Paulo, Amava Luise e dedicou, metade da sua vida a ela, a conheceu na  adolescencia e a primeira vista se apaixonou..

                      Luise era a mulher dos sonhos de qualquer garoto acordando para a vida.

                     Um ano depois ja estavam casados e felizes, Veneza, por várias vezes foi testemunha das  júrias de amor e de seus sonhos.

                     Vieram 02 filhos, lindos e amados, Paulo se tornoui um médico dedicado, tanto a  família como aos seus pacientes, enquanto que Luise  enfeitava o lar e cuidava de seus filhos como exemplo de mãe e amor.

                    Por várias noites que dava plantão no hospital, sentia se culpado por deixar Luise sozinha com seus filhos a noite toda, mas  tinha que dar a eles uma vida farta, afinal era por eles que  muito lutava e para chegar onde chegou, o trabalho era necessário, também para preparar as crianças para o futuro.

                   Veneza uma cidade romantica para os namorados, mas fria para quem tem que passar a noite num hospital, tentando por várias vezes salvar vidas.

                  Não se sentia bem , naquela noite, mas tinha que cumprir sua obrigação, de médico uma vez que o hospital estava lotado, sentia uma angustia que tomava conta do seu peito, pediu ao colega de plantão que segurasse um pouco sozinho, pois ele precisava respirar.

                 Saiu do hospital, nem pretendia ir muito longe, apenas um café, um suco ja o faria forte novamente, avistou o carro de Luise parado em frente a um bar, e não conteve a curiosodade de saber o porque.

                Ao entrar naquele bar, desejou naquele momento nunca ter ido ali, na sua frente, sua amada Luise estava entregue nos braços de outro homem, sem o menor pudor ou remorço.

               Gritou seu nome, na esperança que fosse outro alguém parecido, mas ela virou-se e o olhou como se não o conhecesse e disse:
-  Olá Dr. Paulo,  junte -se a nós, Paulo olhou aqueles olhos azuis de Luise e os odiou, mal conseguiu perguntar a quanto tempo? ela disse:
- Há muito tempo,  eu ia te falar, mas você sempre estava ocupado com seus doentes, fique despreocupado amanhã eu e as crianças estaremos deixando sua casa.

                Saiu daquele bar arrasado, não podia perder Luise  e muito menos as crianças.

               Várias perguntas vieram a sua mente, vaguou pela cidade o resto da noite,  não tinha coragem para chegar em casa, mas tinha que enfrentar a situação.
 
               Ao chegar em casa, as crianças não vieiram ao seu encontro, como de costume, a casa estava vazia , correu em todos os quartos, nada havia ali, nenhum brinquedo, nenhuma roupa, nada para lembrar, nem mesmo as fotos no mural.

              Foii até o escritório onde guardava uma arma, que comprara antes para se defender de assaltos, furtos, sei la...

            Abriu a gaveta, nem se sabe quanto tempo ficou ali parado olhando para aquele revólver, naquela pequena sala, só se ouvia o barulho do seu choro compulsivo.

           Até que por um momento súbito, criou coragem,  pegou aquela arma e apertou o gatinho , ouviu- se o barulho de um disparo, em seguinda, calou-se o choro, sendo substituido pelo silêncio.


                 Para refleção, suícidio, um ato de coragem ou covardia?
                 Vale a pena ter uma arma em casa?      
Gely Arruda
Enviado por Gely Arruda em 01/12/2009
Reeditado em 05/06/2020
Código do texto: T1954858
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.