Peças que a vida nos prega
< parte 8 >
28/01/2010
Furiosa, arrancou-a dos braços dele, puxando-a para dentro de casa aos gritos e safanões. Uma de suas sandálias foi parar longe, ao lado do degrau onde, costumeiramente sentavam-se para namorar...
Esbravejou tanto, que deu a entender, para quem a ouvisse, que a levaria ao médico para ter a certeza, de fosse ainda virgem!
Ele entrou também atrás delas, mas, estava passado... Entrou mudo e, saiu calado.
Ela esperou que, naquele momento, houvesse alguma reação por parte dele... Mas, já nem mesmo sabia que tipo de reação queria que ele tivesse, pois estava também, um tanto transtornada!
O dia do casamento da irmã havia chegado de manhã no civil, às 18hs na igreja...
Estava tudo preparado! Nossa amiga seria, com o irmão mais velho, madrinha na igreja, pra este momento fez um vestido, de um modelo que se estava usando na época. Inteiro, sem ser recortado na cintura, todo pregueado, as pregas saiam lá em cima, do ombro, e seria preso na cintura, por um cinto um pouquinho mais largo do que o convencional.
_Ah! Aquela cinturinha...
Realizava-se a cerimônia, quando lá de cima do altar, ela o viu adentrando á igreja, estava lindo! Barba bem feita, cabelo recém cortado. Vestia social. Terno, camisa de colarinho, não usava gravata! Não gostava... Poderia até, ser confundido com o noivo! Não! O noivo já estava ali, ao lado da irmã, também, claro! Não entraria pela porta principal... Noivo, espera no altar! Só sai da igreja, com a noiva...
Há! Bem que poderia ser a nossa vez, pensou ela... Ainda mais que a irmã era mais nova do que ela...
A cerimônia terminou e, em casa haveria uma simples e humilde comemoração.
Já quase a meio desta, ele, o nosso amigo, tira do bolso de seu paletó, um par de alianças e, coloca uma no dedo dela e, a outra por sua vez, é colocada por ela, no dedo dele...
Foi tudo muito rápido! E, ouve-se então alguém, ao lado, dizer bem alto:_Vamos ver se isto é mesmo pra valer! Estas palavras eram de sua mãe...
(E, esta mesma aliança, é a que ela usaria pela sua vida inteira...)
Sempre vigiados pela “guarda”! Não seria por terem ficado noivos que poderiam se exceder, nada de beijos e abraços, e noivar, só mesmo nos dias marcados... Teriam que continuar na mesma... Ir á casa dele então, nem pensar!
Mas, (sempre tem um porem...) Certa vez quando noivavam, excederam-se naquilo que era proibido... E a vaca foi pro brejo... E agora? Ele ficou muito nervoso, ela também!
O que estava feito, estava feito! E, continuou assim este noivado, mas com muita precaução, sem terem quase que nenhuma atitude mais íntima...
Agora ele já trabalhava em uma multinacional, comprou um automóvel, ela então pensou:_Ele poderia ter deixado a compra deste carro, pra mais tarde, e o nosso casamento? Mas, só foi pensado, falar mesmo que seria bom... Ela não teve coragem!
Nunca gostou de fazer nada forçado e, nem forçar ninguém a fazer nada... Depois, existia a timidez que contribuíra para o silêncio...
<continua>
< parte 8 >
28/01/2010
Furiosa, arrancou-a dos braços dele, puxando-a para dentro de casa aos gritos e safanões. Uma de suas sandálias foi parar longe, ao lado do degrau onde, costumeiramente sentavam-se para namorar...
Esbravejou tanto, que deu a entender, para quem a ouvisse, que a levaria ao médico para ter a certeza, de fosse ainda virgem!
Ele entrou também atrás delas, mas, estava passado... Entrou mudo e, saiu calado.
Ela esperou que, naquele momento, houvesse alguma reação por parte dele... Mas, já nem mesmo sabia que tipo de reação queria que ele tivesse, pois estava também, um tanto transtornada!
O dia do casamento da irmã havia chegado de manhã no civil, às 18hs na igreja...
Estava tudo preparado! Nossa amiga seria, com o irmão mais velho, madrinha na igreja, pra este momento fez um vestido, de um modelo que se estava usando na época. Inteiro, sem ser recortado na cintura, todo pregueado, as pregas saiam lá em cima, do ombro, e seria preso na cintura, por um cinto um pouquinho mais largo do que o convencional.
_Ah! Aquela cinturinha...
Realizava-se a cerimônia, quando lá de cima do altar, ela o viu adentrando á igreja, estava lindo! Barba bem feita, cabelo recém cortado. Vestia social. Terno, camisa de colarinho, não usava gravata! Não gostava... Poderia até, ser confundido com o noivo! Não! O noivo já estava ali, ao lado da irmã, também, claro! Não entraria pela porta principal... Noivo, espera no altar! Só sai da igreja, com a noiva...
Há! Bem que poderia ser a nossa vez, pensou ela... Ainda mais que a irmã era mais nova do que ela...
A cerimônia terminou e, em casa haveria uma simples e humilde comemoração.
Já quase a meio desta, ele, o nosso amigo, tira do bolso de seu paletó, um par de alianças e, coloca uma no dedo dela e, a outra por sua vez, é colocada por ela, no dedo dele...
Foi tudo muito rápido! E, ouve-se então alguém, ao lado, dizer bem alto:_Vamos ver se isto é mesmo pra valer! Estas palavras eram de sua mãe...
(E, esta mesma aliança, é a que ela usaria pela sua vida inteira...)
Sempre vigiados pela “guarda”! Não seria por terem ficado noivos que poderiam se exceder, nada de beijos e abraços, e noivar, só mesmo nos dias marcados... Teriam que continuar na mesma... Ir á casa dele então, nem pensar!
Mas, (sempre tem um porem...) Certa vez quando noivavam, excederam-se naquilo que era proibido... E a vaca foi pro brejo... E agora? Ele ficou muito nervoso, ela também!
O que estava feito, estava feito! E, continuou assim este noivado, mas com muita precaução, sem terem quase que nenhuma atitude mais íntima...
Agora ele já trabalhava em uma multinacional, comprou um automóvel, ela então pensou:_Ele poderia ter deixado a compra deste carro, pra mais tarde, e o nosso casamento? Mas, só foi pensado, falar mesmo que seria bom... Ela não teve coragem!
Nunca gostou de fazer nada forçado e, nem forçar ninguém a fazer nada... Depois, existia a timidez que contribuíra para o silêncio...
<continua>