HISTÓRIA DE UMA ADOLESCENTE SAUDÁVEL (VI)
HISTÓRIA DE UMA ADOLESCENTE SAUDÁVEL (VI)
Sonia Barbosa Baptista
(Conto)
A PROFESSORINHA
Capítulo VI
Um dia, no horário da tarde, todos os alunos já tinham chegado e a professorinha foi atender o chamado de uma mãe no portão, que estava querendo matricular a filha.
Era uma menina de oito anos, muito bonita e trazia consigo o material escolar.
A professorinha a levou de mãos dadas, para a sala de aula e apresentando aos outros alunos, indicou um lugar para que sentasse.
A princípio, todos ficaram olhando a menina, que ficou sem graça.
Mas logo tudo ficou bem, quando todos começaram a fazer os deveres.
A professorinha atendia com graça e simpatia a cada um que a solicitava para explicação.
Um dos meninos de sete anos de idade, enciumado, aproveitando que a mãe da professorinha, por um espaço mínimo de tempo, abrindo o portão para por o cesto de lixo na rua.
Saiu pelo portão correndo como um raio e a professorinha correndo atrás dele.
Foi desesperador aquele dia, pois ele corria e atravessava ruas perigosas e ela correndo atrás.
Custava acreditar no que estava acontecendo e naquela situação que estava sendo de risco para o menino.
Porém, ela o seguindo, viu que fazia o caminho de casa.
Sem imaginar que estava sendo seguido, finalmente parou e descansou.
Mas quando a viu, assustado e suado correu e entrou em casa.
A mãe dele levou um susto quando o viu e atrás a professorinha, que foi logo explicando o que aconteceu.
Ah! Coitado do menino.
Depois de sua mãe dar-lhe uns puxões de orelhas que ficaram vermelhas, lavar-lhe o rosto e oferecer-lhe água.
Mandou que desse a mão à professorinha e voltasse para a escola.
E os dois voltaram juntos, encerrando este capítulo da fuga de um dos alunos daquela escola...
Naquele dia, no fim da aula, a mãe do menino foi buscá-lo.
E contou que ele, de vez em quando, se sentia nervoso e que naquele dia não queria ir à aula, mas ela o obrigou, porque em casa era difícil para ele que tinha dois irmãozinhos mudos.
E disse: que aquela escola e a professorinha caíram do céu, porque com ele na escola, sobraria mais tempo para que cuidasse dos dois irmãozinhos, fruto do casamento de primo com prima.
Saber dessa situação ajudou-a entender a reação do menino, porém carinho e atenção ele tinha todos os dias.
Tanto ele, como todos que estudavam naquela escola.
E cena mais linda aconteceu. A mãe o levou de colo para casa.
E a professorinha chegou à conclusão que:
"Criança é uma caixinha de surpresas agradáveis, bastando saber olhá-la com olhos de ternura e educá-la com carinho, amor e respeito, que ela crescerá com o coração inundado pela luz da bondade e a mente saudável".
14/09/2009
Breve o capítulo VII