Crescendo com as Montagens Industriais
Ao ingressar na área de projetos em 1970, não poderia imaginar que anos mais tarde encontraria minha verdadeira identidade nas montagens industriais. É lá que sentimos, de fato, mais orgulhosos ao acompanharmos dia a dia a evolução do que por meses e meses a fio projetamos num escritório. Numa obra são inúmeras as dificuldades a serem transpostas. Vão desde abrir estradas de acesso ao canteiro de obra, passando pela adaptação aos costumes regionais, muitas das vezes diagonalmente opostos aos nossos, até mesmo ao emocional exigido para administrar nossos problemas pessoais à distância, isso - espera-se - sem deixar interferir naquilo de que somos cobrados; à cada não conformidade encontrada, um combate rápido, inteligente e econômico para solução do problema. É verdade que estar as vezes muito longe e só, deixa-nos por instantes, uma sensação de incerteza quanto ir avante naquilo a que empreendemos Para se ter uma idéia, o trabalho é realizado em condições não muito propícias que faz-se necessário a participação de palestrantes especialistas, para chamar-nos a atenção para a importância do empreendimento ao qual, de corpo e alma nos dedicamos. Uma forma de levantar o nosso moral. Mas o trabalho de campo não é feito só de dificuldades. É também substancialmente compensador. Nos proporciona grandes laços de novas amizades e grandes emoções. Sabendo-se entrar e sair em qualquer lugar, nossa experiência de passagem pode ser melhor vivida. São muitas as carências em terras em desenvolvimento. Encontramos brechas para contribuirmos nas artes por exemplo, nos movimentos religiosos no preparo de grupos de jovens, nos musicais de entretenimento da comunidade, enfim em uma série de atividades em que sequer pudéssemos acreditar que nelas poderíamos ser úteis. Dentro desta ótica pois, relato alguns pitorescos causos em minhas crônicas que, além de servir de passatempo aos leitores serve antes de tudo para vivê-las novamente.
janeiro de 2003
Ao ingressar na área de projetos em 1970, não poderia imaginar que anos mais tarde encontraria minha verdadeira identidade nas montagens industriais. É lá que sentimos, de fato, mais orgulhosos ao acompanharmos dia a dia a evolução do que por meses e meses a fio projetamos num escritório. Numa obra são inúmeras as dificuldades a serem transpostas. Vão desde abrir estradas de acesso ao canteiro de obra, passando pela adaptação aos costumes regionais, muitas das vezes diagonalmente opostos aos nossos, até mesmo ao emocional exigido para administrar nossos problemas pessoais à distância, isso - espera-se - sem deixar interferir naquilo de que somos cobrados; à cada não conformidade encontrada, um combate rápido, inteligente e econômico para solução do problema. É verdade que estar as vezes muito longe e só, deixa-nos por instantes, uma sensação de incerteza quanto ir avante naquilo a que empreendemos Para se ter uma idéia, o trabalho é realizado em condições não muito propícias que faz-se necessário a participação de palestrantes especialistas, para chamar-nos a atenção para a importância do empreendimento ao qual, de corpo e alma nos dedicamos. Uma forma de levantar o nosso moral. Mas o trabalho de campo não é feito só de dificuldades. É também substancialmente compensador. Nos proporciona grandes laços de novas amizades e grandes emoções. Sabendo-se entrar e sair em qualquer lugar, nossa experiência de passagem pode ser melhor vivida. São muitas as carências em terras em desenvolvimento. Encontramos brechas para contribuirmos nas artes por exemplo, nos movimentos religiosos no preparo de grupos de jovens, nos musicais de entretenimento da comunidade, enfim em uma série de atividades em que sequer pudéssemos acreditar que nelas poderíamos ser úteis. Dentro desta ótica pois, relato alguns pitorescos causos em minhas crônicas que, além de servir de passatempo aos leitores serve antes de tudo para vivê-las novamente.
janeiro de 2003