Meu Pai era uma "Otoridade"
Ele era um "deus" pra os colegas e respeitado por magistrados e serventuários do Fórum, onde exerceu, com probidade e diligência, seu mister de “advugado”, meu digníssimo pai! Durante incontáveis anos, foi admirado como um eminente inspirado tribuno da época de Roma. A par dessas virtudes que emprestava à sua apurada advocacia, conseguiu a fama de homem que sempre se ouve com correção e compostura. Ninguém sequer, sequer, respirava alto quando ele falava. Por aí você vê!!
O homem era alto, forte e a cara mais parecia de um touro bravo. Metia medo até em “poliça” ! Branco feito vela, tinha um bigode que fazia curva indecente até as narinas. Quando ia fazer discurso ou enfrentar um júri, vestia seus grossos e brancos ternos vindos de Recife, engomados por dona Malvina, ex-escrava, mas que ainda trabalhava como uma, coitada.
Era muito medroso, não, medroso maneira de dizer, era comedido! Cumprimentava sem grandes entusiasmos até os mais chegados. A postura grave que afetava, entretanto, não o impedia de ser homem educado e sem nada de arrogância.
Tendo alcançado todas as glórias que a profissão de “advugado” poderia lhe proporcionar, cansou-se da militância e decidiu valer-se do vasto conhecimento que acumulou na constante leitura dos compêndios e nas incessantes leituras e brigas jurídicas para se dedicar à literatura.
Para desgosto e má querença de muitos, ele que não tinha mais nada a perder no alto de seus 80 anos, resolveu escrever sobre a “sociedade mutável da capital alagoana”...Isso nos anos 30!!!
Como ele era afeito a “olhar” o povo que passava na rua...indo em direção à ladeira do Brito, no centro da cidade, aproveitava pra fazer anotações, por vezes, indecorosas das pessoas...tudo isso num livro vermelho, com capa de veludo e letras douradas.
Ele sempre se referia a dona Marina, a mulher do homem da farmácia “Flor de Lis”, como a “devassa”...ninguém acreditava, claro, afinal a mulher era nascida e criada na cidade de Viçosa, veio desde cedo encaminhada pela família na religiosidade. Meu pai porém, estava certo de que mais cedo ou mais tarde, a pegaria “no pecado”.
Outra que não escapava de suas olhadas, era Silvinha, a afilhada do padre Dionício. Era moiçola alta, bonita e “sonsa”...dizia ele.
O uso excessivo dos neurônios, por parte desse incansável homem de idéias, acarretou-lhe um inevitável desgaste que se foi acentuando com o avançar dos anos e vinha se manifestando há algum tempo por meio de pequenos lapsos e um ou outro rompante detectados pelos mais chegados.
Por muitas vezes esquecera de dar a descarga no vaso sanitário, errava a porta dos quartos e confundia o nome das cunhadas e dos sobrinhos, quando não dos próprios irmãos. Mas, uma coisa ele não trocava e nem bagunçava: a vida alheia!
Era incrível como ele não trocava quem era amante de quem, quem era virgem e quem não havia casado virgem...”meu Jesus...ele era terrível!!!”
O pároco, Padre Dionício, era um dos poucos que escapavam da “lista imprópria", por se tratar de “homem santo, de Deus, e acima de qualquer suspeita”, o que não era no todo verdade, visto que era chegado a uma cachaça de alambique que lhe trançavas as pernas...mas, essa, não se comentava.
Realmente não havia no bairro quem mais soubesse “das coisas” que ele. Qualquer um que chegasse, era imediatamente levado a sua presença pra as devidas apresentações e relação do “curriculum” do camarada.
