Dividida
O homem sério e vestido socialmente bateu na porta e instantes depois Glauco surgiu, sem camisa e descalço:
- ah... Sim?
- poderia lhe pedir um favor?
- como quiser senhor...?
- não lhe importa meu nome, só queria exigir-lhe que deixe minha esposa em paz.
- ora...
- ultimamente tem reclamado muito do senhor lhe faltando com respeito sempre que a vê, poderia acabar essa palhaçada enquanto me contento apenas em pedir?
- pois não senhor, me desculpe. Eu... Desculpe-me.
- espero não precisar voltar aqui.
Minha ‘Rosa’ se sentirá melhor agora. Esse filho da... Pensava o homem sério enquanto se afastava descendo a rua.
Glauco riu cinicamente e bateu a porta de leve. Voltou ao quarto. Rosa estava coberta com um lençol. Um cigarro entre os lábios. Enquanto o amante se aproximava esta tirou o cigarro da boca e após uma baforada perguntou:
- quem era?
- ele...
- que queria? – perguntou friamente.
- lutar pela sua segurança...
- esqueça-o – disse abrindo os braços. O outro se aproximou.
Hoje a noite teria uma boa transa com o marido como agradecimento pelo gesto, mas no momento o amante seminu lhe importava mais.