Retrato Cotidiano do Subúrbio Brasileiro
Retrato Cotidiano do Subúrbio Brasileiro
Luiz Eduardo Corrêa Lima
Era um final de tarde de domingo, quando Zé Encrenca acabava de descer a Ladeira do Morro Liso, no Bairro do Barro Vermelho, eis que de repente ele ouve aquele estrondo: URHURHURHURHURHURHURHURHURH.... Imediatamente Zé Encrenca se volta para trás e ainda consegue observar seu amigo, João Mala Cheia, arrastando, a grande nádega que lhe originou o apelido, morro abaixo e parando de cara com uma árvore. Zé Encrenca corre e se dirige ao amigo, que ainda está meio tonto e assustado, além, obviamente, da cabeça dolorida, do glúteo e das coxas violentamente ralados, e diz:
O João, o que aconteceu rapaz?
Sei lá Zé, eu nem me lembro direito, mas eu estava saindo da casa da Tia Joana, que mora lá em cima quase no pico do morro e aí, tropecei, caí sentado e vim escorregando até aqui e se não fosse essa árvore, eu não sei onde ia parar. Rapaz, mas eu estou todo ralado e lambuzado de sangue e barro, tenho que me limpar, você pode me acompanhar até em casa?
É claro, João, vamos lá.
O Zé ajudou o amigo a se levantar, os dois se abraçaram e se dirigiram para a casa do João.
No caminho, muita gente perguntava sobre o que havia acontecido e o Zé Encrenca, cada vez mais encrencado, parava e explicava o acontecido. Nessas alturas do campeonato, o João Mala Cheia já estava se lastimando muito das dores produzidas pelas raladuras em carne viva e que, cada vez mais se associavam ao barro incrustado e ao suor de seu corpo.
João Mala Cheia já não estava agüentando mais aquele sofrimento, aquele anda e para interminável. Por conta disso, ele solicitou ao amigo que não parasse outra vez, porque ele precisava chegar logo em casa, pois as dores estavam ficando mais fortes e se ele não limpasse logo as feridas, estas poderiam infeccionar e aí a coisa poderia ficar muito mais complicada.
Obviamente o Zé Encrenca não gostou da reclamação do amigo, porque entendeu aquela solicitação como sendo um pito por sua atitude e aí fez jus ao seu apelido, dizendo: escuta aqui o João, eu estava indo para minha casa quando você descia o morro ralando essa sua bunda grande, fui lá para lhe auxiliar e agora estou tentando levá-lo para sua casa e você está reclamando comigo. Caramba! Se você não está satisfeito eu deixo você aqui mesmo, vou embora e que se dane.
Calma Zé, não é nada disso, desculpe-me. Eu só estou dizendo que estou com muitas dores e que gostaria de chegar lá em casa o mais rápido possível.
O Zé, ainda de cara amarrada, falou: então está bom, vamos embora.
Pouco mais à frente, eis que aparece a mulher do Zé Encrenca, a Dona Maria Problema, que já vai dizendo: o Zé você não ia passar na Padaria e comprar o pão e o leite para as crianças tomarem café? Então, o que você está fazendo aqui para essas bandas, estranhamente abraçado com outro homem. A padaria fica do outro lado do bairro.
Antes do Zé responder, o João roubou a palavra e foi dizendo: Dona Maria a culpa é minha que caí do morro, ralei a bunda e o Zé está me auxiliando e me levando para casa.
E a Dona Maria disse, Ué, o meu marido agora é quem cuida de sua bunda ralada? Tome vergonha na cara Senhor Mala Cheia e arrume sua vida, deixe esse negócio de ralar a bunda de lado. Ainda mais com o meu marido! Não é isso Dona Maria, eu escorreguei pelo Morro abaixo e me machuquei e seu marido, está apenas me levando para casa.
Está bom, mas enquanto ele leva você para casa, quem cuida da casa e dos filhos dele? Nessas alturas o Zé Encrenca, que até então estava calado, mas que já não suportava mais ouvir a voz de sua mulher, resolveu intervir.
