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CRISE CONJUGAL OU FIM DO AMOR?
- Dá vontade de embrulhá-lo num belo pacote de presente e entregar para a família dele!
- Calma Ju... De cabeça quente não se resolve nada!
- Mas, era isto mesmo que gostaria de fazer. A vida toda dizendo que não sou boa o suficiente para ele é demais até para mim que sou paciente ao extremo, Marina...
- Família é assim mesmo, quando não tem problemas eles inventam. É puro despeito e ciúmes.
- Até hoje? Quinze anos de casados e ainda ouço gracinhas nas reuniões de família... Um saco! Minha sogra vive dizendo que Gui gosta mais de mim do que dela. Será que não sabe diferenciar amor de mãe e de mulher?
- É... Você passou por maus momentos, eu lembro bem como sofreu. Filho mais velho a mãe fica assim mesmo.
- Poxa... Sempre procurei tratar a todos com o respeito que merecem e ninguém reconheceu, tampouco retribuiu... Isso é uma grossa falta de consideração.
- Não liga, amiga, se você está feliz releve.
- Já nem sei se valeu a pena pagar alto pela felicidade e confesso que nem me sinto tão feliz assim... Estou me sentindo uma pedra desgastada com o tempo, as tempestades de palavras ásperas, as ventanias de ciúmes da sogra fizeram corroer o amor que havia em mim pelo Gui.
- Que isso, Ju? Está querendo dizer que não ama o Guilherme como antes? É isso?
- Pois é... O que sentia por ele, o amor que era grande perdeu um pouco de força e encantamento. Não sei o que fazer... A vida agora ao lado dele parece sem razão para mim... Por favor, me ajuda Marina!
- Amiga... A gente que está de fora fica difícil externar uma opinião porque é entre você e ele... Mas, eu posso sugerir que pense bem se está infeliz por conta da família dele ou por sentir que não o ama mais.
- Não. Acho que as implicâncias da família dele são, na verdade, uma desculpa que estou dando para minha insatisfação. Por que anos atrás eu não me incomodava tanto com o que a família dele dizia e agora por nada me irrito? É porque hoje já não sinto o mesmo amor por ele. Ando me sentido mal e me culpado por isso...
- Ju, pode ser apenas uma crise, um momento que todo casal com tanto tempo juntos enfrenta. Talvez passe. Tente encontrar bons motivos no Gui para continuar com ele, ok?
- Ahhhh... Pode ser. Parece que uma eternidade me separa do Gui ultimamente. Depois de tantos anos juntos eu me sinto ao lado de um estranho... Eu não estou à vontade mais com ele, você pode entender isso? É como se de repente descobrisse que foi um erro ter casado cedo, ter desistido dos meus sonhos... Ah, meu Deus!!! Será que o problema é comigo? Deve ser mesmo crise essa vontade de resgatar aquilo que abandonei, a vida que deixei para trás quando casei.
- Ju, por que você não procura um psicólogo. Geralmente...
- Ah, Marina, para! Você sabe muito bem o que penso de psicólogos... Quem tem amigo não precisa de psicólogo e poder me abrir com você é minha terapia.
- Entendo, Ju... Mas, um especialista sabe orientar com propriedade essas questões de crise conjugal e não fala mal de psicólogos que minha tia é psicóloga das boas!
- Ha, ha, ha! Ah, então está bem, vou entender como marketing familiar...
- Engraçadinha...
- Vou pensar no caso, não estou dizendo que irei procurar ajuda num consultório, mas já é um começo se digo que vou pensar...
- Olha, amiga... Pense bem antes de decidir qualquer coisa e pese bastante na balança da consciência. Caso certifique-se de que não tem jeito, que o amor acabou, conte comigo para uma nova vida, um recomeço. Estarei sempre a seu lado, viu?
- Eu sei e sou grata por isso. Agora uma coisa é certa, se eu optar pela separação, vou embrulhar o Gui e enviá-lo para a família dele e dizer-lhes que não tinham razão! O Gui que não é tão bom para mim porque EU sou bem melhor do que eles imaginam que sou!
- Isso, garota, assim que se fala! Cabeça e auto-estima lá em cima!
