Moro em São paulo!! E agora? CAP. 15 inferno
Moro em São Paulo! E agora?
Capitulo 15
Inferno
Amanha é dia de pagamento.
Dia pagar aluguel, água, luz... Meu Deus... E sabe quanto eu vou receber??
O equivalente a duzentos e oitenta reais. To fodido... Meu cadê os mil e oitocentos oferecidos... To me sentindo enganado pela empresa. Prometeram-me tanta e não to vendo nada. Só não to tão fodido assim porque ainda tenho o seguro desemprego.
Quer saber? Vou sair de balada hoje! Faz tempo que não saio. Vou ligar pra Jehh. Tenho certeza que ela nunca diz não pra baladinha. E outra ficar em casa também não rola. La ta difícil. A bagunça que a galera faz todos os dias até tarde da noite estão me deixando estressado.
Marquei com Jehh onze e meia na estação do metro Consolação. E exatamente nesse horário la estava eu. Meia hora depois Jehh chega toda sorridente e estava linda.
Ela vestia um shorts jeans azul, por de baixo dele meia arrastão toda rasgada e coturno pretos, uma blusinha com uma caveirinha com laçinhos nos cabelos e a frase escrita: “I dont´t Love you”.
Deu-me um abraço gostoso e começou a dizer que estava apaixonada. No ultimo sábado que ela havia saído, conheceu Cahh... e praticamente foi amor a primeira vista.
Eles so não estava jutos nesse sábado porque ele estava viajando.
Fomos descendo pela augusta, contando as novidades. Por mais que Jehh e eu nao nos encontramos mais depois daquele dia do Vegas, sempre nos falamos pelo Orkut e MSN, então nossa amizade estava bem solida.
Rimos quando vimos uma prostituta da augusta cair de cara no chão porque quebrou o salto. Rimos mas depois ficamos com dó, porque parece que ela quebrou o nariz de verdade! Coitada.
Estávamos descendo para o bar da Loka, o mesmo bar que nos conhecemos. O Cadu ia estar junto com Dani a careca. Felipe chegaria mais tarde com Silvio. No bar tivemos sorte conseguimos pegar uma mesa logo que chegamos. Das pessoas que marcamos ninguém havia chego ainda. Então começamos a nossa bebedeira.
Jehh estava empolgadíssima com o Cahh, seu namorado novo, contou e recontou a historia de como eles se conheceram. Dizia ela que parecia cena de filme. Ela saindo da faculdade cheia de livros, de repente um esbarrão em Cahh, os livros caiem ao chão, os dois se baixam para pegar o livro e ele pega sem querer em sua mão e eles se olham pela primeira vez nos olhos. Pronto. Jehh estava apaixonada.
Essa cena é digna de filme e não poderia ser diferente para Jehh, estudante de cinema.
É amor. Dizia ela suspirando.
Quem diria que aquela garotinha com roupas estranhas, pirciengs era tão romântica! Conversa vai, conversa vem... chega todo o pessoal praticamente juntos. Todos se sentam e cada pega um copo e enche com a cervejinha gelada.
E por la ficamos por horas.
Com a cerveja na cabeça todo mundo ficou afim de sair pra dançar. O bar já havia cansado.
-Vamos pro inferno? Disse Jehh seriamente.
Jehh percebendo minha cara de estranhamento me disse:
-Calma Rafael! Inferno é o nome de uma balada aqui na Augusta! Hahahahhaha. Soltou uma gargalhada.
Com certeza eu aceitei. Eu tenho que conhecer esse lugar com esse nome tão bizarro!
Pagamos a conta e novamente descemos nós para o Inferno.
A fachada da boate não era nada bizarro, nada de demônios chifrudos na recepção. Apenas escrito em vermelho. INFERNO. Estava rolando naquele dia uma festa com o tema muito estranho e nos fez rir muito. “Mulher de bigode o brejo come!” no flyer um sapo de bigode! Ou seja, a festa era de lesbicas. Mas mesmo assim decidimos entrar. O som que rola la dentro é muito bom, segundo Jehh e Dani.
Ao entrar no inferno, ele estava lotado.
Rimos pra caramba. Porque assim que entramos Dani se empolgou demais com uma cara lindo, estilo Jim Morrison.
-To passando mal de ver esse cara! Perfect. Dizia Dani.
Mas ao chegar mais perto, vimos que na verdade não era ele e sim ela.
É melhor eu tomar cuidado também, não quero me confundir assim e no final perceber que esta faltando algo no cara que estou pegando.
Ficamos no inferno e o inferno pelo menos naquela noite não estava tão legal assim.
Era quase quatro da manha, Jehh e eu decidimos sair fora, estávamos com fome e cansados. Iríamos passar na Padaria Bella Paulista comer algo e depois esperar abrir o metro. O pessoal decidiu ficar.
Saímos e caminhamos em direção a Bella Paulista. Uma padaria badaladíssima que vive lotada 24 horas.
Sinto em mim que não deveríamos ter saído do inferno.