HISTÓRIA DE UMA ADOLESCENTE SAUDÁVEL (VIII)

HISTÓRIA DE UMA ADOLESCENTE SAUDÁVEL (VIII)

Sonia Barbosa Baptista

(Conto)

A PROFESSORINHA

Capítulo VIII

Como devem lembrar, no capítulo VI, a professorinha tinha acabado de apresentar a nova aluna de oito anos, aos outros alunos, e então um dos meninos se aventurou numa fuga, e a professorinha teve que sair em sua captura...

E no tempo em que ficou ausente da escola, foi substituída por sua mãe.

Que pode observar que as crianças não obedeciam e foi difícil manter a ordem.

Com alívio, viu a sala de aula se transformar com a volta da professorinha que só num olhar e todos se comportavam.

Interessante, exclamava a mãe sem entender!

E se perguntava, que magia é essa que a professorinha exercia sobre as crianças?

Mas a professorinha em silêncio olhava um por um, tentando analisar o que cada um pode ter sentido, e o que estaria sentindo naquele momento de sua volta.

E quando isso acontecia, cada um já sabia que devia ficar em silêncio.

O que estaria pensando a professorinha com todo aquele silêncio dela e de todas as crianças?

Só ela sabia que estava em prece com Deus, pedindo proteção para seus alunos de todas as idades, agradecendo aquele espaço que deu vida à sua criatividade e inspiração de professora e por ter protegido seu aluninho cearense, naquela fuga desenfreada.

Mal sabendo, que o destino lhe reservaria grandes surpresas em sua vida...

Mas, voltando àquela nova aluna...

Ainda tímida, não fez amizade naquele dia.

No dia seguinte tudo normal na sala de aula, até que forte cheiro de banana encheu o ar.

E a menina estava comendo a única banana, que era para a hora do recreio, no que a professorinha notou, porém, fingiu não ver.

E quando chegou a hora do recreio em que todos começaram a comer suas merendas.

A menina comeu apenas as cascas da banana.

Que situação! Todos queriam ao mesmo tempo contar para a professorinha, que também já tinha visto.

Então, ela ofereceu biscoitos e água filtrada para a menina, que comia e agradecia, e logo depois as duas se abraçaram sorrindo.

Uma vez na semana era o dia de estudar a natureza.

Mostrar as árvores e seus frutos, pisar na terra descalço.

A que mais chamava atenção das crianças era a goiabeira, pois subiam nos seus galhos e ficavam balançando.

As crianças menores, não sabiam que o pé de limão tinha espinhos.

Nesse dia, era também o dia de desenhar no chão do quintal, riscar a terra, ficar sujos, rir, correr.

As crianças maiores, que tinham dificuldades em entender como era dividido um inteiro em frações.

Naquele dia, com uma pedra, ela ensinava riscando as figuras no chão e eles também riscavam.

Ficavam encantados por aprender a matemática, que não conseguiam aprender no colégio em que estudavam.

Esta atividade estava na programação da escola.

Era bem o tipo de a professorinha ensinar no ar livre, com as crianças olhando o céu, sentindo o sol esquentando a pele, lavando as mãos e os rostos na torneira que tinha no quintal...

Aquele dia de aula, era mais um dos que terminava tudo bem e em paz.

A professorinha sorrindo pensa:

Criança! Beleza em flor, inocente e pura, não necessita esperar a primavera para florescer, em todas as estações do ano, ela está presente com seu sorriso franco e expressão angelical.

21/09/2009

Breve capítulo IX

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 22/09/2009
Reeditado em 22/09/2009
Código do texto: T1824871
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