7 De Setembro: O Desfile

Manhã cedinho o porteiro faz soar rapidamente a sineta do apartamento: o jornal está sobre o capacho. Henry abre a porta, pega os cadernos. Olhar sobre o desfocado, lê na manchete da 1ª página da Folha: FHC favoreceu um dos grupos no leilão da Telebrás. Está nu no frio matinal. Daqui a pouco o banho vai ajudá-lo a despertar. Apressa-se em pegar o jornal antes que algum esperto vizinho lance mão. Não seria a primeira vez. Fecha a porta, os óculos sobre a mesa, posiciona as lentes e mete a mão no bolso. Está nu, nu com a mão no bolso. Vê se pode, o presidente sociólogo dando o exemplo para o resto do país.

Numa manchete menor, novo laudo da Unicamp sobre os assassinatos de PC Farias e da namorada Suzana Marcolino. No texto, a instituição rejeita o laudo anterior, da própria universidade, feito por Fortunato Bandalhares, neologismo para bandalheira com aética do levar vantagem. A comprovação da altura de Suzana: 1,57; não 1,67. Henry havia tirado a mão do bolso inexistente para sentar-se na poltrona.

Aconchega-se, ainda não desperto o suficiente, faz gesto de quem vai nele meter a mão outra vez. Gostaria de estar vestido, sair numa volta, instigado, a adrenalina dos problemas sociais inquieta. Abre o jornal na página dois. O primeiro editorial reafirma não ignorar a gravidade de levar a público o teor das gravações que ampliam a já muito ampla zona cinzenta do governo FHC. A crônica de Clóvis Rossi mostra que o cassino globalizado do capital está sempre a fazer rodar a gira do infortúnio para os países ditos emergentes.

O apetite dos megaespeculadores nunca está satisfeito. Na roleta russa da macroeconomia planetária, nenhum economista, com ou sem bola de cristal, arrisca dizer qual país vai ser a bola da vez. Pode, inclusive, vir a ser o próprio Estados Unidos. Desta vez Henry ameaça meter a mão no bolso, está nu. Sem bolso para apoiar a hesitação e a perplexidade. Sim, que merda de globalização, modelo câmbiocanibal, dolarização globalizada, o escambau. O sistema macroeconômico, jogatina de megamilionários, certamente não pensa em caras como ele, nus, com frio, o estômago roncando, apelando para o café da manhã, expectativa de desemprego, o mercado em baixa, a despertar de madrugada para mais um dia de trabalho, como se fosse mero operário do salário mínimo.

Aqui, travez, querendo apoiar-se nesse costume, nessa agitação motora maníaco-depressiva, de meter a mão no bolso, mesmo estando nu. Nu com a mão no bolso, onde já se viu? Logo abaixo, o cronista Carlos Eduardo Lins e Silva, a substituir Eliane Cantanhêde ou Fernando Rodrigues, não sabe ao certo, fala da ridícula falsidade do debate entre economistas monetaristas e desenvolvimentistas, depois da canalização do BC, tipo “Festa de Babete”, de bilhões de reais do dinheiro dos impostos pagos pelos eleitores, para socorrer os pobrezinhos dos banqueiros, no escândalo financeiro do dia: Marka-FonteCindam.

Enquanto isso, os investimentos na saúde, na educação, em habitação, segurança, transporte e emprego, mais que estagnaram, regrediram. O desemprego e a insegurança grassam como uma peste negra fimdeséculo, sem vacina à vista, nas megalópoles proletarizadas de “uma sociedade escandalosamente iníqua”, palavras do cronista. Não adianta mesmo, por mais que ele esqueça estar sem calça, sente-se, minuto a minuto, mais e mais nu, tentando em vão meter a mão no bolso inexistente.

