Aula triste.
Primeiro dia de aula
Aninha vai para escola muito contente com seu amiguinho Jorge. Estava muito emocionada em seu uniforme: saia pregueada azul marinho, blusinha branca, meias brancas, e um laço de fita branco na cabeça.
Ao chegar à classe, a professora passou em seu caderno a primeira lição. A professora escreveu na primeira linha do caderno de Aninha muitos “as” separados por um traço horizontal e disse para Aninha:” você deve copiar igualzinho eu escrevi até encher toda a folha.
Aninha ficou nervosa. Ela nunca tinha pegado em um lápis. Na época de Aninha, as crianças não faziam o pré, nem havia escola infantil como hoje na cidade em que ela morava.
Ela tentava escrever como a professora pediu, mas ela não conseguia, pois não tinha coordenação motora. Ela começou a chorar e as lágrimas caíram sobre a folha e quando ela tentava escrever, o lápis furava o caderno que estava molhado, e ela olhava para a lancheira e lembrava de casa e chorava de saudades. Após duas horas de sofrimento, ela ouviu tocar a sirene para o recreio.
A professora se aproximou dela e vendo que ela não tinha conseguido escrever quase nada disse:
“tocou a sirene para o recreio. Se você tivesse escrito pelo menos a metade da folha, você poderia ir para o recreio, mas como não conseguiu você vai ficar na classe escrevendo.”
Aninha ficou mais triste, pois além de não conseguir fazer a árdua tarefa ainda, estava com fome. Ela ficou chorando e tentando escrever até o fim da aula.
Terminada a aula, ela foi para casa chorando e sua mãe já sabia o que aconteceu, pois seu coleguinha já havia contado para sua mãe.
Sua aula foi no período da manhã. À tarde, ela não pode sair para brincar, pois teve que ficar tentando escrever as letras. Foi um dia muito triste em sua vida.