Um indigena na cidade!...
Como todas as estórias começam com,Era uma vez!...Bem, certa altura os governantes da Guiana Francesa decidiram promover um evento cultural, antrópologo, que mostrasse a cultura dos vários povos que populavam as ilhas que compõem o seu território. Convidaram um certo ancião, já tardio em seus dias de vida, que iria representar a sua ilha,ele teria por objectivo mostrar aos habitantes e visitantes do certame os seus costumes étnicos e tradicionais. Quando chegou á cidade na metrópole,ficou deslumbrado,nunca em sua vida tinha saído de sua pequena ilha,não compreendia porque todos corriam em seus afazeres,ninguém os cumprimentava. Achou estranho mas lá continuou a visita guiada com o seu anfitreão,deambularam pelas avenidas olhando para todo aquele borburinho,enquanto seu orgulhoso acompanhante lhe mostrava as novidades. O velhote,coitado,não se conformava.Lá na sua aldeia as pessoas sentavam-se, pela tardinha,debaixo de um colmeiro,assim se chamava a grande tenda comunitária feita de colmo,a meditar,a conversar e trocar experiências. Era isso que tornava aquele povo tão peculiar,passavam imenso tempo em comum. Ora,ao dobrar da esquina de uma avenida ele parou e agachou-se tomando atenção em uma sargeta,(boeiro),o seu acompanhante,comissário do governo,estranhou e perguntou-lhe o que fazia. O ancião disse que ouvira um grilo cantar, e isso lhe lembrou a sua pacata aldeia. O comissário ficou estupfacto por no meio de todo aquele ruído da cidade,o trânsito,os pregões dos vendedores as businadelas incessantes o ancião conseguira ouvir um pequeno grilo a cantar, lá na sargeta. Então o ancião explicou-lhe;-Sabe,os nossos ouvidos ouvem o que estão habituados ou querem ouvir,quer que lhe mostre? E pediu-lhe uma pequena moeda emprestada,lançou-a a rolar pela calçada saltitando. Várias pessoas se viraram prescutando o chão a ver se viam a tão famigerada moédinha. - Disse o ansião:Vê,todos ouvem o que lhes convém.