Nossa casa tinha 10 quartos, pois além de serem muitos em casa, sempre apareciam alguns primos, tias e agregados. Um dia, a garotada se juntou na sala de visitas, jogando e troçando, animada com uma novidade: um rádio! Enquanto se divertiam com os sobressaltos que causava a mudança das músicas, muitos ficavam de olho nas crianças, mas meu pai ficava sentado na porta de casa, pernas cruzadas, caneca de café na mão esquerda, e mão direita com um lápis, muito bem apontado e pronto pra entrar me ação assim que alguma “vítima” sonhasse sair de casa. Invariavelmente, minhas tias aproveitaram para fazer café e bolo de fubá.
Crianças e mulheres já nos quartos, os irmãos foram conferir se as portas estavam fechadas, recolher algumas coisas no quintal e no jardim, mas meu pai estava estranhamente imóvel, com os olhos bem abertos. Olhos grandes, interrogadores que iam direto na casa de Padre Dionísio, de onde Silvinha saia apressadamente, com uma roupa tão justa que mal podia andar. Entrou ligeirinho num cabriolé que subiu em direção à Bebedouro. “O que a Silvinha estaria indo faze àquela hora da noite? E sozinha??” Ficava ele ali a especular...
- Seu Domício, o senhor vai ficar aí? Não vai se recolher?
- Não meu genro, fico aqui mais um par de horas tomando uma fresca. Boa noite!
- Boa noite, sogro!
Meu pai ficou ali, todo enrolado numa manta grossa, no escuro até às 3h...frio de rachar, mas ele ali, como um soldado em campana. E a Silvinha, será que voltou pra casa do padre? Ele não viu. Com essa angústia no peito, foi dormir, já se arrastando de tanto sono.
Já no quarto, viu sua mulher mais enrolada nos cobertores que uma pamonha. Tentou não acordá-la, mas não teve jeito.
- Angélica, mulher, você nem sabe o que vi. Falou meu pai espantando minha mãe, coitada, dormindo meio que acordada a espera dele...
- Hem? O que houve, Domício? Fala!
- Sabe a Silvinha?
- Claro, meu velho! O que tem a moça?
- Deus em livre pelos maus pensamentos, você bem sabe que não gosto de julgar as pessoas, mas a moça não voltou pra dormir até agora a pouco, e já são 3h da madrugada!
- Deus do céu! O que essa moça estará fazendo? O padre, coitado, saberá? Bem, vamos dormir, meu velho, amanhã saberemos. Foram dormir.
Logo cedo, sem muito a fazer, mas muito a especular, meu pai saiu de casa na intenção de saber do paradeiro de Silvinha, que para ele, não seria mais “moça” de jeito nenhum...afinal, ficar nas ruas até às 3h da madrugada não era coisa de moça de família.
Sua primeira parada foi no açougue "São João". Meu pai começou a observar que o açougue era um local que poderia lhe dar mais informações de um bairro que um salão de beleza. Era incrível como as pessoas “soltavam” informações de seu dia-a-dia sem nem perceberem...num açougue. Lá estava ele, olhando uma peça de carneiro estirada no balcão, quando entrou dona Joana.
- Bom dia a todos!
- Bom dia! Como a senhora está? Soube que esteve doente. Perguntou meu pai, sem perder tempo.
- Realmente, Seu Domício, minha saúde não anda bem. Mas tenho ajuda de amigas, como sua mulher. Sempre que pode, dona Angélica vai à minha casa e faz um chá. Dê um abraço nela por mim.
Virou-se rapidinho e pediu um pedaço de alcatra pra o almoço, rapidinho...e se foi!
“Bem ainda poderão aparecer alguns clientes”. Com isso na cabeça, meu pai viu “desfilar” no açougue quase todas as donas de casa do bairro onde morávamos, mas ninguém dava uma dica do paradeiro de Silvinha.
Ao voltar pra casa, meu pai quase esbarrou com padre Dionísio, que olhou pra ele com espanto.
- Bom dia, padre!
- Como vai, meu velho amigo? Indo pra casa almoçar?
Num relance, meu pai pensou em perguntar se ele sabia se sua afilhada Silvinha, estivera na rua até altas horas da madrugada, mas se controlou.
