Terra do nunca...

Em um bairro de periferia de uma cidade, onde tudo que se encontra são crianças abandonadas, violentadas sexualmente, por pais, padrastos, avôs, vizinhos,

Onde existem pedófilos

Crianças aos oito anos de idade tomando bebida alcoólica

Envolvimento com drogas...

A única solução que encontro ao meu alcance para modificar um pouco deste quadro triste dessas vítimas infantis, quando se aproximam de mim, no dia-a-dia é doando um pouquinho do que tenho de melhor: o meu carinho pelo próximo.

Procuro doar carinho amor, afeto, o meu abraço... até minhas lágrimas que não consigo conter por ver tanta dor!

Fazem parte do meu cotidiano, não me importo se com adultos ou crianças, idosos, palavras e expressões que são proferidas constantemente por mim: amo-te, meu amor, lindo (a) querido (a), minha criança, meu bebê, meu menino (a), meu anjo...

São anjos com asas quebradas que precisam de restauração constante, onde o problema social é constante.

Fome, miséria, doença, enfim, tantos outros que já se pode imaginar com facilidade o que mais falta...

Nesse conto que não é de fadas, existe a terra do nunca...

Nunca tem carinho, nunca tem amor, nunca tem respeito...

Nunca... nunca...nunca...

Nesse conto, eu ainda posso usar as minhas palavras mágicas: amo-te, você é lindo (a) anjo...

Esse é o jeitinho que gosto de me expressar.

É o meu jeito de ser.

É uma maneira de estar perto, sem armaduras, como muitos fazem.

14/08/2009

Eliane Auer
Enviado por Eliane Auer em 14/08/2009
Código do texto: T1754177
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