O príncipe que nunca existiu


Ana Júlia é uma mulher de 24 anos...diferente dos jovens de sua faixa etária, mas cheia de complexos como tantos, sofria de síndrome do PIB (Padrão Inatingível de Beleza) .Com sua auto-estima abalada, via defeitos até mesmo onde não havia...seu refúgio era a internet, e lá se comportava de forma diferente que na realidade.
Certo dia na sala de bate-papo conheceu um rapaz chamado Henrique, ele era um rapaz manipulador, pegava mentiras o tempo todo, contava coisas irreais, dizia estar apaixonado pelas meninas com quem conversava, sua idade era 32 anos, mas dizia que tinha 26. Em suas conversas disse que era um rapaz de família rica, mas se sentia muito infeliz, fazia com que as meninas ficassem com pena...Mas na verdade a profissão de Henrique era de Vagabundo, usuário de cocaína, viva envolvido com pequenos golpes que dava. Seu divertimento era brincar com os sentimentos das meninas.
No começo da conversa de deles, Ana Júlia não falava de sua vida particular, passado alguns meses, ela passou a achar que ele era o melhor homem do mundo, devido aos elogios que fazia...e assim ela se apaixonou por ele.
Os dias em que Ana não conversava com Henrique ela tinha crises de tristeza e de ansiedade, já não se alimentava mais...seus dias e noites eram intermináveis...
Com o apoio dos pais ela então resolveu esquecê-lo, mais ele como um bom predador reapareceu com desculpas esfarrapadas e ela apaixonada acreditava em tudo que ele lhe falava.
De tanto Ana insistir....conseguiu convencê-lo a encontra-la e marcaram um encontro à sós na lanchonete no centro da cidade.
Quando se encontraram ela logo foi lhe dando um abraço, mas ele permanecia num gelo total, completamente diferente do principe que ela idealizara...puxando conversa, tentava falar sobre a relação dos dois, mas ele friamente e com certo ar de desprezo disse:

__Vamos logo parar com esse blá blá blá...e vamos logo para o motel.

Vendo a atitude dele ela ficou pasma, percebendo que como se iludiu nesse quase um ano de conversa com ele, ele não era nada do que se fazia passar...arrogante, cruel, insensível...ela neste instante percebeu-se a pessoa mais inocente do mundo, como ela deixou se iludir por ele. Naquele momento ela nada disse e se dirigiu ligeira para casa. Nos dias que se sucederam Ana entrara em profunda depressão, não saia do quarto, já não falava com os amigos, não comia...chegou a tentar suicídio tomando uma caixa de medicamento, mas para sua sorte foi socorrida a tempo e não teve nenhuma sequela. Depois desse transtorno ela aceitou a ajuda de um psicólogo...e três vezes na semana, ela ia nas consultas e passado algum tempo Ana caiu em si e aprendeu uma grande lição na vida dela...que antes dela amar alguém, ela deve primeiramente manter um caso amoroso consigo mesma, aprender a se olhar no espelho e enxergar suas virtudes, sua beleza e que jamais poderia vender sua liberdade por uma ilusão.
Enfim aprendeu que o verdadeiro amor trás em si tranquilidade e prazer, trás a paz e a felicidade.
E Ana finalmente se aceitou e começou a viver a vida que ela furtara de si mesma, aprendeu a ser feliz...
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 16/01/2010
Código do texto: T2033451
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