TRILOGIA DA TRAGÉDIA BRASILEIRA!!!
TRILOGIA DA TRAGÉDIA BRASILEIRA!!!
MORTE DE SEIS SONHOS!
Eles acordaram com um barulho estranho. Levantaram correndo para ver os filhos, três dos quais, tinham sete anos – os gêmeos, 9 anos o do meio, e um rapaz de 20. Viram assombrados os quartos das crianças e do adolescente que tinham desabado e a lama tomando mais de metro e meio. Começaram a cavar com as mãos e a gritar por socorro, sem encontrarem os filhos queridos. Até que os vizinhos foram chegando para ajudá-los. Um deles chamou os Bombeiros e o SAMU. O pai, sem forças, e a mãe em choque, foram de ambulância para um hospital próximo, enquanto os Bombeiros procuravam pelos corpos. Sim, corpos! Corpos de três crianças e de um adolescente, carregados de sonhos que uma encosta derretida pelas chuvas, abortou.
A vida de quatro criaturas dóceis, filhas de pais amorosos, pobres, que lutavam para viver com dignidade! 7 de dezembro de 2009. Uma data que marcará para sempre a vida daquela família destruída pela fatalidade, na cidade de São Paulo. Pessoas quase anônimas que ocupam o noticiário, de repente, apenas uma única vez em toda a sua vida! São fotografadas e seus nomes e fotos circulam pelo mundo... Tragédia, fatalidade, casa mal construída, encosta, área de risco, deslizamento, lama e morte!
MORTE INEXPLICÁVEL!
Ele vinha para o trabalho em seu carro pela Via Dutra. Chovia torrencialmente e mal dava para ver a pista. Um homem fazia sinal para que parasse. Teve medo, e ao mesmo tempo, pensou que poderia deixar de ajudar alguém, e resolveu parar. Tudo em fração de segundos! Parou, abriu a porta do carona e viu quando o homem tirou da cabeça um plástico que o protegia da chuva e apontou-lhe a arma. Assim, mais um pai de família foi morto, apenas por tentar ajudar um bandido! 7 de dezembro de 2009. Um dia marcado pela dor da família daquele cidadão, bom marido e exemplar pai de duas crianças de 4 e 6 anos!
DOUTOR, QUANDO POSSO TRABALHAR?!!!
No hospital de Itaquera, na grande São Paulo, chega uma ambulância trazendo uma senhora que levara uma queda da escada, quando saía do trabalho doméstico. Os médicos perguntaram: “Como se deu a queda, minha senhora?” – “Não sei direito, doutor, ia descendo a escada da casa da minha patroa e escorreguei; sinto muitas dores no tornozelo”. Feitos exames e radiografias, constata-se que a mulher teve fraturas na articulação do tornozelo e que teria de fazer uma cirurgia. Enquanto os médicos preparam-na para transferir para outro hospital, chega um dos filhos: “Mãe, balbucia beijando-lhe a testa, que foi que houve, mãe”? – Eu caí da escada e o filho da patroa ligou para o SAMU para me socorrer. “É mãe, ele me ligou e disse que a senhora veio para este hospital; fique calma, mãe, que tudo dará certo” – Falava e beijava a testa da mãe que segurava-lhe uma das mãos.
Chega o médico e explica o tipo de cirurgia que vai ser realizada e ela pergunta-lhe: “Doutor, quando posso voltar a trabalhar”? O médico disse-lhe que não podia prever uma data, mas sentencia que ela terá que ficar de 5 a 6 semanas sem por o pé operado no chão. – Oh, meu filho, como faço pra pagar minhas contas? Diz a mãe aflita. – Calma, mãe, que tudo se resolve, calma... e beija-lhe mais uma vez! 7 de dezembro. Data que aquela doméstica, arrimo de família, guardará para sempre!