Minha vida ridícula II (plagiando)

("Plagiando" o título de uma das tirinhas do cartunista Adão Iturrusgarai, mas com semelhante teor nas situações vividas)

Estava procurando uma vaga para estacionar. Por sorte, achei uma, mas bem apertada e com uma moto atrás.

Parei o carro, dei marcha ré. Um flanelinha de muletas, possível "dono" daquele pedaço estava por ali.

Acontece que um outro carro resolveu estacionar também, um pouco mais a minha frente, e muito mais caro que o meu.

O flanela não pensou duas vezes em ajudar o bacana. Uma dica: o espaço da vaga dele era enorme, nem sequer precisava de ajuda.

Eu me matei, mas consegui encaixar o carro na vaga. Ao sair do carro dou de cara com o flanelinha, "Aí, pode olhar?". Só olhei pro cara e fui andando.

Quando voltei, não sei como, uma outro motoqueiro consegui a façanha de colocar sua moto entre a moto que já estava lá e meu carro. Fiquei com 10 cm de espaço.

Depois de milhares de manobras, consigo me desenlatar e sair.

Eis que do nada surge o meu amigo flanela, esperando suas moedas. Muito prestativo! A única utilidade dele teria sido ajudar a fazer a manobra, porque para correr atrás do ladrão não havia a menor condição.

Dei uma arrancada e mandei-o tomar no cu através do famoso gesto. Pior que ele ainda fez cara feia.

Imoral da história: pode ser aleijado, velho, criança, grávida, desdentado e com a roupa rasgada. Filho da puta é filho da puta.

Cephas
Enviado por Cephas em 08/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
Código do texto: T2185890
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