Moro em São paulo!! E agora? CAP. 17 Pesadelo Real

Moro em São Paulo! E agora?

Capitulo 17

Pesadelo real.

Jehh e eu entramos na padaria Bella Paulista.

Como a fama já dizia, estava lotada. Tinha fila de espera para a mesa. Mas tivemos sorte, pois conseguimos duas cadeiras para o balcão.

Pedimos o cardápio e escolhemos o que iríamos comer.

Jehh pediu croassan e chocolate gelado e eu coca-cola com um pedaço grande de pizza de palmito.

Hum... que delicia. Jehh dizia saboreando seu chocolate.

Jehh ainda me falava o quanto estava sendo especial o seu “namorico” com Cahh. Dizia que ele era pra casar. Às vezes ela trocava de assunto falando de sua outra paixão. O cinema. Ela adora o que faz! Tava com um projeto pra começar a rodar um curta sobre prostitutas da augusta. Augusta que talvez seja a terceira paixão.

Também quem não se apaixona pela augusta? Uma rua onde se encontra gente moderna e que você pode ser livre.

Antes de terminar nossa refeição Jehh solta um grito.

-Daniel!!!

Daniel . um amigo de Jehh e companheiro de faculdade. Ele se aproximou, fomos apresentados e logo estávamos os três conversando. Daniel contava sobre o seu projeto de curta. Ele iria fazer um documentário sobre tecnonick. Uma dança estranha que na Europa esta super em alta e agora começava a chegar no Brasil.

Eu particularmente não conhecia.

Assim que acabamos de comer, Daniel nos ofereceu carona. Aceitamos. Claro.

Daniel era um típico playboy. O carro dele era um New beatle amarelo. Fui entrando para sentar atrás, mas Jehh puxando-me discretamente fez um sinal que ela ia atrás e fez outro gesto contando que Daniel era gay. Como se já não tivesse percebido. Partimos em direção primeiramente a casa de Jehh, que mora na Mooca, zona leste de São Paulo.

Daniel ligou o radio que tocava uma musica muito triste, mas muito linda que é fake plastic trees do Radiohead. Quando chegamos próximo a rua dos trilhos já no bairro da Mooca, o carro foi cercado por duas motos, obrigando a Daniel parar.

Eles encostaram a moto do lado do carro, estavam armados. Com força bateram com a arma na janela do carro. Um assalto. Ficamos aterrorizados.

Daniel viu uma brecha que dava pra passar com o carro e sair correndo e assim sem pensar acelerou o carro, batendo na moto que estava do lado direito. Ele conseguiu derrubar o motoqueiro.

Todos nos ficamos parados, imóveis, praticamente sem respirar de tanto medo.

Então a motoqueiro que estava do lado esquerdo, o que havia batido no vidro com a arma sem pensar apontou a arma em direção ao carro e atirou.

Atirou três vezes acertando Jehh por duas vezes nas costas. Só consegui ouvir um grito de Jehh, que logo começou a chorar desesperadamente. Colocou a mão atrás de suas costas e voltando elas pra frente totalmente ensangüentada.

Desespero.

Daniel correu para o hospital que nem sei dizer qual era só sei que parecia ser longe demais.

Jehh chorava dizendo que iria morrer.

Meu deus que pesadelo era aquele?

Tentava acalmar Jehh. Mas eu mesmo precisava ficar calmo.

Pulei para o banco de trás do carro e deitei Jehh no meu colo. Segurei forte em suas mãos e comecei a clamar por Deus.

Orei com muita fé!

É apenas em momentos tão difíceis como esse que nos lembramos do nome de Deus.

Chegamos ao hopistal e Daniel desceu do carro correndo, gritando e pedindo ajuda. Logo veio enfermeiros com uma maca, pegou Jehh a colocou deitada e a levaram.

As horas ficaram eternas.

Não tínhamos noticias.

Ninguém sabia informar nada.

Daniel e eu apenas conseguimos chorar.

Quase 5 horas depois... O medico nos procura para nos dar noticia sobre Jehh.

Tiveram que operar Jehh para tirar as balas que perfuraram rins e o pulmão. Jehh perdeu muito sangue e infelizmente ela não resistiu os ferimentos e veio a falecer!

Tudo passou como um filme na minha mente. Lembrei-me de Jehh sorrindo pra mim naquele dia no bar. De como a gente dançou a nossa musica do My Chemical Romance. E o abraço gostoso que havia me dado para se despedir. Foi nesse momento que ouvi a voz dela me dizendo:

-Agora você tem uma amiga aqui em São Paulo.

Desmaiei de tamanha dor.

LEO CAMPOS
Enviado por LEO CAMPOS em 29/04/2009
Código do texto: T1566838
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