Mais embaixo, Carlos Heitor Cony satiriza a farra dos ministros turistas que usam e abusam de aeronaves da FAB para curtirem mordomias na ilha de Caras do governo em que se transformou Fernando de Noronha. Ariano Suassuna, por sua vez, repete Machado de Assis ao afirmar: “O Brasil oficial é americanizante, caricato e burlesco”. Garante que os EUA estão longe de ser o “país digno” que o então ex-ministro Ciro Gomes insinuava que seria, ao dizer, em dezembro de 1994, quando de mudança para Harvard com a mulher e os filhos: “Preciso morar num país digno”.

Suassuna lembra que Paulo Nogueira Batista Jr. no livro Contrastes e Confrontos, em 1907, mostrava a denúncia de Euclides da Cunha ao escrever sobre o cosmopolitismo das elites brasileiras: a atitude imitativa e servil, caracterizava e caracteriza, uma espécie de regime colonial do espírito. Tal atitude servil e imitativa, evidencia, transforma os filhos do país em imigrantes virtuais, a viver a esterilidade de um ambiente fictício numa civilização de empréstimo.

Henry sente-se ainda mais nu, como se fosse possível. Só agora atinou para o fato: até seu nome é made in USA, até a nudez importada. Mesmo a calça, se estivesse usando uma, teria uma etiqueta de outro país, oriental talvez, made in Hong-Kong do bairro da Liberdade. Sentiu-se mais que nunca, como nunca, nu. Mão no bolso. Droga de mania. Esse transtorno de querer enfiar a mão no bolso estando nu, pode ser devido a essa excitação mórbida, causa da exaltação eufórica do humor. Maldita febrilidade.

Talvez todos esses pensamentos tenham-se aglutinado de uma vez, a provocar certa revolta contra a boçalização da juventude, como se essa imbecilização deliberada de uma geração, pelos poderes constituídos, gozasse de todos os privilégios institucionais para se expandir, transformando a classe, dita média, numa vasta Senzala cultural de comercialização da pornografia, da ultraviolência via tv, da jogatina promovida pelo campeonato nacional das chuteiras e do consumo de entorpecentes: A disseminação da cultura da baixaria, numa nação-Senzala submissa à política, à natureza incondicional, bestial, da tirania do mercado.

Refletiu sobre a raridade de um gesto de afeto familiar. Cisma: se prossigo lendo este jornal, daqui a pouco, quando estiver vestido, a sensação de que estou pelado poderá ser substituída pela realidade de que sou invisível. Sem nem sequer um nome que indique minha pátria e nacionalidade. Talvez seja essa despersonalização ampla, geral e irrestrita, a melhor definição para globalização. No banheiro liga o chuveiro na água quente. Que merda, não consegue ajustar a torneira de modo a fazer coincidir a quantidade de água mínima que faça funcionar a contento essa coisa. Água fria ou escaldante, maldito inferno de Dante.

Desse jeito a careca vai sair cozida de debaixo do chuveiro. Não é fácil inaugurar esse novo prato: massa cinzenta ao vapor matinal. Sai do banho com a pele avermelhada, depois de uma sauna involuntária à finlandesa. Pô, resmunga entre incômodo e conformado, após dois ou três espirros, o último dos quais uma expiração violenta e estrepitosa: Preciso, attchin, vacinar, ATCHIN, contra pneumonia. Frente ao espelho, HARRETCHIN, remove a prótese, torce do tubo o último esguicho ralo da pasta (a hepatite faz com que use uma só pra ele). Começa a malhar para os lados da gengiva. Sente-se rejeitado: até o ônus do tubo de pasta tem de lembrar substituir.

A mulher, meio “juruna”, apesar do antedepressivo. Aqui e ali a escova pega um e outro dente solitário. No quarto veste a camisa social com a gravata adquirida nas lojas Pelicano, onde o pessoal da igreja faz compras de roupas e costuma fantasiar-se de pastor. Pronto para mais um dia de combate, pulveriza, apressado, talco Vinólia, gestos bruscos, no odor fétido das bocas abertas dos sapatos, transformadas em dormidas chaminés de chulé.

