Temporal

João esta só. O dia chega e ele contempla o sol, o azul do céu, o canto das árvores, o sorriso dos pássaros. A noite se aproxima em seu galope sereno. João continua só; e, em sua solidão, penetra nos mistérios da escuridão. o seu silêncio não é só seu, mas esta a dominar as ruas, a praça, as pessoas e os pensamentos de tontos transeuntes que disparam em todas as direções. Escaças pessoas se aventuram há cruzar por entre seus sonhos.

João dorme. João come. João deixa-se atrair por Morpheu. joão vomita escaças palavras aos transeuntes que desfilam o olhar sobre sua face em um misto de piedade, educação e desconfiança.

As vezes o homem grisalho, pele encardida pelo tempo, olhos cansados se permite perder-se entre seus passos. E na solidão da noite, entre confusas vozes, silenciosos desejos, vai ao encontro de seus dias, ora descobrindo-se, ora perdendo-se em si mesmo em um temporal de recordações e ilusões que como seu rastro ficaram pelo caminho na poeira dos anos..