Minha vida ridícula II (plagiando)
("Plagiando" o título de uma das tirinhas do cartunista Adão Iturrusgarai, mas com semelhante teor nas situações vividas)
Estava procurando uma vaga para estacionar. Por sorte, achei uma, mas bem apertada e com uma moto atrás.
Parei o carro, dei marcha ré. Um flanelinha de muletas, possível "dono" daquele pedaço estava por ali.
Acontece que um outro carro resolveu estacionar também, um pouco mais a minha frente, e muito mais caro que o meu.
O flanela não pensou duas vezes em ajudar o bacana. Uma dica: o espaço da vaga dele era enorme, nem sequer precisava de ajuda.
Eu me matei, mas consegui encaixar o carro na vaga. Ao sair do carro dou de cara com o flanelinha, "Aí, pode olhar?". Só olhei pro cara e fui andando.
Quando voltei, não sei como, uma outro motoqueiro consegui a façanha de colocar sua moto entre a moto que já estava lá e meu carro. Fiquei com 10 cm de espaço.
Depois de milhares de manobras, consigo me desenlatar e sair.
Eis que do nada surge o meu amigo flanela, esperando suas moedas. Muito prestativo! A única utilidade dele teria sido ajudar a fazer a manobra, porque para correr atrás do ladrão não havia a menor condição.
Dei uma arrancada e mandei-o tomar no cu através do famoso gesto. Pior que ele ainda fez cara feia.
Imoral da história: pode ser aleijado, velho, criança, grávida, desdentado e com a roupa rasgada. Filho da puta é filho da puta.