Apologia ao racionamento de água

Apologia ao racionamento de água

De frente para seu bar, o dono lavava o chão tranquilamente.

- Me desculpe o comentário, mas eu não vejo ‘vida’ ai. Comenta uma jovem encostada numa árvore enquanto descascava sua maçã.

O senhor sem entender, fez um som com a garganta que pareceu um rosnado. Do que está falando minha jovem?

- Dessa água toda que o senhor está desperdiçando. Se fosse um jardim, até te entenderia, mas o chão? Ainda mais com essa ameaça em que estamos vivendo sobre não ter mais água potável no futuro…

- E vou deixar o bar sem limpar? Não dá pra receber clientes com o ambiente sujo.

- Eu sei, mas amanhã quando o senhor não tiver mais essa água ai nem para beber, serão dois problemas: a sujeira e a sede. Credo. Realmente não quero estar aqui.

- Olha só, eu acho muito bonito uma moça tão jovem com essa mentalidade filosófica, mas deixe-me trabalhar.

- Ok. Como o senhor quiser.

(…)

- Quer saber? Todo mundo lava a calçada, seus carros e coisas assim, por que EU tenho que economizar?

- Rá!! Sabia que iria questionar isso. Mas pensa bem, se todos continuarem pensando assim, com o umbigo, o amanhã vai chegar mais depressa, e ai? CO-MO-FAZ?

- Você tem razão. Disse ele desligando a torneira e pegando uma vassoura para continuar limpando o lugar. E agora que somos dois com esse seu "racionamento", acredita que teremos força para economizar mais?

- Vou te contar um segredinho. Disse ela se aproximando. Só basta você influenciar mais uma pessoa. A corrente faz o resto.

- De onde veio essa garota? Ele se perguntou.

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Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 26/01/2010
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T2052388
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