Imagem retirada da busca Google
AMBIGUIDADE...
Bem disse ANTOINE DE SAINT- EXUPÉRY: "As palavras são fontes de mal-entendidos!"
Você, leitor, deverá ler o poeminha inserido no texto com duas visões. De uma menina ingênua e de uma mulher ciumenta. Então, terá duas interpretações. O perigo da ambiguidade...
Foi no que deu quando Íris resolver fazer uns versinhos meio sem jeito, com rimas pobres para dizer que morria de medo de dentistas. Com sua ingenuidade de menina do interior, criada na fazenda, quis registrar as horas que sofria ao ter que ir ao consultório dentário.
Pegou papel, caneta e umas idéias da cabeça e lá se foi Íris inventar de ser poetisa...
O Dentista
Às três da tarde,
Já vem ansiedade...
Meu coração acelerado palpita,
É hora de ir ao dentista!
Quando chego ao consultório
Ele me senta na cadeira,
Minhas mãos suam,
E tenho tremedeira.
Meu corpo inteiro estremece.
Ele me deixa de boca aberta
E com água na boca...
Estou sem ar,
não consigo respirar!
Quando se aproxima de mim
Chego a sentir sua respiração
Por estar tão próximo
Nos olhamos olho no olho
Fico imóvel, sem ação.
Tudo bem, terminou
É era de partir...
Meu coração se aquieta
Penso: “Que alívio!”
E saio a sorrir.
Mas chego a casa,
Na hora ir para cama,
Não consigo dormir...
Fico pensando no dentista,
E fico com insônia.
Murmuro sorrindo:
-Mas que drama!
Íris termina de compor seu primeiro poeminha. Lê para a mãe e para a irmã, que acham uma beleza. Incentivada pela família, faz uma cópia com uma bonita grafia para presentear o doutor dentista.
Na hora marcada, Íris está no consultório para a última revisão. Quando termina, toda envergonhada, entrega ao dentista que lê, ri e gosta . O dentista Raul agradece a homenagem feita pela bondosa Íris. E diz:
- Não foi tão mal assim, certo?
- Para mim que morro de medo em vir ao dentista, sim... – responde sorrindo a jovem interiorana.
O que Íris não imaginava era a confusão que causaria ao pobre do dentista. Acontece o seguinte, o texto da Íris, dependendo de quem lê, dá duas versões. Foi justo o que aconteceu com a mulher do Raul. Quando ele chegou em casa com aquela poesia, a mulher dele quis logo pedir divórcio dizendo que ele não se dava o respeito de se envolver com uma paciente, ainda por cima com aquela declaração de amor.
Até o dentista explicar para a mulher, a história da poesia deu pano para manga...
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AMBIGUIDADE...
Bem disse ANTOINE DE SAINT- EXUPÉRY: "As palavras são fontes de mal-entendidos!"
Você, leitor, deverá ler o poeminha inserido no texto com duas visões. De uma menina ingênua e de uma mulher ciumenta. Então, terá duas interpretações. O perigo da ambiguidade...
Foi no que deu quando Íris resolver fazer uns versinhos meio sem jeito, com rimas pobres para dizer que morria de medo de dentistas. Com sua ingenuidade de menina do interior, criada na fazenda, quis registrar as horas que sofria ao ter que ir ao consultório dentário.
Pegou papel, caneta e umas idéias da cabeça e lá se foi Íris inventar de ser poetisa...
O Dentista
Às três da tarde,
Já vem ansiedade...
Meu coração acelerado palpita,
É hora de ir ao dentista!
Quando chego ao consultório
Ele me senta na cadeira,
Minhas mãos suam,
E tenho tremedeira.
Meu corpo inteiro estremece.
Ele me deixa de boca aberta
E com água na boca...
Estou sem ar,
não consigo respirar!
Quando se aproxima de mim
Chego a sentir sua respiração
Por estar tão próximo
Nos olhamos olho no olho
Fico imóvel, sem ação.
Tudo bem, terminou
É era de partir...
Meu coração se aquieta
Penso: “Que alívio!”
E saio a sorrir.
Mas chego a casa,
Na hora ir para cama,
Não consigo dormir...
Fico pensando no dentista,
E fico com insônia.
Murmuro sorrindo:
-Mas que drama!
Íris termina de compor seu primeiro poeminha. Lê para a mãe e para a irmã, que acham uma beleza. Incentivada pela família, faz uma cópia com uma bonita grafia para presentear o doutor dentista.
Na hora marcada, Íris está no consultório para a última revisão. Quando termina, toda envergonhada, entrega ao dentista que lê, ri e gosta . O dentista Raul agradece a homenagem feita pela bondosa Íris. E diz:
- Não foi tão mal assim, certo?
- Para mim que morro de medo em vir ao dentista, sim... – responde sorrindo a jovem interiorana.
O que Íris não imaginava era a confusão que causaria ao pobre do dentista. Acontece o seguinte, o texto da Íris, dependendo de quem lê, dá duas versões. Foi justo o que aconteceu com a mulher do Raul. Quando ele chegou em casa com aquela poesia, a mulher dele quis logo pedir divórcio dizendo que ele não se dava o respeito de se envolver com uma paciente, ainda por cima com aquela declaração de amor.
Até o dentista explicar para a mulher, a história da poesia deu pano para manga...
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