Desabafo de um Alcoólatra rascunho
Desabafo de um Alcoólatra
Por: Sandra L. Stabile
Desabafo de um alcoólatra
Irmã, queria poder escrever como você para o tempo passar,
Não sei mais o que fazer, pois vivo a vagar, a olhar para o nada
sem ter o que fazer, pois a maldita Cachaça não me deixa pensar.
Vivo a me perguntar: Estarei a me tornar em um ser vulgar?
Não!Não pense assim irmão,tente se curar, mas irmã não consigo
me livrar desse vicio que esta me matando.
Calma!Não fique assim, vai ver que te recuperas. Sim, sim, sim!Não!
Grita o vicio dentro de mim, ele me tortura quero sair para beber.
Estarei a enlouquecer. Não! Não pode ser,
eu estou sóbrio, mas nem assim consigo mais raciocinar, o que estará a
acontecer?Isto é esquisito não quero mais viver.
Vejo sombras estarei a alucinar?Não!Não pense assim tente se curar.
Irmã não tenho forças tente me ajudar, quero só um copo de cachaça
para me acalmar. Do que estava eu a falar?Lembrei!
Da loucura que a mente traz, das alucinações sem fim, sem princípio, sem
nexo, que vai ser de mim?Bebo todos os dias, acordo para beber, vivo nas
ruas a dormir, debaixo de sol, chuva ,sem banho tomar.
Minha cama é o chão frio, durmo melhor quando me dão um pedaço de papelão.
Ai juventude perdida por causa dessa cachaça maldida.
Ai, Ai, a minha vida está por terminar, nem sei se Deus pode me salvar, estou
no fim sem forças para lutar, só me resta esperar ,que essa maldita cachaça
acabe de me matar.
Não tenho mais saído só penso em afogar-me na cachaça maldita, minha vida
está destruída.
Pordoe-me minha irmã sei que sofre com a minha fraqueza, só estou esperando
Deus me chamar para no dia do juízo final quem sabe ele me perdoar.
E no dia 28 de Março de 1996 ele faleceu de cirrose hepática a maldita cachaça o destruiu