Mulher, espera aí! Para começar não entendi essa sua desconfiança e depois o João é meu amigo e eu estou fazendo um favor para um amigo que está com problemas, não vejo nada de mal nisso. Por outro lado, sou eu quem deveria estar perguntando: porque é que você está passeando pelo lado de cá do bairro? Era por isso que você não podia ir à Padaria comprar o pão e o leite das crianças? Eu também quero saber, quem cuida das crianças, quando eu não compro o pão e o leite?
O que se está falando, Zé? É isso mesmo que você ouviu! Você não disse que não poderia ir à padaria porque tinha algumas coisas para resolver, então o que você está resolvendo por aqui? Está procurando sarna p’ra se coçar?
Ah! Não encha o saco, Zé!
Não encha o saco você, Maria Problema! Vá para casa, mas antes passe na padaria e compre o pão e o leite das crianças, enquanto eu vou levar o meu amigo João Mala na casa dele e não quero mais discussão, em casa nós conversamos. Maria saiu, sem falar mais nada e sem causar mais nenhum problema.
Nesse momento o João virou-se para o Zé e disse: o Zé desculpe-me pelo aborrecimento que causei entre você e sua mulher.
E logo veio o troco do Zé Encrenca. Você não tem culpa de nada e não teve aborrecimento nenhum. A Maria é problemática e complicada mesmo, mas depois eu me acerto com ela. Porém, agora, vamos embora e não vamos mais discutir sobre isso.
Finalmente, depois de mais alguns minutos de caminhada, os dois chegaram à casa do João Mala Cheia.
Teresa Maluquinha, esposa do João Mala, ao ver o marido todo sujo e ensangüentado, começou a gritar: Socorro, Socorro! Meu Deus, Meu Deus, o que aconteceu com o meu marido? O Zé Encrenca, você bateu nele? Ele foi atropelado? Algum cachorro mordeu ele? O que fizeram com ele, Zé?
O Zé virou para o João e disse baixinho. O João manda essa maluquinha da sua mulher calar a boca e explica logo o que aconteceu, antes que eu perca a linha e mostre para ela, porque me chamam de Zé Encrenca.
Teresa, eu rolei escorregando pelo Morro Limpo abaixo, me arranhei todo e ainda bati com a cara numa árvore. O Zé veio me trazer, porque não dava para eu chegar aqui sozinho. Agora me prepare um bom banho e venha me ajudar a tirar esse barro e esse sangue do corpo.
Sangue e barro que, nessas alturas, já estavam devida e respectivamente coagulado, pisado e incrustado. Dava dó vê o estado do João Mala Cheia.
Mulher ponha água para ferver, porque tem que tirar essa sujeira toda e matar as bactérias que estão se aproveitando de mim, pois está tudo em carne viva e pode infeccionar. O Zé, não vá embora, espere um pouco até eu me arrumar. Tonico, meu filho, (Tonico Medroso é o filho caçula do casal.) vá até lá na geladeira e pegue uma cervejinha para o Tio Zé.
O João e a mulher sumiram no banheiro, a cerveja chegou, a água ferveu e o Zé ficou lá com o Tonico, esperando o João voltar limpo do banheiro.
Enquanto o Zé enchia o copo de cerveja, o Tonico perguntou: Tio Zé, meu pai vai morrer? Mas o Zé fingiu que não ouviu e sorveu o seu gole de cerveja. Tonico insistiu: Tio Zé, meu pai vai morrer?
Menino vá brincar e deixe de conversa boba que eu estou muito cansado e não quero conversar agora.
Se o menino já estava assustado e com medo, o silêncio de Zé Encrenca à sua pergunta o deixou pior ainda.
Nesse ínterim, começam a ser ouvidos alguns ais e uis produzidos pelo João. Mulher, está doendo muito.
