BRINCANDO DE CASINHA
Relembrar momentos lúdicos e felizes de nossa longinqua infância, sempre será prazeroso e de muita saudade.
Por quê brincando de casinha?
Eu devia ter meus oito ou nove anos de idade. Habitava um enorme casarão, na minha querida e inesquecível terra natal: A paradisíaca : Florianópolis.
Naquela época não havia televisão e o computador tb estava para ser descoberto.
Foi a época dos casarões, casas com seus enormes jardins, pomar com todas as frutas, galinheiro, e a indispensável horta, onde eram colhidos fresquinhos os legumes , para serem preparados para o almoço, sem conteúdo tóxico e livres de qualquer conservante.
Nas férias escolares, todas as manhãs reunia minhas amiguinhas, para no jardim que era enorme: Brincarmos de casinha.
Brincar de casinha foi o termo usado por minhas tias avós e minha mãe, pois virávamos verdadeiras cosinheiras, preparando em panelinhas de barro, comprados no Mercado Municipal, nossa imaginária comidinha com pétalas de rosa, graminhas, uvas da nossa parreira, e fazíamos de conta que a degustação era verdadeira.
O tempo passou. Tornamo-nos adultos felizes, responsáveis e agora, orgulhosamente, nos intitulam de verdadeira : Mestre-cuca.
Tudo que vivenciamos na infância, vai sempre nos acompanhando e então, resolvi neste final de semana, preparar um cardápio que nunca havia feito: Lagostas grelhadas e camarão na moranga.
Lógico que a base do trivial eu já sabia, mas pratos sofisticados ainda me considero uma simples aprendiz e recorri as receitas, que foram a minha tábua de salvação.
Não podia decepcionar meus queridos convidados: minhas filhas, meus netos de 15 e 6 anos de idade, e meus genrinhos e um convidado especial e sua filha: meu sensível poeta de olhos azuis e a linda Priscila que foi Miss Joinvile.
Felizmente, o meu Brincando de casinha, foi verdadeiro, pois tive a felicidade e a alegria de ser auxiliada no preparo do sofisticado cardápio, pelo meu querido poeta, e agora, posso até intitulá-o: Além de mestre na arte de escrever, o melhor assistente do mundo na Arte da Gastronomia.
Valeu !
Será mais uma página da minha existência, que jamais será apagada da minha memória.