AVENTUREIRO

Quando era ainda criança desvendava com prazer os encantos e a leveza dos seus primeiros passos, erguer-se sobre as pernas frágeis e equilibrar-se o seu corpo buscando e buscar no fundo de seus sentimentos forças para carregar sobre suas perninhas o seu corpo pesado, e sempre saia fazendo curvas e mais curvas até chegar ao ponto desejado e agarrar-se nas pernas seguras da mamãe e do papai a lhe proporcionar segurança e proteção. Arrastar-se sobre o chão era bem mais seguro, pois estava longe dos perigos das quedas e tropicões, e não corria o risco de ralar sua face nas pedras e nos espinhos de seus caminhos, só que nos braços confortáveis de seus pais era há melhor opção sempre. Porém a estrada do tempo sempre segue seu curso natural sem a gente perceber, e com ele também não foi diferente com o passar do tempo, bem devagar foi tomando gosto de caminhar em seu próprio caminho, horas com medo outras com segurança onde tem sempre o perigo por perto. Ainda não entendia bem para que caminhar mais saia correndo sem destino e sempre encontrava um porto seguro, debaixo de uma árvore, coqueiro na encosta da parede, seja qual for sempre se encontra uma parada longa ou curta, na sombra ou no gostoso sol a esquentar cada vez mais em pleno verão. Brincava de carro de boi com seus bois e vacas de sabugos de milho, cercava com tiras, grandes propriedades e construía castelos de gravetos cobertos de folhas e palhas de milhos. Era um grande fazendeiro e suas propriedades eram muitas, possuía muitos bois e vacas, carneiros e seu rebanho dobravam na curva da estrada e suas propriedades tinham grandes plantações que produziam muitos grãos de milhos e milhares de sacas de feijão e de arroz.

Só que ele sempre buscava compreender cada parte, mesmo sem entender e ter de analisar várias e várias vezes não importa, até quando brincava com suas gigantescas propriedades ou em seu cavalo de pau a correr por entre a mata de babaçus rumo chegar sempre na hora marcada para depois tomar banho arrumar e ir para a escola estudar, e a tarde retornar com seus cadernos e lápis em teu embornal, e ainda a tardinha correr no meio do grande curral subir na cerca e brincar com a porteira que dava saída para a estrada que conduz para grande faculdade e também para a fabulosa universidade. E em seu leito ter o suave e gostoso sono dos inocentes protegido pelos anjos e embalando seus sonhos a estrada que sempre segue em linha reta projetada para o futuro indicando a cada momento o sentido de seguir objetivando um dia quem sabe chegarei lá. E cruzando curvas e retas percorre teu caminho sendo um pouco ele mesmo horas errando outras acertando buscando compreender e ser compreendido, consolar e ser consolado. Não importa se faz frio ou calor, chova ou faça sol, se o terreno está alagado ou seco, se é preciso embarcar e navegar em gigantescos navios, caminhar dias até chegar, cruzar-se no espaço embarcado em gigantescas aeronaves seja do Oiapoque ao Chuí, e se preciso for ele arruma sua mala e partir rumo quem sabe um dia chegar. E no percurso a ser percorrido pode até ter de encontrar prazeres calientes, amores ardentes, seduções envolventes, mergulhar em decotes avassaladores, contornar as curvas deslumbrantes da beleza feminina, embebedar-se nos lábios secos ou molhados, carnudos, finos, delicados, encantados, ser seduzidos pelos olhos verdes de tons azuis de tais morenas mil, ou castanhos claros na face magistral de pele clara, branca mulata seja qual for a cor a lhe presentear com um brilho encantado no olhar a lhe envolver e seduzir.

Caminhar por trilhas apertadas onde a rustidez das pedras compõe a paisagem é o curso de sua estrada impulsionando seus passos frágeis para seguir adiante com prazer de ter de percorrer seu curso, querendo chegar no fim da cava cravada no meio das rochas gigantes tanto forças e coragem para galgar o topo do monte ou planície plana, nas curvas envolventes de beleza e rustidez sem igual. Parar ou seguir em frente de si mesmo e vislumbrar a grandeza de cada planta ou ser e ficar sem forças diante dos atoleiros da estrada achando que perdeu-se no caminho e encontrar rapidinho como prosseguir enfrente, querendo apenas chegar no findar da tarde e respirar o ar gostoso sem ser envolto pelo seus erros no curso de seu dia.

Aventurar-se em escala de 90 graus curvando com o vento há impulsionar seus passos rígidos deixando a palma de seus pés desenhada na face meiga e angelical da grande Mãe Natureza, mostrando para ele o sentido certo de seu caminhar de agora. E nesta aventura de cada segundo louco ou lúcido emaranhar-se nas telhas do Amor e encontrar sentido em seus passos já percorrido, para prosseguir na estrada de sua existência. Assim com seus erros e acertos buscando com ardor acertar mais uma ou até mesmo perder-se nas curvas já existentes em seu caminho. Este aventureiro do tempo, busca empatar mais uma no curso de seu tempo, chegando sempre ao ponto desejado ou tendo de partir para outra sem até mesmo ter tempo para regogizar suas vitórias e derrotas. Mais este amante em seu tempo vem buscando compreender, que se for preciso partir sem ter tempo certo para atracar em algum lugar, tem sentido de ser e viver cada parte do seu percurso seja longo ao pequeno, cada curva ou reta tem de ser feito com aplis do puro prazer de ser contornada pelo seu ser, porque estamos sempre chegando e partindo tem momentos que até podemos parar, descansar, para depois partir para outra, só que para ele a estrada é uma roda e está sempre rodando em circulo, e como somos fontes inesgotáveis de conhecimento e aprendizado temos que estar a cada instante procurando o melhor para cada tempo. Saborear as vitórias e também aceitar os erros com prazer para não ficar fazendo sempre as mesmas coisas, por exemplo, se errei comigo mesmo então errei com todos a minha volta, e só eu é que posso ver aonde errei e buscar fazer diferente no momento vindouro, seja agora ou em outra estrada, não importa se vai ter a chance de fazer de novo. Só que nesta busca tem de ser sempre em cada segundo fonte de aprendizado e nela navegar ou trafegar caminhos belos encantados para seus olhos, querendo a cada instante ser melhor para si mesmo com suas faltas e seus acertos que existe em teu caminho de cada instante, não importa o fluguisso que tem de percorrer o que ele quer é concluir suas tarefas e ser feliz em cada tempo. Navegando ou caminhando nos trilhos e várzeas de sua história e que sempre se encontrar com o prazer a impulsionar seus passos nos caminhos de cada instante ou nos alagados de sua estrada. Querendo sempre ser melhor a cada instante vindouro, pois se estou aqui hoje querendo ser melhor amanhã é porque tenho sinto pelo menos em parte bom ontem, e é na estrada já percorrida que nos encontramos sempre. Por isto, busque não deixar para amanhã para refletir em sua história procure viver feliz a cada instante sendo simplesmente verdadeiro com você mesmo aceitando sua história já existente.

Nute do Quara

NUTE DO QUARA
Enviado por NUTE DO QUARA em 02/07/2009
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