10 voltas no Parque Ecológico de Pederneiras!

Tudo teve seu inicio numa ensolarada manhã de sábado, quando caminhei aproximadamente 2,5 km até o Parque Ecológico VALE DO SOL, “aconchegante” local de PEDERVANA (PEDERneiras, cidade da Prefeita Ivana).

Primeira volta.

Meu relógio assinalava 7h15 quando “startei” meu “trotear”. Sem qualquer constrangimento, confesso que os 100, 200 m iniciais (dos 1100 m que compõem o interessante circuito do Parque) foram “sofridos”! Apesar de tentar desviar meus pensamentos para coisas boas, tais como: oração para o meu santo protetor e anjo da guarda “eleito” São Judas Tadeu, meu inconsciente “teimava” em tentar me convencer a prosseguir caminhado ao invés do “leve trotear” que eu estava empreendendo!

Segunda volta.

Com os músculos devidamente aquecidos, respiração razoavelmente equilibrada (“aspiração” pelo nariz e “expiração” pela boca, de forma ritmada) e manutenção do “leve trotear”, só fui observando a beleza das frondosas árvores de várias espécies existentes e erguendo meus pensamentos à Natureza e ao Ser Superior por me conceder a Graça de poder realizar estas “aventuras”!

Terceira volta.

O meu lado “bad” do inconsciente continuava tentando com que meu projeto inicial de “trotar” 10 km não fosse concretizado! Pensava: ora bolas, se caminhei aproximadamente 2,5 km até aqui, basta “trotar” 7 voltas (perfazendo um total de 7700 m) mais 300 m, que adicionados aos 2,5 km da caminhada, já ultrapassaria o meu intento! Porém, o lado “good” do meu inconsciente retrucava: você veio predisposto a realizar 10 km de “trotear” ... Os metros caminhados até chegar aqui não devem ser computados. Para desanuviar a “polêmica” comecei a assoviar a bela música A MAÇÃ, composta pelo “saudoso” cantor/ator/músico/compositor Raul Seixas em parceria com o escritor/compositor Paulo Coelho.

Quarta volta.

Já se aproximando da metade do meu propósito, passei “de passagem” por mais estes 1100 m! De relevante somente os pensamentos voltados à minha família “distante” (minha querida esposa, minha querida filha, meus queridos genro e neto, meus Amigos ...). Meus pensamentos também vaguearam através da crise mundial, que está, obviamente, tendo repercussões também no nosso País. Na empresa onde presto serviços aqui em PEDERVANA há um clima de apreensão. Com alguns setores parados e outros com visível baixa no volume de trabalho, “boatos” de demissões são constantes. Isso faz com que tanto os colaboradores de “mão na massa” quanto os administrativos fiquem tensos e alguns até com visíveis modificações em seu humor!

Quinta volta.

Com 4400 m já “realizados”, não houve mais a “guerra” de opiniões dos meus inconscientes e prossegui “numa boa” o meu “discreto trotear”. A relevar apenas a chegada de um novo “caminhante” no Parque. Ao passar pelo local de “start” do meu “trotear”, um senhor que “aparentava” superar os meus 61 anos, adentrou a pista e em poucos minutos ultrapassou-me correndo com um ritmo um pouco mais forte do que eu trotava! Após alguns metros, percebi que o mesmo “refreou” o seu ímpeto e começou caminhar ... Com o meu “leve trotear”, em alguns minutos o ultrapassei e em breve não o enxerguei mais “nem pelo retrovisor” ... rs,rs

Sexta volta.

1100 m maravilhosos! Meu organismo perfeitamente adequado ao “esforço” e em consonância com o estágio de respiração equilibrada e os músculos devidamente aquecidos, parece que me fazia deslizar pela pista! Fui célere, firme e forte, em busca destes 1100 m!

Sétima volta.

Neste meu trajeto, tive a felicidade de observar algumas galinhas d’angola cruzar a minha frente, enquanto alguns pássaros, dentre os quais algumas maritacas, deslocavam-se entre as árvores entoando piados e cantos cativadores!

Oitava volta.

Quando já me aproximava de estabelecer estes meus 8800 m, “cruzei” com um trio composto por um rapaz e duas “raparigas” que vinham em sentido contrário ao meu; elas portando latinhas de cerveja e ele, uma pequena garrafa. Uma das “raparigas” simulou um trotear e disse à companheira que iria fazer como eu pela pista! Sorriram e eu também sorri! Verifiquei que, pelo menos as “raparigas” encontravam com “teor etílico” um pouco alto. Quando já havia passado por eles, a “rapariga da simulação” dirigiu-se a palavra dizendo que também pretendia “trotar”. Ao longe fiz sinal de positivo e prossegui com “minha marcha”!

Nona volta.

Senti o prazer que sentem os jovens, devidamente “amparados” por uma charge do “gato Garfield”, no qual o “gato” mostra-se totalmente desgastado na segunda-feira e à medida que os dias da semana vão transcorrendo, é como se a vida fosse renascendo em seu interior até culminar na sexta-feira onde ele está perfeitamente “restabelecido”. Os jovens, anseiam pela chegada da sexta-feira para irem às baladas, ingerirem, de acordo com palavras deles mesmo, o que puderem de cerveja ... Por meu turno, a satisfação estava por conta de ser minha última volta completa (9900 m), restando ao seu final, somente 100 m para completar os buscados 10km!

Ao passar novamente pelo trio, que se encontrava “confortavelmente” instalado em um banco às margens da pista, estabeleci breve diálogo com as duas jovens que indagaram se eu emprestaria o meu tênis para que uma delas realizasse o “trotar” análogo ao meu. Não declinei a este pedido e disse que, em sendo a minha última volta, não haveria qualquer problema em ceder o meu tênis para esta “volta”!

Após concluir minha nona volta, realizei mais uns 200 m e às 08h45 me encaminhei ao sanitário para “expelir” meu excesso de urina acumulada no esforço despendido e molhar os pulsos, rosto, pescoço e cabeça com o fito de “rearranjar” a circulação sanguínea. Foram 90 minutos para percorrer os 10000m em um “trotar suave e nada desgastante! Após esta providência, me dirigi ao local onde estavam “alojados” os jovens e percebi que eles já não mais lá se encontravam. Porém, os notei dirigindo-se para a saída do Parque. Sem qualquer esforço alcancei-os e indaguei acerca do “desafio” que haviam se proposto em fazer. Sorrindo bastante em seu “estado etílico” argumentaram que não teriam pique para realizar o desafio. Eu também sorri bastante e disse a elas que este processo é algo que tem de ser adquirido aos poucos. De acordo com a “forma física” inicial de cada um, pode ir sendo aumentada a distância ... ao fim de algum tempo, com tranqüilidade, já estarão sendo atingidos alguns kms!

Desejei “tudo de bom” ao trio e em meu intimo desejei mais: que houvesse um pouquinho mais de orientação na cabeça daquelas jovens que claramente estavam no caminho da perdição!

Enquanto caminhava “de volta” ao meu ponto de partida (mais uns 2,5 km ...), agradeci ao Nosso Ser Supremo por toda a proteção, à Natureza por me propiciar um local tão aconchegante para realizar meu condicionamento, ao meu santo protetor e anjo da guarda por razões óbvias, aos meus familiares por mesmo a distância aumentar a minha força com a força dos seus positivos pensamentos ...

HICS
Enviado por HICS em 28/09/2009
Código do texto: T1835996
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