UM ONIBUS PARA MOSCOU
Fernando tomou o ônibus no centro da cidade com destino ao bairro serra, hoje seria sua primeira consulta como o psiquiatra que o medico da firma onde ele trabalhava o indicou. Sua mulher queria o acompanhar, mas ele a repeliu dizendo;
--- Tenho eu cara de menino para que precise de baba? Vou, mas sozinho.
---Mas fernan.;ela tentou argumentar
---nem fer. nem Nando nem nada, já estou indo. Resmungou.
---Esta bem, então caminhe;
Ela estava preocupada, pois desde o dia em que assaltantes entraram em sua loja e o aterrorizaram ele nunca mais foi o mesmo, às vezes ele se perdia entre a multidão e no ônibus ele entrava em pânico, mas como sempre ele foi ignorante deu de ombros.
Dentro do ônibus passou pela roleta e teve quase certeza que o trocador fizera careta para ele, mas deixou passar batido. Abriu sua revista e começou a ler uma matéria sobre fantasmas.
“Ficou intrigado com tais bobagens, fantasmas não existem”
deu um rizinho para a senhora que sentou-se ao seu lado, ela fechou a cara e mudou de lugar.
--sujeito abusado; pensou.
Ele olhou a e fez cara de mister bim.
---Sai pra lá esquisita; falou.
Prosseguindo viagem tornou a notar o trocador que agora lhe fazia beicinho.
---Ihhh eu gosto é de mulher sai pra lá bichão.
O trocador não entendeu nada, apenas sorriu.
De repente ele vê passar uma sombra a sua frente, fica apreensivo;
---Sai demônio vai de reto assustar o inferno; Fala entre os dentes.
Já não podendo se controlar nota que as janelas estão todas gradeadas com ferro grosso.
---To ferrado eles me acharam e me prenderam dentro deste ônibus que vou fazer?.
Então grita para o motorista;
---Abra porta camarada que o SNI veio atrás de mim;
O motorista ri pra ele e diz;
---Não amigo aqui você esta seguro que aqui é a KGB.
Fernando olha e diz;
---Ah ainda bem, então toca para Moscou camarada.
E se foi Fernando para a serra para sua primeira consulta com o psiquiatra de nome Molotov.