O DIRIGENTE E O AMOR
Um jovem desejava ardentemente comandar uma Casa Espírita, porém o presidente não o via preparado ainda para esta missão.
Entrava ano, saia ano e nada. O Mestre ensinava o jovem. Discutiam os fundamentos da Doutrina, as nuances escondidas aos olhos desatentos (era estudo profundo), enfim liam, reliam, discutiam e formulavam conceitos, princípios, atendia-se a todos os requisitos do Estudo Sistematizado: horário, local, obras básica, ...
O Mestre estudava, ensinava e vivia a doutrina, enquanto o jovem estudava, pregava e desejava ser o próximo.
O Mestre relutou durante muitos anos, sendo vencido mais tarde pela morte que o ceifou.
Finalmente o jovem pupilo chegou à presidência: beijos, abraços, deferência de todos.
O tempo passou e o jovem administrou com maestria, liderou muitos, ajudou na Construção de outros centros, seu nome foi reconhecido, porém o Mestre no plano espiritual lamentava que o pupilo fizesse tudo no impulso de aparecer.
Ah! Como o Mestre se arrependia de tantas horas de estudo, de tantas palestras, discussões; pois o mais importante ele não havia feito com aquele discípulo, que era: abraça-lo, beija-lo, acalenta-lo em suas dores, trata-lo como um irmão e não como um sucessor a ser preparado.
Ah! Como o Mestre se arrependia de não ter ensinado e vivido com esse jovem as lições sublimes e simples do amor.
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Mais importante que decorar páginas de livros, assuntos, de saber administrar financeiramente uma casa, é preciso aprender a viver o amor; que todos os que administramos são universos únicos, que precisam da lapidação do amor, que precisam sentir o amor, que precisam respirar amor, que precisam ser amados, que precisam de palestras que lhes despertem o amor, que precisam ver na ação, nos gestos, na fala, na forma de administrar a Vivência do Amor, pois na contabilidade do amor os créditos devem ser sempre maiores que os débitos, e o Divino Consultor jamais punirá tal empreendimento, pois quando aqui esteve só se pautou no amor para julgar a contabilidade humana.
Cada um de nós responderá por si, mas os dirigentes responderam por seus comandados também.
Pois todo aquele que dirige recebe a incumbência de atender e mobilizar atendimento para seus irmãos todo dia, toda hora, em todos os instantes em que são chamados. Enfim se faz urgente aprendermos a “AMAR!”
Portanto a melhor, a mais importante lição, ação, administração é a que se faz pela: Vivencia Soberana do Amor.