A barba e as unhas por fazer. Precisa espantar com mais fé, a modorra. Sai pra lá preguiça, Xô Satanás. Passa a margarina no pão adormecido, corta em fatias o outro. O café reaviva a fé, as idéias diante do prato de torradas recém assadas. Pensa, por brevíssimo momento, se o todo poderoso não está fazendo pouco diante de tanta injustiça social. Quem fez esse presidente mudar de atitude e idéias tão radicalmente? O poder, sim! O pessoal do poder econômico, quer mostrar que não adianta o cara ser PhD, sociólogo, ter escrito livros sobre a infame dominação cultural, ter ganho diplomas das velhas e corroídas instituições universitárias européias, à “honoris causa”.

O presidente mulatinho trabalhando para elas, sempre vassalo delas, das poucas famílias e instituições que concentram e controlam o usufruto das mordomias da corrupção política globalizada. Sistêmica. que na virada do século vai comemorar meio milênio neste país. FHC vai ter de prosseguir bancando a tiazinha dos banqueiros do FMI.

Henry não gosta de pensar nem de falar em política, mas as vezes ela está tão próxima como a manteiga no pão: torna-se inevitável não associá-la ao dia a dia. É a lei, “dura lex”. Para as elites econômicas é fácil gerenciar a vontade dos atos e fatos executivos desse sociólogo a serviço da política do integralismo que se presumia extinto das “elites” nacionais desde 1937. Com uma vaidade mais ampla que os descampados do Planalto Central, o “rei Mulatinho” desgovernou à vontade, sempre com aquele sorriso de tubarão alegre para a imprensa.

Uma grife provisória da política, mas que quer voltar a governar o país sob a chancela da opulência de recursos do “Opus-Dei”. A soberba presunção e frivolidade do presidente e “rei Mulatinho”, eram cordões fáceis para manejá-lo, espécie de títere da hora das manifestações de apreço da pomposidade anacrônica das velharias sinistras que o Simbolismo de Poe criticava em seus contos no segundo quartel do século XIX.

E lá estava ele recebendo seus diplomas de doutor “honoris-causa” das assombradas instituições universitárias e de seus fantasmas que, pessoalmente, entregavam-lhe os manuscritos honoríficos, com a afetação dos mestres de cerimônia que, orgulhosamente, ainda denominam canudos de papel de palimpsestos.

Henry pensa nas dificuldades homéricas que tem tido para manter um nível mínimo na educação dos filhos. A nova geração banha e se veste com a roupa de raios catódicos, eletromagnetismo do inconsciente tvvisivo. Que posso fazer para impedir que meus filhos se empapucem de trivialidades da cultura xuxalizada da globalização ? A família mergulha diariamente na tempestade de luxúria, drogas e ultraviolência dos programas e comerciais da telinha da sala de jantar e da Internet. Que fazer ? Quem é responsável por essa decomposição física e mental, pessoal e coletiva?

As emissoras de tv não são concessões do Estado ? Não têm de ter, obrigatória e constitucionalmente, um mínimo de qualidade em suas programações ? Na década de setenta sentia-se repugnante ao se saber uma pessoa da sala de jantar. E hoje? Ainda não se conformou em ser uma pessoa da sala de jantar. Outra pessoa da sala de jantar. Mas as pessoas da sala de jantar. São as pessoas da sala de jantar.

É dose saber que os responsáveis pela ordem são os primeiros a criar as condições para a desordem permanente da sociedade, que os ignocratas do BC estão a doar bilhões de reais do dinheiro público, aos coitadinhos, sem eira nem beira, dos banqueiros. Amigos íntimos das doações de campanha presidencial. Henry aos poucos substitui as ondas hertzianas da realidade globalizada por um otimismo fabricado e repetido baixinho, auto confessional, de si para consigo: “A vida vai... (como se fosse uma oração diária, mais que necessária): ... Melhorar/”A vida vai melhorar". Desce no elevador, parceiro dessas mesmas caras de “de manhã”, com bocas de “bom dia”.

