a. De repente, na solidão do
seu quarto, neste momento, Ana percebeu num relance
que tinha todo o tempo... Era o tempo que precisava
para avaliar suas escolhas....Era o que lhe que restara, o
que ela pedia,do que tinha tanta urgência:_ Tempo... este
que ela colocara entre si e os entes queridos feito uma
muralha...
___ O tempo.
Na pressa de vencer ela perdeu de vista,amigos, o amor...
Entre ela,os amigos, e o amado, o tempo. Entre ela e Deus,
o tempo. O tempo que (de repente ela percebeu), o tempo
que numa noite qualquer, fecharia todas as janelas e portas
deixando do lado de dentro a suprema angústia da solidão.
__ Vestiu-se apressadamente,retomou o velho caminho
tão conhecido. Entrou procurando um lugar especial...
O coração acelerado, respiração ofegante...
Estariam todos à mesa? E ele...? Aínda estava em tempo
de recomeçar tudo? Só o tempo diria...
Naquela tarde, Ana saiu mais cedo do trabalho.
Passou pela padaria, pegou algumas baguetes,e a passos
medidos entrou no carro, deu partida e rumou para o
apartamento.Um estranho torpor tomava conta dos seus
movimentos...Tomou banho deixando que a água
deslizasse pelo corpo enquanto a mente divagava...
Lembrou-se do último ano de faculdade, a formatura,
o primeiro emprego... O sucesso...
__ Hoje era uma advogada renomada.
Olhou ao seu redor. O apartamento luxuoso,os móveis
caros... Sobre a escrvaninha a foto.
Foi ao espelho,examinou-se com frieza cirúrgica.
O tempo já deixara algumas marcas em seus olhos e o
trabalho exaustivo se mostrava devastador...
Também levara consigo muitos sonhos, entregues que
foram por sua ambição desmedida.
Sua vitória tinha um amargo gosto de... Solidão?!
_ Ana se vendera. E se deixara consumir também...
Quando, exatamente, ela começara a se distanciar dos
amigos,adiar aquele papo sem compromisso, o chopinho
nos finais de semana,caminhar pela praia,um cineminha
com a turma... Ah, agora ela se lembrava:_desde quando
"percebeu" que precisava se reciclar para chegar ao topo.
E, sinceramente, seus amigos eram pouco ambiciosos
para os padrões dela, mediocres mesmo...
Então porque hoje ela estava ali retomando o passado?
Algo se rebelava em seu interior. Ana se sentia triste,
exausta!
Tinha a estranha impressão de que Guilherme a acom-
panhava com os olhos; aquela foto dele parecia respirar.
Algo nela a incomodava, e tocava sua sensibilidade.
Ana e Guilherme viveram uma experiência marcante,
partilharam projetos, sonhos de uma vida juntos...
Estes sonhos ressurgiam tão vivos... Seria tarde demais?
Aquele sorriso na foto irradiava energia, uma vontade
de retomar o tempo... Ah,andar de mãos dadas no final
da tarde, sem nenhum compromisso... Terminar o dia
no barzinho da esquina onde os amigos os esperavam...
Missa aos domingos, agradecer a Deus...
Depois a sós ela e o amado; uma celebração especial!!
__ Mas sua ambição afastou-a. De repente, na solidão do
seu quarto, neste momento, Ana percebeu num relance
que tinha todo o tempo... Era o tempo que precisava
para avaliar suas escolhas....Era o que lhe que restara, o
que ela pedia,do que tinha tanta urgência:_ Tempo... este
que ela colocara entre si e os entes queridos feito uma
muralha...
___ O tempo.
Na pressa de vencer ela perdeu de vista,amigos, o amor...
Entre ela,os amigos, e o amado, o tempo. Entre ela e Deus,
o tempo. O tempo que (de repente ela percebeu), o tempo
que numa noite qualquer, fecharia todas as janelas e portas
deixando do lado de dentro a suprema angústia da solidão.
__ Vestiu-se apressadamente,retomou o velho caminho
tão conhecido. Entrou procurando um lugar especial...
O coração acelerado, respiração ofegante...
Estariam todos à mesa? E ele...? Aínda estava em tempo
de recomeçar tudo? Só o tempo diria...