MEMÓRIAS 17 " UMA HISTÓRIA COM RATOS" >*<

Andando entre uma rua e outra entrando e saindo.

Vejo prédios, casas, lojas e bares. vejo pessoas passando nas ruas

Cada uma com suas vidas, suas metas seus pensamentos seus problemas.

E vou mais além tentado resolver os problemas dessas pessoas.

Sinto-me advogada a promotora a juíza. Assim vou caminhando pela cidade.

Em dias que não estou fazendo nada.

Acho que muitos já sentiu isso, já tirou um tempo e não fazer nada e sair por ao observando as pessoas ainda mais se for escritor, pior ainda que vê texto em tudo numa folha que cai, num ônibus que passa numa criança que corre num executivo ou numa mulher perua. Tudo vira texto. Eu no meu dia de não fazer nada viro a senhora da razão.

Quando de repente passei perto de um terreno baldio passou correndo bem próximo aos meus pés, um rato desses ratos bem granes acho que era ratazana era cinza por cima e a barriga branca, tinha uma calda bem comprida.

Bastou isso acontecer para a minha pose de superioridade desabar, num arrepio horrível um nojo fora do comum. Literalmente sai do salto e gritei esperneei, aquele bicho horroroso passou encostado em mim.

Tenho pavor de ratos, não posso nem pensar vendo-o então enlouqueço.

Sem o menor constrangimento, grito, grito, grito muito meu corpo todo parece coçar é como se ele tivesse andando em mim. Não suporto o chiado, o andar meio rasteiro dando pulinhos, os olhos redondinhos e o focinho tremelicando.

Ah! Que horror! Estou com asco só de descrever esse bicho. A minha história com ratos vem de berço.

Eu tinha três ou quatro meses de vida conta minha mãe, onde ela e meu pai moravam tinha muitos matos em volta a vizinhança vivia jogando lixo neles. _ Coisa corriqueira e típica aqui no Brasil não é?

Segundo minha mãe era 5:00h da manhã, ela foi a cozinha coar café para meu pai ir trabalhar ele sempre muito calorento abria a porta bem cedo e ficava olhando a dia amanhecer.eles ficavam conversando.

Tempinho depois escutaram meu choro,aliás meu grito.minha mãe saiu correndo para o quarto, e quando ela olhou dentro do berço, eu toda embrulhadinha só com o rostinho para fora e uma mancha de sangue perto dos olhos e encima de mim, _ Vejam bem! Encima de mim uma ratazana horrível, esse bicho tinha mordido bem na minha fronte ao lado esquerdo.

Minha mãe apavoradíssima gritou feito louca, meu pai veio rápido mais o bicho se foi...

Fugiu como o nome mesmo diz “rato” é “rato”. Bach! Que nojo!!

A minha mãe estava histérica, as vizinha tiveram que retirar-me do berço e levou-me ao médico, fizeram em mim exames e recomendaram eu ficar em observação a qualquer coisa diferente correr comigo pra o hospital novamente.

Meus pais ficaram com medo e que eu ficasse doente ou até eu vir a morrer, Ou ficar com alguma sequela.

Mas nada disso aconteceu o que aconteceu foi que trago até hoje uma marquinha bem ao lado do olhos esquerdo e o pavor desse bicho horroroso.

Quando vejo um bicho desse, não consigo não gritar, grito desesperadamente, tento não dar pití mais é mais forte que eu.

Penso no sofrimento que passei estando cara a cara com aquele bicho, eu super indefesa e ele encima de mim, eu poderia ter tido uma parada cardíaca naquele momento ah! Poderia.

Vira mexe deparo-me com um bicho desse em algum lugar.

E justamente no instante que eu estava sentido-me soberana, observando as pessoas e tudo que estava a minha frente, para quem sabe poder escrever um bom texto.

Aparece esse bicho horrível e trás a terrível lembrança deixando-me com nojo.

Acabei de comprar pães quentinhos, mas como posso comê-los com essa imagem...”_ Eu odeio ratos”.

Lee Nunes
Enviado por Lee Nunes em 03/09/2009
Reeditado em 12/05/2010
Código do texto: T1789764
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