D.TININHA DE PAIVA!
Quando aquela bela morena passava,carregando aquele belo par de olhos e aquela boca sensual, os homens perdiam a cabeça.
Lânguida,altiva,certa do seu poder feminil,desfilava como uma deusa lançando a seus adoradores um olhar distante,como se desconhecesse o furor que aqueles olhos negros causava na rapaziada.
D.Tininha era há quase dez anos ,a esposa do Comandante Celso Paiva ,homem conhecido como de maus bofes e exímio atirador.
A bela esposa era o pratinho do dia e das noites dessa rapaziada,incluindo o pacato cidadão Praxedes,chefe de uma repartição na Estrada de Ferro e homem solteiro e solitário,cujo único vício conhecido era jogar buraco com os amigos nas noites de sábado,acompanhado de algumas cervejinhas.
Os amigos inticavam:
-Oh,Dedé,precisas casar,rapaz;ou ao menos arrumar um “arranjinho”,uma dona casada e discreta,para distração,de ambos,é claro.
-Tão doidos!?Eu vou lá me meter com mulher casada!Quando eu achar que está na hora,arranjo uma boa moça e me caso.
Mas,o Destino adora umas brincadeiras inesperadas e o certo é que,um dia,no shopping,os olhos de D.Tininha,desta vez bastante quentes cruzaram com os olhos atônitos do Praxedes.
A insistência dos olhos negros foi tanta que alguns dias depois tiveram a primeira entrevista amorosa num cottage que o rapaz tinha á beira-mar,onde passava as férias.
O amor foi crescendo,já se encontravam na casa dele ás terças e quintas no final da tarde,quando o feroz comandante comandava no quartel.
Nos outros dias da semana os enamorados trocavam bilhetes apaixonados,pois,e-mail seria perigoso demais para ela.
Nesta altura ele já sabia que ela era casada e com quem, mas,isto,não fez o amor arrefecer.
Num sábado, Praxedes se preparava para espairecer no parque,quando D.Tininha,acompanhada de uma criada,entrou na casa carregando três malões , duas trouxas pequenas e um pesado baú.
-O que é isso, Santo Deus!?
Ainda teve forças para perguntar gaguejando o pálido rapaz.
Uma Tininha chorosa respondeu:
-Meu marido descobriu uma de nossas cartas e me pôs para fora de casa.
-Como!???
-Ah, assim é melhor.Agora,(rematou languidamente)sou tua para sempre.
-Estou meio confuso,amor!Acho que é a alegria,o inesperado,sei lá...
-Vamos ser muito felizes!Mas,querido,toma cuidado.Não saias muito,não tenha rotinas certas,não te exponhas demais.O Celso é um brutamontes,só anda armado,mesmo fora das obrigações de trabalho e não é flor que se cheire.
O rapaz que estava longe de ser um herói,panicou.Andava ressabiado,abandonou os amigos,o buraco,as saídas aos sábados,virou monge.Qualquer toque á porta,qualquer barulhinho no quintal e o homem entrava em desespero.De casa para o trabalho só saía de taxi e daqueles todo fechado com ar condicionado e película nos vidros.Olhava para todos os lados como um paranóico ou um marginal e,nem de longe,passava perto do quartel.
Um dia,ao descer do táxi para comprar pão e cigarros na padaria do Largo,deu de cara com o Comandante que tomava uma média.
Tremeu dos pés á cabeça e quase suja as calças bem vincadas.Trêmulo,ia correr para a porta quando o Celso o agarrou pelo braço.
_Por favor,rapaz,não se assuste,não fique assim...Calma!Só quero conversar consigo,lhe agradecer.
Confuso,muito pálido,o Praxedes desabou numa cadeira,enxugando o suor com o lenço.
-Sei que ela lhe disse que sou brabo.Fique tranqüilo,não vou lhe fazer nenhum mal.O senhor me fez um grande favor,livrou-me da Tininha.E nem sequer era meu amigo...Sou seu devedor!
Depois que aquela mulher me deixou,estou feliz,sou outra pessoa,como melhor,durmo melhor.A propósito é justo,é de lei,o senhor quer uma indenização,uma compensação,qualquer coisa...Não!?Tudo bem, então disponha sempre de mim para o que der e vier,amigo.
Desse dia em diante Praxedes não teve mais medo de andar na rua,mas,também descobriu que não poderia ficar em casa porque a D.Tininha,apesar dos negros olhos,era definitivamente insuportável.
Só o Comandante estava bem.
Esta é uma estória de um corno feliz!
“Esta é a vida
Que eu sempre quis;
Eu sou cornudo
mas,eu sou feliz!
