**COISAS DO DESTINO...**
Vania Staggemeier
Caminhei em direção oposta...
Encontrei naquele mundo o silencio brando...
Onde guardei cada verso de amor que a ele eu dediquei...
Sentei a beira da calçada já cansada...
Ouvi um tilintar de um sino ressoando em meus ouvidos...
Ouvi vozes de lamentos e ouvi outras vozes chorando baixinho...
Era um choro de quem amou e não foi amado...
Senti uma lagrima rolar entre gotas da chuva fina...
Que anunciavam tempos de saudade...
De um amor tão desejado...
Tantos carros por mim passando e a chuva me encharcando...
Eu já na estação da vida aguardando aquele trem...
Com meu bilhete azul na mão perdida me encontrei...
Embarquei no trem da vida me sentindo tão vazia...
Olhando através da vidraça embaçada o trem em outra estação fez parada...
Distraída olhava pro nada tanta gente no trem embarcando...
E por um segundo um moço me olhou e acomodou-se no banco da frente...
A chuva continuava forte era inicio de inverno...
Lembrei-me que meu destino já se aproximava...
Ainda molhada da chuva senti um arrepio no corpo...
Levantei meio suspirando e dando sinal que minha parada já era a próxima...
Meu pensamento distante por ele eu ainda suspirava...
O asfalto todinho molhado o trem fazendo parada onde a porta se abriu...
E aquele desconhecido a mim estendeu sua mão me entregando uma rosa...
Surpreendida eu sorri meio que desconfiada...
Sorrindo ele se despediu acenando-me de sua janela...
A chuva estava forte o frio era demais...
E eu febril já me encontrava e o nome dele nunca saberei...
Sem reservas me culpei, mas continuei meu caminhar distinto...
Seria coisa de destino ou seria um recado dado na rosa que dele ganhei...
Bem estou só um pouquinho ainda febril...
Do moço nunca saberei, muito menos o que ele quis dizer na rosa que eu ganhei...
E meu coração continua a suspirar!
Um belo dia a quem aqui passar!