Peças que a vida nos prega

<parte13>
04/02/2010


Tendo falecido o primeiro marido, ficara sozinha, pois a filha já teria saído de casa, passara no vestibular para odontologia da UNESP. Fora morar em uma república de estudantes em São José dos Campos.
O filho queria tentar a vida nos EUA era com o que sonhava... E foi!
O irmão mais velho viria buscá-la. Morava em uma cidade á 700 km de São Paulo, litoral de SC., sul do Brasil. Cidade com lindas prais, no verão, muitos turistas, gente muito alegre e acolhedora...
Trabalharia na loja do irmão, juntamente com a cunhada.
Não queria saber mais de casamentos, resolveu que iria ficar sozinha. Seus filhos estariam criados. Os dois, muito responsáveis. Não lhe dariam nenhum trabalho e, disso ela se orgulhava muito
Passado a tristeza da morte do companheiro, ela então começou a cuidar-se melhor, tornou-se uma mulher muito bonita, era jovem ainda, 50 anos...
Quase todo final de semana ia á praia, bronzeava-se ao sol, ficara linda um corpão de dar inveja... Pois até as roupas da filha lhe serviam, o que a filha não queria mais, mandava para a mãe (ficava então, sendo também para ela. uma oportunidade para comprar novas...), que as usava sem precisar mexer em nada!
Fizera amizade com uma senhora ainda jovem também, viúva, que morava no aptº de cima, vizinha de seu irmão...
O irmão, logo que as viu conversando, deu a idéia: _Poderiam sair juntas, pra dançar!
Seria ótimo, fariam companhia uma pra outra, pois nesta terra quem é que não gosta de dançar?(Mas é mesmo uma verdade... Aqui! Depois da praia, á noite! Todos se divertem dançando, lugares bons e bonitos pra isso é que não faltam!)
Nossa amiga então, não perdeu tempo! Mas, há muito não dançava... Então se lembrou daquela velha frase: Dançar, (ou qualquer outra coisa) uma vez que aprendemos, é como andar de bicicleta, é só tentar e, sair na maior das performances!
Sua nova amiga, Dora, era pessoa de muito respeito! Não dançava com qualquer um não! E, quando alguém vinha com “aqueles” convites, as duas, caiam fora!
Mas, não demorou muito tempo e, ela conhece alguém á quem teria dado um pouco
mais de atenção. Sujeito muito bacana! A tratava com todo respeito e educação. Cheio de gentilezas... Mas via em seu olhar, uma tristeza profunda. Ficara muito impressionada com ele e, começaram a encontrar-se, quase sempre, quando saiam pra dançar...
Ela notou, ele, exagerava um pouco na bebida...
Divorciado, aposentado estava só! A mulher o teria deixado depois de ter sido pai e mãe para os três filhos, para que ela pudesse se dedicar aos estudos, formando-se em direito, depois seria Juíza... Abandonou-o, sem mais nem por que...
Teria sido ela, sua primeira e única namorada, amou-a muito!
Seria esta, a razão de sua tristeza! Ela o sabia muito bem, passara também por algo parecido e, não estava “curada” até hoje!



<continua>


Zelia C Silva
Enviado por Zelia C Silva em 04/02/2010
Reeditado em 17/05/2012
Código do texto: T2069619
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