Eu sei João, mas tem que limpar essa sujeira.
Ai, mulher, devagar. Caramba! Puta que pariu, mulher, isso dói demais. Está ardendo p’ra cacete!
O João estava chiando mais do que panela de pressão.
O pequeno Tonico começava a deixar escorrer algumas lágrimas, por conta dos gritos de seu pai, enquanto o Zé Encrenca dava gargalhadas sozinho, por conta da choradeira de seu amigo arranhado. Homem frouxo e chorão esse João! Exclamou ele repentinamente, consigo mesmo.
De repente Zé Encrenca observou o choro do menino e disse: O menino venha até aqui. Seu pai é frouxo, mas não vai morrer não. Pelo menos dessa vez ainda não e você não precisa ficar chorando.
Mas, Tio Zé, meu pai está gritando muito. Parece até que minha mãe está batendo nele.
Ele está gritando porque, como eu já disse, ele é muito frouxo, mas está tudo bem com ele. Não há nada, além dos arranhões. Fique tranqüilo que ele vai ficar bom.
Quase meia hora depois, o João e sua mulher saíram do banheiro. O Zé quando viu o amigo todo vermelho e com várias partes em carne viva, ficou até com certo arrependimento de ter chamado o amigo de frouxo, haja vista que o corpo dele devia estar mesmo ardendo à beça. E meio sem jeito, questionou ao João: Então rapaz, agora está tudo sobre controle?
Parece que sim, respondeu João. Porém, eu tenho certeza que esses arranhões vão me incomodar muito nos próximos dias, principalmente na hora de dormir e já estou preocupado como vou fazer com o trabalho amanhã.
Zé Encrenca falou: Meu amigo, não se preocupe não que eu explico direitinho o que aconteceu para o seu chefe lá na fábrica e por outro lado, você vá até o posto de saúde para que o médico lhe dê uma licença por alguns dias.
Está bem Zé, muito obrigado. Se não fosse você, talvez eu ainda estivesse sentado de cara naquela árvore lá na descida do Morro Liso. E obrigado também, pelo favor que você irá me fazer amanhã.
Meu caro João, não esquente a cabeça. Amigo é para essas coisas e para essas horas. Bom, a prosa está boa, a cerveja também, mas agora você já está devidamente ajeitado em sua casa e eu preciso ir para a minha. Aliás, eu ainda vou ter que acabar aquela discussão com a Maria Problema. Mas, essa é uma discussão que só interessa a mim mesmo. Até manhã meu amigo e se cuide para se recuperar o mais rápido possível.
Zé Encrenca atravessou, outra vez, o Bairro do Barro Vermelho e finalmente chegou à sua casa. Já passava das 19h30min, quando ele abriu a porta, sentou no sofá e já foi gritando: Maria, OH! Maria venha cá, que eu quero conversar com você. Entretanto, houve um silêncio absoluto e Maria não respondeu ao seu chamado. Ele insistiu: Maria venha cá. Mas, nada da Maria aparecer. Caramba! Cadê essa mulher?
Zé Encrenca vasculhou a casa toda e não havia nenhum sinal de Maria Problema, nem das crianças (Aninha e Paulinho, gêmeos com 7 anos de idade). Aí ele pensou: “Ué, que será que deu na minha mulher? Será que ela resolveu sair com as crianças para comprar o pão e o leite? Ou será que ela ficou muito aborrecida comigo e resolveu ir embora, levando as crianças?
Se Zé Encrenca que antes estava apenas brabo, agora começava ficar efetivamente danado, com a possibilidade de sua mulher ter saído de casa e levado os seus filhos.
Ah! Eu vou matar aquela mulher. Exclamou ele, várias vezes.
Ele pegou o telefone e começou a ligar para todo mundo que conhecia e para todos os lugares onde Maria poderia estar, mas ninguém sabia de Maria. Assim, o Zé Encrenca foi ficando cada vez mais atormentado e aborrecido.
