SÃO BENEDITO
Conta um Senhor que certo irmão fazia atendimento fraterno e passe na casa de um doente.
Todo o dia saia de seu emprego, ia até em casa e depois voltava para atender a esse irmão.
Militar que era, certo dia por razões administrativas no quartel saiu mais cedo e pensando bem, resolveu atender aquele irmão doente naquele momento mesmo, e assim fardado seguiu para a casa do doente.
Sempre que o passe era aplicado o doente experimentava imediata melhora, mas aquela tarde ele já havia invocado a ajuda de todos os espíritos amigos e nada, nada acontecia.
Depois de certo tempo, sem nada conseguir lembrou-se de subido de um santo Católico: São Benedito, o cozinheiro do rei que distribuía aos pobres as sobras da comida farda da mesa real.
Mentalmente chamou o Santo e de pronto o doente resmungou: _ Eu nunca gostei de preto! Respirou profundamente e melhorou.
O jovem militar pensou muito sobre o assunto e concluiu que o irmão obsessor do doente se retirou assim que avistou a figura do Santo.
Se fora o Santo ou não o jovem militar não sabia, mas estava grato pelo socorro recebido.
Mas de uma coisa o jovem tinha certeza a presença moral daquele espírito que se apresentou ali fizera com que o doente pudesse receber os bons fluidos, afastando o irmão obsessor, e assim restabelecendo a saúde.
Mas o jovem nunca mais foi a qualquer compromisso fardado.
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Muitas vezes somos convocados a realização de atendimento fraterno em lares de amigos, irmãos, companheiros de Searas e às vezes na casa daqueles que ainda nos são estranhos ao coração.
Os espíritos nos aconselham a fazer antes de qualquer trabalho no bem:
Uma prece;
Uma higienização mental e física;
Ir acompanhado por ouro companheiro da seara;
E principalmente fazer o serviço com amor.
Neste caso em particular o que faltou não foi nem prece, nem amor, nem o companheiro, pois este nosso irmão em particular se fazia acompanhado de seu guia espiritual e guardião, então o que faltou, naquele dia? Ele sentiu preguiça, pensou no tempo que economizaria não indo em casa, mas quando ia em casa não era só banho que tomava, era também uma oportunidade de pensar , de refletir sobre aquele irmão, sobre sua situação, de movimentar sentimentos de compaixão e misericórdia não só para com o irmão enfermo como também por aquele que a ele se prendia pelos laços da revolta e da mágoa.
Todo o trabalho no bem exige movimentação de sentimentos. E para movimentar os sentimentos é preciso um tempo para reflexionar com compaixão pela história do outro.
Obs.: História relatada a mim por um irmão de doutrina, fato ocorrido com um nobre membro da seara espirita desta cidade.