jornal de sangue
Jornal de Sangue
Um vento frio soprava forte a janela, que abria e fechava. A temperatura que chegava o dois graus abaixo de zero, colaborava para que toda a cidade, dormisse mais cedo, os fantasmas voltava a mente de Josefa,feridas que ainda sangrava em seu peito.Foi em uma noite fria,como aquela que começou ser distribuído os primeiros jornais clandestinos. No primeiro exemplar estampado na capa vinham várias calúnias contra o prefeito da cidade. As maracutaia escondidas, falava do dinheiro que havia desaparecido do cofre da prefeitura. Até havia fundos de verdade na historia contada pelos jornais. Na cidade só se falava naquilo, houve uma revolta total contra o prefeito,o homem teve que renunciar seu mandato deixando a prefeitura. E se isolando para sempre no sitio da família..
No dia seguinte outro jornal, aquela brincadeira estava tomando proporções serias demais.
Fazendo com que todos que ali moravam comentasse a vida do outro .Naqueles jornais que eram deixado sobre o orelhão,trazia defamações contra sete pessoas,nas suas linhas mal traçadas falava de Polyana, uma moça dona de uma caminhonete turbinada,no jornal a manchete do dia dizia; que quando a jovem chegava com sua possante contando pneus,era porque ela estava procurando homens para saciar seus desejos,pois era uma loba no cio,ainda afirmava que o marido não conseguia acalma seu fogo. Aquelas afirmações falsas ou verdadeiras não se sabe ,mais acabou fazendo com que aquela jovem levasse um tiro e ficasse paraplégica.Outro caso era o do fazendeiro Luiz Ricardo,o jornal dizia que o seu casamento era só um disfarce para esconder seu homossexualismo colocando fim em um casamento de nove anos.
O padeiro quase matou o filho No jornal falava que o menino era traficante. Mais como! ele só tinha nove anos. E assim uma vez ou duas por semana sem dia ou hora marcada, lá estava o maldito jornal,destruindo outras pessoas.No dia 15 de Agosto em outro exemplar afirmava que Aparecida Nogueira era ladra da loja fazendo com que a menina ficasse desesperada e perdesse o emprego que lhe custou tanto a conquistar, levando a moça a entrar em uma depressão profunda e acabar cometendo suicídio,no mesmo dia outras acusações serias demais contra o jovem Dário,o advogado da cidade.O jornal afirma que ele era o estuprador da menina que havia morrido uns dias atrás,causando uma comoção na cidade. O moço foi lixado sem saber o motivo da sua morte.Os familiares não sabia o porquê. Depois daquele dias,todas as noites havia alguém ,andando pelas ruas em busca de quem colocava os jornais nos orelhões,e assim foi quinze meses de procura.Todos meses difamações que quase destruiram a cidade.
Um dia um homem chamado Valdomiro dono da farmácia, jovem acima de qualquer suspeita foi flagrado colocando o jornal no orelhão, um tiro ,nenhuma explicação o corpo de Valdomiro caiu no chão. A vingança estava feita não se sabe se o assassino era homem ou mulher, mais o mistério não terminaria ai ,no dia seguinte o jornal com outras manchetes,trazia a foto de valdomiro, onde explicava que ele era inocente , e estava distribuindo o jornal porque era vitima de uma chantagem. Por ser amante da manicure Rosângela, ele ficou com muito medo de sua esposa descobrir e chegar ao fim do seu casamento, ele teve que aceitar e fazer a distribuição para quem o fabricava .Assim a cidade virou um massacre,o assassino misterioso matava todos, os distribuidores de jornais . No outro dia vinha sempre a mesma justificativa,era outra pessoa sendo chantageada e obrigada a entregar o jornal.
Josefa não escuta mais o barulho da maquina de escrever e vai ate o quarto do irmão Beto, que estava morto sobre a maquina do lado o ultimo exemplar do jornal, La explicava tudo, foi por amar quem não devia,que começou a destilar o seu veneno,fazendo com que sua irmã ,tornasse sua cúmplice sabia que ela era a assassina mais que nunca a denunciaria ,quando ele começou a fazer aqueles comentários contra a cidade era para ser uma brincadeira contra Dario, ele também não queria que a Irmã continuasse aquele romance. Ela amava Dário e Beto a amava. Pois eles eram apenas irmãos de criação.
Josefa começou a matar em nome do amor,depois que o advogado foi morto.Sua amada decidiu fazer justiça com as próprias mãos ,matando vitimas inocentes.Homens chantageados por Beto que nunca escreveram um linha do jornal. Mais naquela tarde havia encontrado o verdadeiro criador do jornal preparando para ele um café bem forte.
No ultimo exemplar o nome dos assassinos Beto, Josefa, vai ser o ultimo a ser distribuido, aquele jornal não vai mais ser publicado.Pois Josefa e o irmão estão mortos um ao lado do outro.Após beberem do mesmo veneno. Uma rosa branca sinal que agora ela descansa em paz,após o suicídio cometido com o mesmo veneno que matou irmão. O ultimo jornal traz gosto de sangue mais e o ultimo capitulo de uma historia macabra onde o odio o causador de uma desgraça tão grande.