Por volta de 22h30min, eis que Maria e as crianças aparecem na casa.
Zé Encrenca já foi logo chutando o balde: O mulher, você é doida? Onde é que você estava? E essas crianças até agora na rua? Quem você está pensando que é? E o que você está pensando que eu sou?
Maria, com a voz trêmula de medo do marido, disse: Espere aí e fique calmo homem, que eu posso explicar. Logo depois que encontrei você com o João, eu vim para casa. Mal cheguei e o Manezinho, filho da Zilá,(Minha amiga que mora na Fazendinha e que você conhece.) entrou aqui correndo e pedindo socorro porque havia estourado a Panela de Pressão na casa dele.
A Fazendinha é considerada a área mais nobre do bairro, porque lá existe um pequeno parque onde a grande maioria das pessoas do bairro passeia, se diverte e faz convescotes.
Tia Maria, por favor, vamos lá comigo, porque sujou tudo, quebrou um monte de coisas e, além disso, a minha mãe também se queimou nos braços, pernas, parte da frente do corpo e estava precisando de alguém para ajudá-la.
Daí, eu juntei as crianças e fomos correndo para lá. Afinal de contas, ela é minha amiga e vive sozinha com o filho, desde que o marido morreu naquele acidente terrível. Da mesma maneira que você em relação ao João, eu também não fiz nada de errado, apenas estava ajudando uma amiga necessitada.
Está bem mulher, me engane que eu gosto. Agora conta outra.
Zé foi isso mesmo que aconteceu. Por que eu haveria de mentir? Pergunte as crianças.
Então, porque você não ligou para casa Maria?
Primeiro porque lá na casa da Zilá não tem telefone e segundo porque eu sabia que você não estava em casa, pois tinha ido levar o João na casa dele, do outro lado do bairro.
Está legal Maria, mas então me conte o que aconteceu.
A Zilá estava cozinhando feijão para ela e para o Manezinho na panela de pressão e de repente a panela explodiu. A casa ficou um cacareco, quase tudo se quebrou na cozinha, o teto e as paredes ficaram totalmente lambuzados. Alguns respingos pegaram na Zilá, que, por sorte, estava longe do fogão na hora da explosão, mas, ainda assim teve várias queimaduras e está com o corpo todo ardendo. Nada muito sério, mas vai perturbar por algum tempo. Levei a Zilá na Farmácia do seu Zé da Botica, que deu uma boa olhada nas queimaduras dela e mandou que ela passasse uma pomada para amenizar as dores. Depois voltei com ela para casa e ajudei na limpeza e na arrumação da bagunça. Saí de lá e vim para casa, mas só consegui chegar agora.
Aninha resolveu ajudar a mãe e disse: Foi isso mesmo que aconteceu pai e enquanto a mãe arrumava as coisas para a Tia Zilá, eu, o Paulinho e o Manezinho ficamos na sala vendo televisão com uma moça que ficou o tempo todo cuidando da gente. Aliás, ela é muito legal e conseguiu nos distrair tão direitinho, que nem ficamos assustados com o acontecimento.
Então está certo. Bom, agora eu vou dormir, porque amanhã eu tenho que ir trabalhar cedinho e tenho que avisar para o chefe do João que ele não irá ao serviço. Boa noite.
Zé eu também vou ter que sair amanhã cedinho, depois que as crianças forem para a escola eu vou voltar lá na casa da Zilá, para ver se está tudo certinho com ela e depois eu volto para casa.
Tudo bem mulher, tudo bem. Amanhã é outro dia e espero que seja menos complicado que hoje.
No dia seguinte, no trabalho, o comentário era sobre duas histórias acontecidas no bairro, no dia anterior.
A primeira era sobre um “casal” de homossexuais que atravessaram o bairro abraçados, porque um deles, que tem uma bunda privilegiada, estava com a cara e o corpo ensangüentado pois caiu e rolou escorregando morro abaixo, enquanto o outro, possivelmente seu namorado ativo na relação, o arrastou pelas ruas do bairro para garantir que ele chagaria em casa sem ser molestado por ninguém. Disseram também que a mulher de um deles, ao ver a cena, bateu boca com o marido no meio da rua.
