INÍCIO DA ESCALADA
O ano de mil e novecentos e cinqüenta e sete foi muito especial para mim e acredito que para muitos meninos e meninas, sobretudo os da minha turminha.Meus irmãos Iderval e Erivaldo e eu fomos matriculados no Instituto Pe. Viana. Eles, cursando o quinto e eu o quarto ano do curso primário. Fomos alunos do saudoso professor José Teles de Carvalho até o mês de setembro, quando nos matriculamos no curso de preparação para o exame de admissão ao ginásio, no então ginásio Pe. Abath, em processo de legalização pelo professor Júlio Macedo Costa.
Foi uma experiência maravilhosa ter freqüentado o Instituto Pe. Viana. Era impressionante como o professor José Teles, com sua peculiar autoridade, mantinha a disciplina e ministrava todos os ensinamentos aos alunos do terceiro, quarto e quinto anos, juntos, na mesma sala, ou melhor, no mesmo salão. Enquanto alunos do quinto e quarto anos faziam seus exercícios de fixação de aprendizagem, estes de gramática, aqueles de aritmética, o terceiro ano ouvia as explicações da matéria nova ou era argüido. Ora era tomado o ponto de História ou de Geografia, ora éramos chamados à lousa para demonstrar os conhecimentos sobre o assunto estudado. Ele cronometrava o tempo de maneira que, enquanto uma turma realizava os exercícios, outra ouvia as explanações de conteúdos. Nin-guém jamais ficava ocioso e nunca havia indisciplina.
Como um único professor conseguia lecionar em três turmas diferentes, simultaneamente, mantendo-as sempre ocupadas e bem comportadas? Mérito seu!
Fatos inesquecíveis foram também o desfile do dia da Pátria e o aniversário natalício do professor "Zé Teles” no dia quinze do mesmo mês.A preocupação do Mestre com o êxito do desfile, preparando-nos com ensaios através da pessoa amiga do “Cabo Zé Aleriano”, o seu incentivo para que cumpríssemos com amor o nosso dever pátrio, nos encorajava a darmos o melhor de nós na festa da Independência do nosso País. Foi uma linda festa!A sessão solene no prédio do Instituto e o coquetel preparado por “Dona Molequinha” foram os pontos altos da festa do ilustre aniversariante.Quem consegue esquecer o sabor do bom-bocado e dos sequilhos de “Dona Molequinha”? Ninguém que os provou.
Faz tanto tempo! E para mim é como se tivesse sido ontem.
“A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo” (Mário Quintana)
O ano de mil e novecentos e cinqüenta e sete foi muito especial para mim e acredito que para muitos meninos e meninas, sobretudo os da minha turminha.Meus irmãos Iderval e Erivaldo e eu fomos matriculados no Instituto Pe. Viana. Eles, cursando o quinto e eu o quarto ano do curso primário. Fomos alunos do saudoso professor José Teles de Carvalho até o mês de setembro, quando nos matriculamos no curso de preparação para o exame de admissão ao ginásio, no então ginásio Pe. Abath, em processo de legalização pelo professor Júlio Macedo Costa.
Foi uma experiência maravilhosa ter freqüentado o Instituto Pe. Viana. Era impressionante como o professor José Teles, com sua peculiar autoridade, mantinha a disciplina e ministrava todos os ensinamentos aos alunos do terceiro, quarto e quinto anos, juntos, na mesma sala, ou melhor, no mesmo salão. Enquanto alunos do quinto e quarto anos faziam seus exercícios de fixação de aprendizagem, estes de gramática, aqueles de aritmética, o terceiro ano ouvia as explicações da matéria nova ou era argüido. Ora era tomado o ponto de História ou de Geografia, ora éramos chamados à lousa para demonstrar os conhecimentos sobre o assunto estudado. Ele cronometrava o tempo de maneira que, enquanto uma turma realizava os exercícios, outra ouvia as explanações de conteúdos. Nin-guém jamais ficava ocioso e nunca havia indisciplina.
Como um único professor conseguia lecionar em três turmas diferentes, simultaneamente, mantendo-as sempre ocupadas e bem comportadas? Mérito seu!
Fatos inesquecíveis foram também o desfile do dia da Pátria e o aniversário natalício do professor "Zé Teles” no dia quinze do mesmo mês.A preocupação do Mestre com o êxito do desfile, preparando-nos com ensaios através da pessoa amiga do “Cabo Zé Aleriano”, o seu incentivo para que cumpríssemos com amor o nosso dever pátrio, nos encorajava a darmos o melhor de nós na festa da Independência do nosso País. Foi uma linda festa!A sessão solene no prédio do Instituto e o coquetel preparado por “Dona Molequinha” foram os pontos altos da festa do ilustre aniversariante.Quem consegue esquecer o sabor do bom-bocado e dos sequilhos de “Dona Molequinha”? Ninguém que os provou.
Faz tanto tempo! E para mim é como se tivesse sido ontem.
“A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo” (Mário Quintana)