- Sim, claro, e o senhor?
- Estou indo novamente almoçar na casa de minha irmã, pois Silvinha não acordou bem e está dormindo, coitada. Acho que é gripe. Deixei até um chá de alho com mel de abelha pra ela...estou indo...Deus te abençoe!
“Doente? Silvinha? Meu Deus essa moça sai de madrugada, dorme fora e o padre nem desconfia.”
Correndo, de acordo com suas pernas e idade, claro, meu pai chegou cedo pra o almoço e tarde pra o que tinha a dizer a minha mãe:
- Angélica, mulher do céu!!
- O que foi, homem? Senta, você tá pálido.
- Encontrei com o padre, e você imagina que ele nem desconfia que Silvinha dormiu fora? E ainda acha que a danada tá gripada? Nem fez almoço pro coitado?
- Fala sério, meu velho?
- Não estou te dizendo. Como uma moça faz isso? Estou sem esperanças neste mundo...vou deitar...perdi a fome!
Minha mãe coava o café da janta, quando meu pai chegou perto dela.
- Angélica, vou continuar meu livro, mas tenho que observar mais o povo daqui. Silvinha é uma!!
- Meu velho, esqueça isso. Ela deve ter saído com algum rapaz..coisas da idade!
- Mas, Angélica...
- Esquece e senta, vai! Sabia que o senhor não almoçou, hoje? Toma um café reforçado. Dizendo isso, minha mãe foi logo colocando num prato de alumínio: uma porção boa de cuscuz, um pedaço bom de carne assada e uma banda de pão fracês torrado.
Comemos em silêncio.
Lá pelas tantas, como de costume, era minha vez de fechar as janelas e recolher as coisas do quintal e do jardim, quando olhei pra porta de entrada, lá estava meu pai, com a cadeira na mão, pronto pra se colocar “a postos”.
- Meu pai, olha essa friagem..vamos deitar?
- Nada...vou ficar aqui tomando fresca mais uma hora e anotar mais coisas no meu “diário do povo da capital"...pode ir...boa noite!!!
Dito isso, nada a fazer senão obedecer, afinal, como contestar o seu Domício, não é?
Meu pai estava anotando algumas coisas no caderno e viu várias pessoas indo em direção à praça do Palácio, onde fica o governador. Mas, já estava ficando tarde..acho que passava de 23h. Ele olhava e anotava, olhava e anotava...quando deu conta, puxou seu relógio de algibeira e ficou espantado como as horas passaram rápido àquela noite.
Já estava tentando desistir da idéia de olhar a vida de Silvinha," a coitada...vai ver, estava com algo pra resolver" ...de repente, ao levantar seus pensamentos e fixar os olhos na rua de cima, vou dona Marina passar “na toda”. Logo atrás dela, padre Dionísio...
“Deus do céu, o mundo está perdido!”, pensou meu pai, já com as pernas trêmulas, pensando no que o padre, o santo padre, seu amigo, estava fazendo na rua àquela hora com a “devassa” da dona Marina, mulher do dono da farmácia e que ele tinha na sua lista como “das não mais respeitáveis”.
“Sinto-me traído... meu amigo... padre, ainda por cima ....”
“Santo Cristo, vou deitar...” E pensando em tudo que parecia ser, foi dormir, ou melhor, deitar-se!
Os dias que se passaram e o que se via no semblante de meu pai era desolamento, uma tristeza sem fim. Minha mãe falou que desde a noite que ele avistara o padre na rua altas horas da noite, que havia ficado assim, pensativo e triste!
O dia amanheceu lindo naquele 27 de Agosto, dia de Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira da nossa cidade, e como de costume, as roupas estavam logo cedo passadas e engomadas na cama de cada um. O terno branco de meu pai, era muito bonito, de linho...e ele sempre ficava lá na frente na procissão, perto da santa e das autoridades eclesiásticas.
