DAS CHUVAS E DAS CONTAS

Naquele dia, antes mesmo de por os pés no chão ao acordar, disse pra si mesma que se chovesse tomaria um banho de chuva. Por mais clichê que considerasse aquela frase usada sempre em novelas; necessitava “lavar a alma”.

Os ventos conspiravam.

O céu se avolumava de nuvens escuras e pesadas.

Era questão de tempo até poder andar sob a chuva, libertando-se de toda negatividade.

Sobre a mesa estava a pilha de contas que venciam naquele dia.

Debaixo do toldo de uma loja, sem guarda-chuva, as contas pagas, jurou que nunca mais acordaria tão feliz por um dia de temporal.

Fabiano Rodrigues
Enviado por Fabiano Rodrigues em 23/07/2009
Reeditado em 23/07/2009
Código do texto: T1715343
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