Peças que a vida nos prega
<parte9>
2901/2010
E, o “nosso” rapaz com seu automóvel era um perigo! Fusca 62... Perigoso mesmo!
Entrou de férias do seu emprego e, queria fazer algo diferente, todo feliz com a compra do carango, não iria perder tempo!
Veio com uma novidade: Ia viajar, iria conhecer uns parentes em Minas Gerais...
Foi. Ela ficou á sua espera, não poderia ter feito outra coisa mesmo...
Quando de sua volta, veio cheio de novidades, e histórias pra contar. Visitou-a numa tarde muito linda de sol, ela nem mesmo o esperava. Chegou de surpresa! Vestia uma camisa cor vinho, exalando o perfume de sua água de barba, do qual ela gosta até hoje... A elegância em pessoa!
A saudade era imensa... Mas, notou em seu semblante algo de diferente...
Parecia ter medo, não a olhava nos olhos, como de costume, enquanto falava.
Teria ali, algo de errado? E tinha!
Ela, um tanto introvertida como já se sabe. Introvertida! Não boba! Ia deixando fluir a conversa, terminava uma, vinha outra logo em seguida, até que, em dado momento ele iniciou, contando sobre as pessoas que havia conhecido. As pessoas lá foram muito receptivas e atenciosas com ele....
Teria conhecido uma prima, moça bonita, culta, professora ela!
Só pela expressão dele ao lhe contar isso: Ela “já voltava com o fubá”!
Teria matado a charada, se ainda não era... Seria!
O fato é que, lá, ele fora muito bem tratado, e até socorrido quando de um desmaio que teve, em sua chegada, o calor, a emoção, muitas horas de viagem, tudo isso e mais o fato de ter como prima uma moça muito bonita... Mas, lá, ele deve ter sentido a “diferença” no tratamento, todos muito educados e atenciosos... Estas coisas fazem a diferença!
Mas, o tempo foi passando, não se teria certeza de nada com respeito às suspeitas, eram só suspeitas, nada mais!
O irmão mais velho resolve: Ia levar todos pra São Paulo. Iriam morar lá, alugaria uma casa, todos eles trabalhando, achava que daria certo!
Foram! E deu certo!
Ela, depois de 20 dias de estarem lá, teria conseguido um emprego. Foi trabalhar no escritório de uma firma, onde se vendia parafusos, na Av. Rio Branco, no centro de São Paulo. A. Viveiros & Cia. Ltda. Sua função: Fazer orçamentos (informar preços por telefone), anotar pedidos, tirar notas fiscais e, ajudar no faturamento nos fins de mês... (naquela época, a nota fiscal ainda era feita á mão, ou na máquina de escrever, não tínhamos essa maravilha de hoje, a informática...).
Agora vejamos: Uma pessoa que sai de uma cidadezinha do interior, trabalhando no comércio de “secos e molhados”, só havia estudado até a 4ª série. Ir para São Paulo e passar em um teste que envolvia: Matemática, redação (teria que ter boa redação) e um pouco de conhecimentos gerais, ser aprovada para trabalhar
em um escritório de vendas! Teria que ser muito corajosa... Ou então, iria trabalhar como empregada doméstica. Mas não! Ela enfrentou e venceu!
Ele ia visitá-la algumas vezes, outras vezes ela ia ver a irmã que já estava casada e ficou morando lá, aproveitava para encontrarem-se, agora ele tinha o carro, não ficava difícil, Mas sempre com “aquelas” recomendações da mãe...
<Continua>
<parte9>
2901/2010
E, o “nosso” rapaz com seu automóvel era um perigo! Fusca 62... Perigoso mesmo!
Entrou de férias do seu emprego e, queria fazer algo diferente, todo feliz com a compra do carango, não iria perder tempo!
Veio com uma novidade: Ia viajar, iria conhecer uns parentes em Minas Gerais...
Foi. Ela ficou á sua espera, não poderia ter feito outra coisa mesmo...
Quando de sua volta, veio cheio de novidades, e histórias pra contar. Visitou-a numa tarde muito linda de sol, ela nem mesmo o esperava. Chegou de surpresa! Vestia uma camisa cor vinho, exalando o perfume de sua água de barba, do qual ela gosta até hoje... A elegância em pessoa!
A saudade era imensa... Mas, notou em seu semblante algo de diferente...
Parecia ter medo, não a olhava nos olhos, como de costume, enquanto falava.
Teria ali, algo de errado? E tinha!
Ela, um tanto introvertida como já se sabe. Introvertida! Não boba! Ia deixando fluir a conversa, terminava uma, vinha outra logo em seguida, até que, em dado momento ele iniciou, contando sobre as pessoas que havia conhecido. As pessoas lá foram muito receptivas e atenciosas com ele....
Teria conhecido uma prima, moça bonita, culta, professora ela!
Só pela expressão dele ao lhe contar isso: Ela “já voltava com o fubá”!
Teria matado a charada, se ainda não era... Seria!
O fato é que, lá, ele fora muito bem tratado, e até socorrido quando de um desmaio que teve, em sua chegada, o calor, a emoção, muitas horas de viagem, tudo isso e mais o fato de ter como prima uma moça muito bonita... Mas, lá, ele deve ter sentido a “diferença” no tratamento, todos muito educados e atenciosos... Estas coisas fazem a diferença!
Mas, o tempo foi passando, não se teria certeza de nada com respeito às suspeitas, eram só suspeitas, nada mais!
O irmão mais velho resolve: Ia levar todos pra São Paulo. Iriam morar lá, alugaria uma casa, todos eles trabalhando, achava que daria certo!
Foram! E deu certo!
Ela, depois de 20 dias de estarem lá, teria conseguido um emprego. Foi trabalhar no escritório de uma firma, onde se vendia parafusos, na Av. Rio Branco, no centro de São Paulo. A. Viveiros & Cia. Ltda. Sua função: Fazer orçamentos (informar preços por telefone), anotar pedidos, tirar notas fiscais e, ajudar no faturamento nos fins de mês... (naquela época, a nota fiscal ainda era feita á mão, ou na máquina de escrever, não tínhamos essa maravilha de hoje, a informática...).
Agora vejamos: Uma pessoa que sai de uma cidadezinha do interior, trabalhando no comércio de “secos e molhados”, só havia estudado até a 4ª série. Ir para São Paulo e passar em um teste que envolvia: Matemática, redação (teria que ter boa redação) e um pouco de conhecimentos gerais, ser aprovada para trabalhar
em um escritório de vendas! Teria que ser muito corajosa... Ou então, iria trabalhar como empregada doméstica. Mas não! Ela enfrentou e venceu!
Ele ia visitá-la algumas vezes, outras vezes ela ia ver a irmã que já estava casada e ficou morando lá, aproveitava para encontrarem-se, agora ele tinha o carro, não ficava difícil, Mas sempre com “aquelas” recomendações da mãe...
<Continua>