A segunda história era sobre uma mulher, conhecida por Zilá, que deu uma festa de arromba, onde aconteceu de tudo, lá na Fazendinha. Alguém divertia as crianças das pessoas que lá chegavam, numa sala de televisão, enquanto a esbórnia comia solta nos outros cantos da casa. Diz que a barulheira era tal, que até parecia com o estouro de uma panela de pressão. Falaram até que tinha uma mulher, que chegou com um casal de crianças, que era a mais animada de toda. Inclusive disseram que essa foi à farmácia do seu Zé Botica junto da Zilá, para comprar pomada japonesa e preservativo para os homens. Ao que parece ela era a principal e a mais festeira das amigas da Zilá.
Zé Encrenca coçou a cabeça (entenda testa) e resolveu não falar nada, no serviço, sobre o que aconteceu com o João, apenas disse ao seu chefe que o amigo tinha ido ao médico, não viria trabalhar e que depois ele mesmo explicaria o que havia acontecido. Por outro lado, Zé Encrenca nunca mais saiu de casa, nem para ir à padaria, nem discutiu mais com sua mulher e também nunca mais comeu nada feito em panela de pressão, apenas pediu para que sua mulher deixasse de ir à casa da Zilá.
Por sua vez, a mulher do Zé Encrenca, Maria Problema, agora está pensando em mudar de nome, pois o problema agora é só do seu marido, mas ela está com a consciência tranqüila. A única questão que ainda existe e que está chateando um pouco o Zé Encrenca é que as crianças vivem pedindo a mãe para serem levadas à casa da Tia Zilá, a fim de ver televisão e conversar com a moça que cuidou delas. Por conta disso, de vez em quando a testa do Zé Encrenca ainda coça, mas certamente não é nada de muito comprometedor e ele conseguirá suportar.
Ah! Ia me esquecendo. O amigo do Zé Encrenca, João Mala Cheia, está cuidando das feridas e de vez enquanto o Zé vai lá para visitá-lo e para tomar uma cervejinha. A mulher do João, Teresa Maluquinha, que, depois dos comentários, anda meio desconfiada com as visitas do Zé Encrenca ao seu marido, agora endoidou de vez e tem passado um pouquinho de ácido nas feridas do João. O menino, Tonico Medroso, também anda bastante envergonhado, por conta das coisas que ouviu sobre o seu pai e agora não tem mais dúvidas, acha mesmo que o pai é frouxo e precisa morrer.
Enfim, o Bairro do Barro Vermelho continua o mesmo, mas as famílias envolvidas nessas duas histórias estão marcadas pelo resto de suas vidas, embora ninguém possa efetivamente dizer nada de ninguém. O Bairro continua tranqüilo e a Fazendinha continua sendo a área nobre da cidade, mas agora, de acordo com a opinião popular, com atrativos alvissareiros e muito interessantes.
Quem se deu bem mesmo foi a Zilá, a mulher que ninguém nem sabe se existe mesmo, mas que, segundo consta, teve sua casa arrumada e ficou famosa por causa das festas que promove. No imaginário popular o Bordel da Zilá é o maior e o mais importante prostíbulo do bairro. Já há até quem tenha unido as histórias e diga que o casal homossexual se conheceu lá no Bordel da Zilá.
Bem, certamente eu não sei e ninguém vai saber, se o caso é totalmente verdadeiro, mas fica aqui o adágio popular que diz: “o povo aumenta, mas não inventa.”
Luiz Eduardo Corrêa Lima (52) é Biólogo, Professor, Ambientalista e Escritor;
Membro Fundador da Academia Caçapavense de Letras (Cadeira 25);
Ex-Vereador e Ex-Presidente da Câmara Municipal de Caçapava.