CRISE CONJUGAL OU FIM DO AMOR?
- Dá vontade de embrulhá-lo num belo pacote de presente e entregar para a família dele!
- Calma Ju... De cabeça quente não se resolve nada!
- Mas, era isto mesmo que gostaria de fazer. A vida toda dizendo que não sou boa o suficiente para ele é demais até para mim que sou paciente ao extremo, Marina...
- Família é assim mesmo, quando não tem problemas eles inventam. É puro despeito e ciúmes.
- Até hoje? Quinze anos de casados e ainda ouço gracinhas nas reuniões de família... Um saco! Minha sogra vive dizendo que Gui gosta mais de mim do que dela. Será que não sabe diferenciar amor de mãe e de mulher?
- É... Você passou por maus momentos, eu lembro bem como sofreu. Filho mais velho a mãe fica assim mesmo.
- Poxa... Sempre procurei tratar a todos com o respeito que merecem e ninguém reconheceu, tampouco retribuiu... Isso é uma grossa falta de consideração.
- Não liga, amiga, se você está feliz releve.
- Já nem sei se valeu a pena pagar alto pela felicidade e confesso que nem me sinto tão feliz assim... Estou me sentindo uma pedra desgastada com o tempo, as tempestades de palavras ásperas, as ventanias de ciúmes da sogra fizeram corroer o amor que havia em mim pelo Gui.
- Que isso, Ju? Está querendo dizer que não ama o Guilherme como antes? É isso?
- Pois é... O que sentia por ele, o amor que era grande perdeu um pouco de força e encantamento. Não sei o que fazer... A vida agora ao lado dele parece sem razão para mim... Por favor, me ajuda Marina!
- Amiga... A gente que está de fora fica difícil externar uma opinião porque é entre você e ele... Mas, eu posso sugerir que pense bem se está infeliz por conta da família dele ou por sentir que não o ama mais.
- Não. Acho que as implicâncias da família dele são, na verdade, uma desculpa que estou dando para minha insatisfação. Por que anos atrás eu não me incomodava tanto com o que a família dele dizia e agora por nada me irrito? É porque hoje já não sinto o mesmo amor por ele. Ando me sentido mal e me culpado por isso...
- Ju, pode ser apenas uma crise, um momento que todo casal com tanto tempo juntos enfrenta. Talvez passe. Tente encontrar bons motivos no Gui para continuar com ele, ok?
- Ahhhh... Pode ser. Parece que uma eternidade me separa do Gui ultimamente. Depois de tantos anos juntos eu me sinto ao lado de um estranho... Eu não estou à vontade mais com ele, você pode entender isso? É como se de repente descobrisse que foi um erro ter casado cedo, ter desistido dos meus sonhos... Ah, meu Deus!!! Será que o problema é comigo? Deve ser mesmo crise essa vontade de resgatar aquilo que abandonei, a vida que deixei para trás quando casei.
- Ju, por que você não procura um psicólogo. Geralmente...
- Ah, Marina, para! Você sabe muito bem o que penso de psicólogos... Quem tem amigo não precisa de psicólogo e poder me abrir com você é minha terapia.
- Entendo, Ju... Mas, um especialista sabe orientar com propriedade essas questões de crise conjugal e não fala mal de psicólogos que minha tia é psicóloga das boas!
- Ha, ha, ha! Ah, então está bem, vou entender como marketing familiar...
- Engraçadinha...
- Vou pensar no caso, não estou dizendo que irei procurar ajuda num consultório, mas já é um começo se digo que vou pensar...
- Olha, amiga... Pense bem antes de decidir qualquer coisa e pese bastante na balança da consciência. Caso certifique-se de que não tem jeito, que o amor acabou, conte comigo para uma nova vida, um recomeço. Estarei sempre a seu lado, viu?
- Eu sei e sou grata por isso. Agora uma coisa é certa, se eu optar pela separação, vou embrulhar o Gui e enviá-lo para a família dele e dizer-lhes que não tinham razão! O Gui que não é tão bom para mim porque EU sou bem melhor do que eles imaginam que sou!
- Isso, garota, assim que se fala! Cabeça e auto-estima lá em cima!