Quando aquela bela morena passava,carregando aquele belo par de olhos e aquela boca sensual, os homens perdiam a cabeça.
Lânguida,altiva,certa do seu poder feminil,desfilava como uma deusa lançando a seus adoradores um olhar distante,como se desconhecesse o furor que aqueles olhos negros causava na rapaziada.
D.Tininha era há quase dez anos ,a esposa do Comandante Celso Paiva ,homem conhecido como de maus bofes e exímio atirador.
A bela esposa era o pratinho do dia e das noites dessa rapaziada,incluindo o pacato cidadão Praxedes,chefe de uma repartição na Estrada de Ferro e homem solteiro e solitário,cujo único vício conhecido era jogar buraco com os amigos nas noites de sábado,acompanhado de algumas cervejinhas.
Os amigos inticavam:
-Oh,Dedé,precisas casar,rapaz;ou ao menos arrumar um “arranjinho”,uma dona casada e discreta,para distração,de ambos,é claro.
-Tão doidos!?Eu vou lá me meter com mulher casada!Quando eu achar que está na hora,arranjo uma boa moça e me caso.
Mas,o Destino adora umas brincadeiras inesperadas e o certo é que,um dia,no shopping,os olhos de D.Tininha,desta vez bastante quentes cruzaram com os olhos atônitos do Praxedes.
A insistência dos olhos negros foi tanta que alguns dias depois tiveram a primeira entrevista amorosa num cottage que o rapaz tinha á beira-mar,onde passava as férias.
O amor foi crescendo,já se encontravam na casa dele ás terças e quintas no final da tarde,quando o feroz comandante comandava no quartel.
Nos outros dias da semana os enamorados trocavam bilhetes apaixonados,pois,e-mail seria perigoso demais para ela.
Nesta altura ele já sabia que ela era casada e com quem, mas,isto,não fez o amor arrefecer.
Num sábado, Praxedes se preparava para espairecer no parque,quando D.Tininha,acompanhada de uma criada,entrou na casa carregando três malões , duas trouxas pequenas e um pesado baú.
-O que é isso, Santo Deus!?
Ainda teve forças para perguntar gaguejando o pálido rapaz.
Uma Tininha chorosa respondeu:
-Meu marido descobriu uma de nossas cartas e me pôs para fora de casa.
-Como!???
-Ah, assim é melhor.Agora,(rematou languidamente)sou tua para sempre.
-Estou meio confuso,amor!Acho que é a alegria,o inesperado,sei lá...
-Vamos ser muito felizes!Mas,querido,toma cuidado.Não saias muito,não tenha rotinas certas,não te exponhas demais.O Celso é um brutamontes,só anda armado,mesmo fora das obrigações de trabalho e não é flor que se cheire.
O rapaz que estava longe de ser um herói,panicou.Andava ressabiado,abandonou os amigos,o buraco,as saídas aos sábados,virou monge.Qualquer toque á porta,qualquer barulhinho no quintal e o homem entrava em desespero.De casa para o trabalho só saía de taxi e daqueles todo fechado com ar condicionado e película nos vidros.Olhava para todos os lados como um paranóico ou um marginal e,nem de longe,passava perto do quartel.
Um dia,ao descer do táxi para comprar pão e cigarros na padaria do Largo,deu de cara com o Comandante que tomava uma média.
Tremeu dos pés á cabeça e quase suja as calças bem vincadas.Trêmulo,ia correr para a porta quando o Celso o agarrou pelo braço.
_Por favor,rapaz,não se assuste,não fique assim...Calma!Só quero conversar consigo,lhe agradecer.
Confuso,muito pálido,o Praxedes desabou numa cadeira,enxugando o suor com o lenço.
-Sei que ela lhe disse que sou brabo.Fique tranqüilo,não vou lhe fazer nenhum mal.O senhor me fez um grande favor,livrou-me da Tininha.E nem sequer era meu amigo...Sou seu devedor!
Depois que aquela mulher me deixou,estou feliz,sou outra pessoa,como melhor,durmo melhor.A propósito é justo,é de lei,o senhor quer uma indenização,uma compensação,qualquer coisa...Não!?Tudo bem, então disponha sempre de mim para o que der e vier,amigo.
Desse dia em diante Praxedes não teve mais medo de andar na rua,mas,também descobriu que não poderia ficar em casa porque a D.Tininha,apesar dos negros olhos,era definitivamente insuportável.
Só o Comandante estava bem.
Esta é uma estória de um corno feliz!
“Esta é a vida
Que eu sempre quis;
Eu sou cornudo
mas,eu sou feliz!