— Bom dia.

— Bom dia.

No sinal vermelho, ainda tão cedo, sente-se ameaçado com a aproximação de uma criança que estende as mãos com oferta de drops de hortelã. “Compra, tio, três, um real”. Dá graças ao bom Deus o sinal abrir. Acelera. Justifica a paranoia: o pivete poderia estar a esconder uma arma. Antes de começar o expediente vai mostrar um imóvel para um cliente da corretora. É o jeitinho brasileirinho de tentar manter a geladeira com comestíveis. Os filhos estão em fase de crescimento. As prestações do carro e as contas a pagar aumentaram. Tudo aumentou com a valorização do dólar, como se todos os preços estivessem atrelados à moeda do tio Sam.

Está melhor agora, com essa sensação de que as ruas da sociedade capitalista foram asfaltadas para ele. Quando divaga sente-se menos nu com a mão no bolso. Gostaria de trafegar horas sem parar, só olhando o movimento diverso da metrópole. Talvez estivesse vivendo um processo de regressão às sensações vivenciadas na década de 70, quando costumava circular sem rumo certo nas ruas, alamedas, praças e avenidas da metrópole. A mente traz à tona o “rock progressivo” das bandas influenciadas pelos seriados de ficção científica, com cenas de inspiração fantástica.

Children of the future, Dark Star, Aoxomoxoa, do Grateful Dead. Frank Zappa, Yes, The Doors, Pink Floyd, The Dark Side of the Moon. The Wall. Aqui está novamente, fugindo para aquelas inesquecíveis sensações juvenis, como se estivesse em plena viagem dos Stones a 2000 Light Years From Home.

Há 2000 Anos-Luz da Sala de Jantar, das pessoas da sala de jantar. Tão longe, tão dentro dela. Tão distante de si, ao mesmo tempo tão ele mesmo. Essa realidade insolente da sala de jantar, onde frequentemente sente-se nu com a mão no bolso. A sensação de ser pai de família e ao mesmo tempo parte de uma coletividade juvenil uterina, fantasiosa, longínqua. Acha-se um privilegiado por saber e poder se despir dessa camisa-de-força da realidade juvenil e adulta dos dias de hoje, onde tudo e todas as coisas não passam de extensões globalizadas do todo poderoso Chefão mercado.

Ele é vários e um ao mesmo tempo. Sem crise. A neurose do gesto de levar a mão ao bolso, mesmo estando nu, justifica-se por outros motivos. Não por gostar do som “new wave” do Voivod, Dream Theater, Ozric Tentacles. Os sentidos parapsicológicos despertam esses sons. Eles não se conflitam com a ingenuidade gospel dos evangélicos e canções tipo "Vencendo Vem Jesus".

O bicho pega é a partir desse medo subliminar da mulher perder o emprego, dele pregado na cruz do mercado: é essa coisa de se sentir um imbecil coletivo nas mãos das mutretas desse Frankenstein da política. Da dominação sistêmica, globalizada, do planeta. Estar sendo roubado pelas instituições que deveriam incentivar e proteger a família, garantir o mercado de trabalho, fazê-lo sentir-se seguro quando nas ruas, acreditar que nas escolas e no lar, os filhos não estarão sendo chamados aos vícios, por influência da pior de todas as drogas: a tvvisão, o futuro Bozo Trambolhão da sala de jantar, onipresente nas mentes dos eleitores dementes.

Os bens materiais coletivos de cidadão eleitor: vê-los sequestrados oficialmente em decorrência da ação desses respeitáveis assaltantes dos ativos financeiros da população, para suas contas numeradas nos paraísos fiscais. É a insegurança social aumentando com a marginalidade promovida por esses bundões do colarinho branco. Barões doutorados em levar vantagem, diplomados em Harvard e academias quejandas. A filosofia muito cara de grandes nomes de universidades com cultura de quitanda.

