LUCAS E A MORTE
LUCAS E AMORTE
- O vento forte,assobiava no canto da janela entreaberta. A cadeira de balanço no canto da sala,ainda rangia com o vento,que a balançava. O silêncio parecia tão puro quanto a água da chuva que logo cairia do céu,com aquelas nuvens escuras. A janela da sala,mostrava um jardim belíssimo,com um gramado tão verde e vivo,quanto a própria vida. Lá estava a criança tão pura,no auge dos seus cinco anos de idade,brincando com as gotas finas de chuva que molhavam o vidro da janela. Tentando acompanhá-las com aqueles pequenos dedos frágeis. Quando uma outra mão tão pequena quanto a dele, á acompanhou, ele se assustou um pouco,por não ter notado que havia outra criança do lado de fora do vidro,mais não se importou. Era uma menina. Aparentava ter a mesma idade que ele,com cabelos cacheados loiros,usava uma roupa de bailarina,cor mostarda,e um saco de couro nas mãos.
-Oi meu nome é Lucas- disse o garoto sorrindo e abrindo a janela.
-Prazer!- respondeu a menina sorridente – me chamo Larah, mais todos me conhecem como morte.
-A morte? Mais matar não é feio? – perguntou o garoto franzindo as sobrancelhas.
-Lucas! – disse Larah,já do lado dele no sofá – as pessoas precisam morrer,porque já completaram sua missões aqui, embora muitas mesmo assim precisem ir sem tê-las completado. Ter imortalidade não seria um dom,más sim uma maldição,mais coisas desse tipo você só irá perceber lá pra frente,disse a menina sorrindo.
-Está bem então- disse ele cabisbaixo.
-Gosta de voar? – Perguntou a menina.
-É meu sonho- respondeu ele.
A menina pegou ele pelo braço,e voaram sobre aquele céu chuvoso,quando pararam sobre um telhado,e entraram pela janela de uma casa,estavam muitas pessoas na sala,andando para um lado e para o outro,pareciam estar nervosos com algo,quando Larah disse: -Vou chamar um amigo para brincar com agente.
Um menino veio correndo do fundo do correndo e disse: -Nossa você demorou Larah.Olá Lucas,a larah falou muito de você.
Lucas parecia não prestar muito a atenção neles,porque ao seu redó pessoas choravam,e mesmo assim parecia não vê-los.Um homem parecia morrer por dentro e se perguntava:
-Porque levaram você e não a mim? –com lágrimas nos olhos prosseguiu- não tive a chance de dizer que te amava,antes de você ir.
-Alisando a cabeça do senhor,Lucas disse: - Cada um vai na sua hora.
-Está aprendendo depressa Lucas – Disse Larah.
Lucas se aproximou para o centro da sala,e havia um caixão,com o corpo do menino estranho que havia chegado,ele parecia repousar tão bem. Então Lucas entendeu que ele estava morto,e que a Larah estava recolhendo as almas que deveria ir.
-Lucas! –Disse Larah,serenamente.
-Eu não quero morrer !!! – Disse Lucas.
-Eu sei, ninguém quer – continuou ela- mais lembre-se que as pessoas precisam ir,imagine como seria o mundo se não houvesse reinício? Você não morreu,só me acompanhou em um dia de trabalho,se é que posso chamar assim, mais assim como aquele homem que hoje chora por um filho que se foi, e se arrepende por nunca ter dito que o amava no tempo certo,diga sempre a seus pais que os ama. Mostre as pessoas que você ama,que seu amor é verdadeiro,porque nunca saberemos ate quando estaremos vivos.
Lucas abriu os olhos lentamente. A luz do sol te incomodava,e ele estava deitado no sofá...
(...)