Cagado de Arara (miniconto)
Romildo é conhecido por sua falta de sorte. Em uma sexta feira, 13, recebe a notícia que vai passar por entrevista em uma escola particular. Passou no teste e foi contratado. Mas, tinha um, porém! Naquela escola professor só pode trabalhar de terno. Primeiro aluga o terno. Como foi efetivado por ser um professor muito competente na disciplina de História e também de Filosofia chega à conclusão: vai mandar fazer um terno. Procura o melhor alfaiate da cidade. Escolhe um terno clássico feito com tecido risca de giz, importado, cor cinza, modelo italiano O paletó com três botões, bolso clássico com portinhola. Já, a calça do terno escolhe ser feita com pregas, bolso faca e cós com forro de algodão. Armando, o alfaiate avisa que em sete dias o terno vai estar pronto. Na escola muitos o parabenizam pela escolha. No último dia da semana a escola comemora os aniversários do mês. A mesa é montada no ginásio. Romildo acompanha a sua classe. O terno brilha de bonito. Parabéns são cantados. O bolo de chocolate trufado é servido. O professor senta e espera ser servido. Neste instante algo cai do céu direto no ombro de Romildo. Uma gosma esbranquiçada, quente, mal cheirosa espalha pelo seu terno. Todos olham para cima e encontram a arara pousada na trave de basquete, logo acima do professor. Azarado? Não! Cagado de Arara!