O Velho Léle "Cururu" e o Apelide (Celismando Sodré- Mandinho)
O VELHO LÉLE "CURURU" E O APELIDE
(Celismando Sodré - Mandinho)
Lélinho, tinha um apelide que bastava alguém chama-lo, que ele partia para briga e quando não podia alcançar aqueles que enchiam seu saco, ele xingava de todos os nomes impróprios que lembrava, sem qualquer ressalva de lugar ou de ambiente. Se tinha senhoras casadas ou não.
O apelide era Léle Cururu. Todos sabemos que aqueles que se importam com apelide, este gruda mais do que chiclete e para sair dá muito trabalho. Os meninos, que eram chegados numa pirraça, não perdiam a oportunidade, toda vez que Léle ia passando os gritos eram constante: “Léle Cururu... Cururu!!!. Este senhor chegava a soltar fogo pelas ventas.
Por incrível que pareça, estava Lico leite passando na famosa rua da palha, ruas das” meninas dadivosas”, onde havia algumas casas de prostituição, quando ele olha para dentro de um bar e ver, para sua admiração, estava lá para quem quisesse ver. Léle Cururu sentado no colo de uma rapariga, ela alisando seu rosto e falando para todos que estavam presente ouvirem: “ó meu cururuzinho como tu é bonitinho!!”, abraçava e alisava Léle sempre repetindo: “ô gente meu cururuzinho é tão bonitinho!!” e puxava Léle para lá e para cá: “vem... meu cururuzinho querido!!” e esse Léle chega ria de satisfação, não estava nem um pouco incomodado de ser chamado pelo apelide que ele detestava.
Pois é... em tudo na vida, depende de quem fala ou faz e também do momento. Não é todo mundo que podia chama-lo de Cururuzinho, mais naquele momento, naquela situação, aquela rapariga podia; também... só ela podia em todo o ambiente.