O Fogão Caipira e a Tesoura

Era assim, alegria, lhe era um dom!

Um dia de sol, o vento brincando com as folhas das palmeiras, o barulho da água do riacho e seus olhinhos vivos e espertos, enfim, chegara o grande dia. Subir no banquinho e ver bem de pertinho o fogão caipira. Começava a ajudar sua mãe. Abanar as cinzas, naquele instante, e vê-las esvoaçar, as brasas chamejando, de um lado a outro, foi para ela o máximo. O fogo, aquecendo as panelas e o cheiro, que exalava pela casa. Aprender a cozinhar, no velho fogão caipira, cuja altura, para ela, se dava, através do banquinho ...

Assim, todos os dias, aprendia algo de novo e fazendo o melhor possível, para que tudo ficasse conforme sua mãe gostava e lhe ensinava. Não demorou muito, e as panelas, tornaram-se peças importantes em sua vida. A comida, bolos, biscoitos, doces, bejus, cuzcuz, o café ... Fazia parte do aprendizado, socar no pilão, o milho, a carne seca, para a deliciosa paçoca, enfim ...

A linha na agulha, os primeiros pontos de um chuleado, e o aparar uma barrinha com a tesoura de tamanho grande, corte reto, a arte e o ofício, brotava alí ... costurar! A menina, de pele clara e cabelos loiros, pequena, de alma nobre!

Micaella Nina
Enviado por Micaella Nina em 12/09/2009
Reeditado em 30/06/2015
Código do texto: T1805474
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.