O CINDERELO ( A proposta)
O CINDERELO ( A proposta)
Em uma terra muito distante situada ao Norte do era uma vez, Cida capacitada editora de livros, enchia as prateleiras de Beste Seler das livrarias do mundo todo.
Como não pode deixar de ser, pelo alto cargo que ocupa unido as polpudas comissões passou a ser sediada pelos subalternos, justamente pelos seus preciosos dotes femininos.
Não cede em primeiro lugar a profissão. Sem mais senão quando eis que lhe surge um sério empecilho.
Os diretores da empresa da editora recebe um comunicado que sua linda funcionária será deportada, pois estrangeira como era, de a muito expirara seu visto de emigração, e pelo VISTO haveria de se fazer cumprir a lei. Nesse sério país do faz de contas essas pequenas coisas são levadas a sério.
O funcionário da emigração responsável pelo caso foi incumbido pelos superiores a acompanhar o desenrolar da deportação da moça intimando a deixar o país em 48 horas.
A única exceção era que ela se casasse com um nativo dentro desse exíguo prazo.
Ela como toda executiva que se preze tem um secretario homem, diz de passagem bonito, também escritor com uma obra, o seu sonho, a ser publicada e distribuída pelo mundo como se Beste Seler fosse. Ele fora recrutado na terceira linha de redatores como assessor da linda moça.
A convivência até então entre eles frívola e de supetão, em frete aos patrões e mesquinho funcionário da imigração, ela não mais repentinamente saca um noivado com o secretário, que por motivos óbvios passa a ser chamados pelos colegas de Cinderelo.
Nas regidas leis do país o casamento só poderia ser feito se provasse a convivência idiliosa do casal.
Claro ele se viu confuso no vértice do caso.
Como ela a Cida, mulherão, jogando sobre ele todo o charme de gostosa, ainda mais prometendo publicar o seu livro, a grande obra e sonho de sua vida de jovem terceiro mundista.
Nas raias da realidade a lei exigia que todas as intimidades do casal fossem posta a publica a fim de valer a séria responsabilidade do Departamento de Imigração.
O formal noivado fora exigido e os pombinhos alem de saber tudo um do outro haveria de ser explicito o contato visual das famílias.
Como os pais do Cinderelo moravam em um pais ainda mais ao norte, deixando no meio o país natural da prendada editora de livros.
Conchavos e cochichos eram montados, mentidos e desmentidos a todo o momento.
Eis se não quando dentro do pequeno prazo que a lei rígida a lei permitia, saíram par que ela fosse apresentada à família dele. Voaram ao terceiro país o dele mais ao norte, onde o frio assustador aumentaria a frigidez do casal nupcientes.
Do aeroporto até a vila onde residia os pais Cida começa a sentir no ar pequenas dicas que poderiam mudar a situação.
A mochila em couro legítimo que Cinderelo portava via-se gravado a marca Fortunato. No hidroavião a ser usada na viagem até a casa de seus pais também tinha tal marca, bem como na padaria, farmácia, posto de gasolina e outros empreendimentos da pequena cidade.
Não foi difícil a Cida concluir que seu secretário de terceira linha não era tão de terceira como se julgara.
No sobre vou do pequeno aeroplano sobre uma baia deu-se para notar uma gigantesca mansão com aquela palavra escrita com alguns arbustos.
Após a calorosa recepção e o afeto que o noivo recebia de todos ele não era o simples Cinderelo conhecido na redação.
Tratava-se de um rico herdeiro que se estendia com industrias, serrarias, mineradoras e uma gama de empresas que dominavam todo o norte deste rico país que se situam bem mais ao norte.
Completando o choque emocional dos parentes, foi colocada em suas mãos uma bem tecida manta, para abrigarem do frio “apelidada pela mãe do rapaz de faz neném...”.
Após de se situar no seio da família que a recebia e verificando os entreveros dele com o pai que o obrigava a ocupar a linha de sucessão de seu império,
Ela caiu em si, por um orgulho de uma imigração forjada ela não poderia decepcionar tanta gente em tão pouco tempo. Não conseguira observar que o afeto que Cinderelo lhe dedicava não era só interesse por um livro publicado, mas escondia nas retortas do coração dele um puro amor...
Sabedora que o fiscal da Imigração acompanha por perto o desfecho do caso. Ela o convoca para uma audiência pública e como não podia deixar de ser havia até uma meia dúzia de jornalistas.
Então Cida rasga o verbo, declara que aquele noivado é uma farsa somente para protegê-la da deportação e sem incomodar com os sentimentos de todos angariados em tão pouco tempo, voltou célere ao seu mundo a Capital do Mundo de onde com certeza seria em breve extraditada.
Com a ordem de mandar nas mãos desocupando as gavetas de seu funcional escritório, surpreende-se com a chegada de Cinderelo. No meio de tantas gentes atônitas com o acontecido se faz silencio absoluto. Ele dirige-se a ela vagarosamente e lhe faz uma proposta diferente daquela que lhe fora feita:
- Eu lhe amo, case comigo?
Parece conto da carochinha, mas não é não, foi o efeito da manta “faz neném” fazendo-os ver que a felicidade está em lugares onde nunca poderia existir...
Felizes e sem livros foram cuidar do império do pai de Cinderelo, LEVANDO A TIRA COLO A ESPEANÇA DE UM NOVO NASCER
Goiânia, 25 de julho de 2009.