Lançando Moda Parte 2
Primeiro foi a Terezinha com os seus prendedores de roupa em sua blusa passeando pela cidade, agora se faz necessário narrar à história de sua irmã Maria Galvão.
Ei-la:
Naquela sexta-feira, Maria esperava ansiosamente a chegada do exigente maridão Benê da Silva a fim de definir em conjunto qual seria o cardápio do jantar.
Para sua surpresa e alegria não houve jantar em casa naquela noite.
Fugindo raramente à regra, Benê convidou a família para um passeio no Shoping. Lucas e Tatiane adoraram e já se consideraram prontos.
- Porque não me telefonou antes me avisando? “Reclamou” Maria.
- Só decidi agora. Respondeu o imprevisível marido com aquele olhar de: “Se não quiser ir, estamos saindo”, que por sinal ela conhecia muito bem.
Tratou logo de se arrumar. Escolheu um belo vestido e antes de escolher os sapatos (que não eram poucos) ainda observou: “Isso aqui está uma bagunça”.
Em prazo de 15 minutos, estava literalmente prontinha da silva, sob os chamados impacientes do “Sr. Benê”.
Pelo pouco tempo que dispunha, não estava como queria, mas se sentia linda. Se achando...
Todos prontos partida imediata. Família feliz...
O “plano” era o seguinte: Jantar, visitar lojas de acordo com suas conveniências, uma seção de cinema e retorno.
Pois bem, primeira etapa concluída, vamos às compras.
Maria pensou logo em um novo par de sapatos, não que estivesse precisando, mas a oportunidade exigia.
Entrou em uma das lojas, enquanto sua família se dispersava em outras, ficando combinado o reencontro no prazo de uma hora.
Bastaram exatos 10 minutos para que ela procurasse pelos filhos e marido expressando enorme “necessidade” de retornar para casa.
Sem entenderem nada do que se passava e sob o protesto de todos, retornaram tal era a insistência por parte da desapontada Maria.
Somente ao chegarem em casa é que puderam entender o motivo tão repentino de sua decisão.
Dona Maria Galvão Carvalho da Silva cometera um deslize. Ao se preparar para sair de casa, calçara (apesar de semelhantes), um pé de sapato de uma marca (preto) e outro de outra (marrom).
A percepção só ocorreu no momento em que a balconista da loja veio atendê-la.
- Que óóóódio!!! Repetia ela, inconsolável.
Vexame passado, hoje motivo de muitas gargalhadas, Maria reclama da falta de observação por parte da imprensa, que perdera uma grande oportunidade de estar lançando mais uma moda.
- Mas é o que dá, não ser famosa!! Observa ainda desapontada.
Porém uma coisa a consola: Se um dia a moda pegar, ela teria sido a primeira a usar, mesmo que apenas a balconista daquela loja tenha percebido.
Ficou decidido: Sair de casa às pressas, nunca mais...