O menino Pedro e o generoso professor.

Havia um menino muito pobre que vivia na periferia do rio de janeiro, ele havia perdido a mãe e o pai muito cedo, nas famosas guerras entre policiais e traficantes da comunidade em que vivia. Com a morte dos pais, aquele garoto de apenas nove anos, ficara sozinho, pois há muito tempo seus pais não tinham contato com outros familiares.

Pedro começou a viver nas ruas juntamente com outros meninos de rua, tendo que pedir esmolas para comer, por ser o menor do grupo, muitas vezes era maltratado pelos maiores, que roubavam o que ele ganhava das pessoas.

Certo dia, estava deitado em um banco chorando, pois estava com muita fome, e o que havia conseguido com as vendas de balas, havia sido roubado pelos os outros garotos. Foi quando por ali passava um homem bondoso que se chamava João, que vendo o garoto a se debulhar em lagrimas perguntou-lhe:

- Por que choras garoto? Pedro ergue a cabeça e responde:

- porque estou morrendo de fome.

- cadê seus pais menino?

- eles morreram.

O senhor muito compadecido do garoto, pergunta-lhe se não gostaria de viver com ele, e outros meninos que também não tinham onde morar. João era um professor que mantinha um pequeno abrigo.

Pedro aceita o convite, mas João logo impõe que levaria o garoto para ficar no abrigo, mas ele deveria se esforçar, estudar, para tentar ser alguém na vida. O menino logo concorda e acompanha aquele generoso homem.

Chegando ao abrigo, se alimenta e dorme, depois de tanto tempo dormindo em bancos duros, ele teve uma bela noite de sono. No dia seguinte ao acordar, João tratou logo de lhe apresentar aos demais garotos, no inicio o menino ficou receoso devido à experiência que já havia tido com os meninos que o maltratavam, mas aos poucos foi se entrosando.

Pedro sempre participava das atividades corriqueiras da casa, seguia ás orientações de João com muita vontade. Logo o tempo foi passando, e ele foi se destacando dos demais, tornando-se orientador do abrigo. E João vendo seu esforço, tratou de conseguir uma bolsa em uma boa escola, onde se dedicou aos estudos, ao terminar o ensino médio passa em uma conceituada universidade formando-se mais tarde em direito.

Tornou-se um bom advogado, casou-se, teve filhos, mas nunca se esquecera daquele que o ajudou a quem ele tem como um verdadeiro pai. Fez questão de ajudar o abrigo, onde ele teve a oportunidade de vencer na vida. Além de advogado, ele costuma fazer palestras contando sua experiência de vida, e participa efetivamente das atividades da instituição criada por João.