Dividida

O homem sério e vestido socialmente bateu na porta e instantes depois Glauco surgiu, sem camisa e descalço:

- ah... Sim?

- poderia lhe pedir um favor?

- como quiser senhor...?

- não lhe importa meu nome, só queria exigir-lhe que deixe minha esposa em paz.

- ora...

- ultimamente tem reclamado muito do senhor lhe faltando com respeito sempre que a vê, poderia acabar essa palhaçada enquanto me contento apenas em pedir?

- pois não senhor, me desculpe. Eu... Desculpe-me.

- espero não precisar voltar aqui.

Minha ‘Rosa’ se sentirá melhor agora. Esse filho da... Pensava o homem sério enquanto se afastava descendo a rua.

Glauco riu cinicamente e bateu a porta de leve. Voltou ao quarto. Rosa estava coberta com um lençol. Um cigarro entre os lábios. Enquanto o amante se aproximava esta tirou o cigarro da boca e após uma baforada perguntou:

- quem era?

- ele...

- que queria? – perguntou friamente.

- lutar pela sua segurança...

- esqueça-o – disse abrindo os braços. O outro se aproximou.

Hoje a noite teria uma boa transa com o marido como agradecimento pelo gesto, mas no momento o amante seminu lhe importava mais.

Wenderson Mota
Enviado por Wenderson Mota em 22/09/2009
Código do texto: T1825086
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