A USP, por exemplo, tão decantada como exemplo de universidade, está, em pesquisa atual, no 185° lugar entre as instituições de ensino superior das américas. A aldeia global transformada nos continentes das chuteiras. A galera dorme nas arquibancadas, por isso faz muita zuada para encobrir a cultura popular de quem é sistematicamente assaltada, pela diplomacia “pralamentar” dos discursos de palanque dos políticos interessados em tornar particular as verbas públicas.

Saber que em cada cinco pessoas, uma está desempregada em decorrência da incompetência social dessa política. Que torcedor não votou nos cinco dedos abertos em campanha pelo “rei Mulatinho”, que fazia a propaganda subliminar da ideologia de Margareth Thatcher e do presidente Reagan ? “Tudo pelo social”, a mão direita aberta em promessas de palanque. Ele agora é candidato, fazedor de campanha, representante político do “Opus Dei”.

As oligarquias mais antigas reunidas para promover o atraso social de um país culturalmente na idade da pedra. Ao ser reeleito revelou-se o presidente de uma quadrilha de bananeiros PhDs. O “estadista de Ibiúna” não passava de um reles falso brilhante. Seu brilho de bomba atômica social penhorou a economia das pequenas e médias empresas, das estatais, da agricultura, da saúde, da educação, do transporte. E entregou de mão beijada, por preços módicos, toda a infraestrutura industrial do país construída com o trabalho e os sacrifícios de sangue de várias gerações de brasileiros brasileiros.

Ele dizia ter acabado com a inflação, mas a inflação da insegurança e do medo está, mais do que nunca, disseminada em todos os lugares, não apenas nos semáforos. Não apenas em sua política de apagão das empresas nacionais entregues quase que gratuitamente aos barões do capital financeiro internacional representados pelos laranjas “made in Brazil”. Pensar em política dá nisso: A incômoda mania de levar a mão ao bolso, mesmo estando nu. Este é um país de nudistas: de adeptos da nudez com a mão no bolso.

O mercado de procura de imóveis em baixa. A poupança zerou mês passado. Que pode fazer? Não pode parar. Por isso o mundo é redondo: pra não acumular poeira nos cantos planos da Terra. As notícias do jornal continuam fazendo sangrar: FHC congelou o salário de funcionários público federal há cinco anos. O Alvorada era, nos tempos do “rei Mulatinho”, o Palácio do Bananal fisiológico de cargos, verbas, improbidade. Ao invés de um presidente líder, um prisioneiro vegetativo de uma biografia que, para lhe fazer justiça, deverá ser escrita em papel higiênico. Quem sabe terá por título “A Arte da Política”.

Henry vai ter de se conciliar consigo mesmo, com os paradoxos de ser também o outro: a juventude, a idade adulta, o idoso que será, se um dia for, cronologicamente. O melhor das vivências, das emoções, do ontem, do hoje e do amanhã. “Este sou quem está nu com a mão no bolso”. A percepção privilegiada dos sentidos, nenhuma política poderá roubar. Sua verdade, as verdades que a viagem ao centro ígneo da “Terra do Id”, à consciência, sua história pessoal... Nenhum calhorda PhD tem poderes para envelhecer percepções, ideias, ideais.

O pulso, nu com a mão no bolso, ainda pulsa. E acredita na vida coletiva, acredita por acreditar, nos versos da mpb do Martinho da Vila, ou será Paulinho da Viola??? De que a vida vai melhorar, a vida vai melhorar. A vida vai melhorar, a vida vai melhorar... Apesar de gente como FHC, amanhã há de ser outro dia. Hoje, este é apenas outro Sete de setembro.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 01/04/2010
Reeditado em 28/08/2023
Código do texto: T2170699
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