No entanto, naquele 27 de Agosto de 1930, meu pai acordou dizendo que não iria à procissão de forma alguma, principalmente depois das desconfianças. Foi um reboliço em casa, ninguém entendi o porquê, visto que ele não falara o motivo real, a não ser a minha mãe.
Bem, fomos e na hora marcada, 7h estávamos todos lá na rua sol, bem enfrente à catedral. As freiras organizavam tudo, os colégios traziam seus alunos, os padres, os seminaristas... Tudo preparado!
Olhamos em volta e lá no fundo, avistamos meu pai com cara emburrada com minha mãe a tira-colo. Ao menos não faltaria a um ato religiosa daquela grandeza, que há séculos fazia parte da família alagoana.
A procissão transcorreu normalmente, perfilando as ruas centrais de Maceió: rua do Sol, praça do Governo, rua Augusta, rua do Convento de Savina Petrilli, praça Marechal Deodoro, praça União dos Palmares, rua do Imperador D. Pedro II e por fim, a catedral às 10h.
Meu pai, apesar de seus 80 anos, estava bem de saúde, e fez todo percurso sem reclamar, apenas parou um pouco na praça Marechal Deodoro pra tomar água na casa de uns conhecidos.
Todos sabiam que dia da padroeira, era o dia mais importante na capital, logo mais à noite, haveria quermesses, vaquejadas no parque da pecuária, carrossel na praça da faculdade de medicina e discursos, muitos discursos, entrega de homenagens a políticos e mais algumas coisas que inventavam.
Quando todos estávamos indo pra casa, depois da missa, um vereador amigo de meu pai se aproximou e disse a toda família:
- Meu querido e ilustre amigo, Domício. É com muita honra que venho em nome da Câmera Municipal de Maceió, fazer-lhe o convite de comparecer logo mais às 20h no palácio Floriano Peixoto, junto com sua família, claro, para a entrega de alguns prêmios, diplomas e honrarias a nossos correligionários.
- Devo agradecer pela deferência, mas vou agradecer, pois já com 80 anos e depois de toda essa manhã corrida, não tenho mais condições de festas à noite.
Vimos que o vereador, ficou surpreso, pois meu pai depois que se afastara das tribunas, era assíduo nestes eventos.
O vereador correu em socorro ao padre...que puxado pelo braço, lhe fez uma súplica:
- Meu velho e querido amigo, as comemorações do dia de nossa padroeira sem a santa e sem sua presença, de nada valeriam, não é mesmo, nobre vereador?
- Claro, seu Domício. Não aceitaremos um “não” como resposta a não ser que esteja doente...mas, estás muito bem!! Até logo mais às 20h!
Os dois pareciam tramar algo, mas meu pai não desconfiou.
Como nossos irmãos mais novos queriam ir ao parque da pecuária, fui tomando conta deles, e saímos às 18h de casa. Meu outro irmão e meu genro, foram com suas mulheres à praça da faculdade, comer pipoca e andar no carrossel, claro. Meu pai e minha mãe ficaram com a parte “chata” do programa.
Bem, por volta de 20h meus pais estavam no salão principal do palácio do governo. Muitas autoridades presentes, inclusive o prefeito Jaime de Altavila e o governador Hermilo de Freitas Melro, com suas esposas. Diversos vereadores e deputados vieram participar da entrega dos diplomas e honrarias aos escolhidos daquele ano.
Claro que aquela “reunião” não era aberta a toda população, mas naquele ano, o governador mandou abrir os salões do palácio, pois tinha uma atração especial para a “nata” da sociedade alagoana: a apresentação do cantor do Orlando Silva, que veio do Rio de Janeiro dois dias antes especialmente para o dia de nossa padroeira.
