Mi Chiamo Bond, James Bond...

Teresa Mariana, aquela da cobra, foi passar férias numa cidadezinha italiana. Sim, sozinha. Como não podia deixar de ser, estava louca para provar da comida italiana, típica, autêntica, se é que você me entende. Decidiu começar por um restaurante nos arredores de seu hotel. Pizza Quattro Formaggi, vinho Merlot, o clima, o som sedutor do Italiano que ouvia conversarem ao seu redor. Só tinha um problema com o lugar: não havia quase nenhum homem desacompanhado. Que pena! Mais tarde teria que ir à caça nos arredores da cidade.

Decidiu pedir a conta. Para sua surpresa quem veio cobrar não foi a garçonete que lhe havia servido boa parte da noite e sim... Não! Não podia ser. Será que era pegadinha? Estava doida? Tentou contar rapidamente o quão já havia bebido aquela noite... Não, não bebera ainda tanto assim... Aquilo só podia ser uma ilusão! Imediatamente lembrou da boa fama-cama dos italianos e achou melhor ficar um pouco mais por ali, sondando...

-- Sí Signorina, il conto? -- perguntou (inocentemente?) o atlético garçom.

Que conta que nada, agora que aquele deus louro descera do Olimpo ali, bem à sua frente... Sósia perfeito do Daniel Craig!

-- Teresa, Teresa, aquieta mulher! Te controla, te controla. -- disse para si mesma em pensamento enquanto percorria com as pupilas mais do que ouriçadas aquele corpo saradão. Sem medo de revelar o que lhe ia pela cabeça pediu mais uma taça de vinho. Afinal de contas ia ter que esperar um bom tempo ainda até o final do expediente (dele, claro!). Não faz mal, pensou, e sorrindo marotamente disse para o rapaz:

-- A noite só está começando, não é mesmo?

E veio outra, e mais outra, outra taça ainda e por último uma garrafa. A esperança de Teresa era que o turno do seu Blonde Bond (bombástico!) -- e italiano -- terminasse logo, assim poderia convencê-lo a ajudá-la a levar o que sobrara da garrafa de vinho até o terceiro andar do hotel, quarto numero 302...

Melhor era maneirar no vinho pra não estragar a refeição de mais tarde. Ôba, o expediente parece que acabara! Nem precisou se esforçar e lá veio ele. Não deu outra:

-- Mi chiamo Teresa e Tu?

-- Mi chiamo Bond, James Bond... Ti piace?... Dovreste provare...

-- Mas só se for agora e… Con vino! Me ajuda a levar essa garrafa até meu quarto? Tá tão pesada…

Imagine só onde e como essa conversa foi terminar. Ah, os vinhos italianos... E a comida... Ah, que coisa loura malhada deliciosa! Queimadinha de sol então... Teresa, Teresa... agora ela quer sempre voltar à Itália...

Va bene! Se fosse eu também voltava... :-)

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Revisado em 17.09.2010