Diante de tamanha festa, meu pai tentava relaxar. Começou a circular nos salões e observou que muitos de nosso bairro, estavam presentes. Na praça em frente, a Praça do Palácio do Governo, estava repleta de populares, autoridades eclesiásticas e da política. As mulheres tiraram de seus guarda-roupas seus melhores vestidos e chapéus, e os homens, seus engomados ternos. Havia muitas barracas armadas com comidas típicas, brincadeiras, uma verdadeira quermesse.
Como era esperado, o prefeito e o governador foram ao palanque armado defronte ao palácio e começaram a chamar as pessoas homenageadas. Nesta hora, muitos se distraiam com outras coisas, e meus pais sentaram num banco da praça e ficaram ali a observar os vizinhos.
Os prêmios estavam sendo entregues... “ A medalha Nossa Senhora dos Prazeres vai para o Major Eufrázio Noberto de Lima, Comandante do Batalhão....” e agora, a “Medalha das 3 Lagoas vai para o Prefeito de Palmeira dos Índios, o escritor e amigo, Graciliano Ramos....”...e aquela lista parecia não ter mais fim.
Foi pedido silêncio para os que na praça estavam, pois o governador iria entregar o maior título da noite. Nisso, meus pais ficaram de pé a observar quem seria o “gracejado”. Aliás, só eles não, todos queriam saber quem seria a figura. Alguns apostavam no bispo recém-chegado,mas não era ele,não! A expectativa tomou conta da multidão.
Em determinado momento, o governador disse:
- E agora, nosso último e não menos importante prêmio da noite. Em reconhecimento aos inúmeros feitos jurídicos, legados de cidadania, prestação de serviço a nosso governo, peça de representação sempre firme e contundente em nossos fóruns; chamo aqui para receber o título de Comendador, meu amigo da faculdade de direito de Recife, pai, esposo, avô e filho ilustre de Maceió: Domício Barros de Alcântara Machado!!!
Todos os olhos se voltaram para meu pai, que de branco, tornou-se branco-papel, tamanha emoção que tomou conta de sua alma. Todos lhe davam os parabéns e ele foi literalmente empurrado para o palanque.
Em sua vida de “advugado”, meu pai jamais imaginou receber tamanha homenagem... Foi ao palanque e ouviram atentamente uma moça lendo toda estória de sua vida, com as querelas importantes, do governo e dos mais humildes, das defesas internacionais (sabia o latim e o francês fluentemente), e de sua estória familiar, tudo com muitos detalhes, aliás, coisas que ela achava, só a família sabia.
Ao final do discurso, ele recebeu a comenda pelo governador, agradeceu e viu, lá do palanque, a sua família inteira reunida. Todos nós sabíamos que ele seria homenageado, só não poderíamos deixá-lo desconfiado. Fomos a outros locais de mentirinha e na hora combinada, estávamos reunidos na praça: filhos, filhas, netos e minha mãe, claro!
Nenhuma pessoa da praça e do palácio, do governador ao mais humilde dos devotos de Nossa Senhora dos Prazeres, deixou de dar os parabéns a meu pai. Ao voltar pra casa, com aquela enorme condecoração com 3 faixas (azul, branca e vermelha – simbolizando as cores do Estado) que abrilhantava ainda mais seu terno branco de linho, ele lembrou de perguntar a minha mãe:
- Me diz uma coisa Angélica,foi você quem deu todas aquelas informações sobre minha vida? Sim, porque algumas coisas ali são muito de nosso família.
- Meu velho, dei algumas informações, mas seus anjos da guarda foram na verdade duas outras pessoas: dona Marina, a mulher do dono da farmácia e a Silvinha , a afilhada do padre.
- Meu Deus...então quer dizer que eu estava...
- Isso mesmo!!! Você pensando mal das moças e elas varando a madrugada pesquisando no fórum sobre sua vida pra o dia de hoje.
Ninguém conseguiu prender o riso e todos ficaram felizes por meu pai não ter continuado a tal pesquisa para o livro: “Sociedade Mutável da Capital Alagoana”.