CAVALO AMARRADO TAMBÉM PASTA!
 
Não sei bem o que ela tinha de interessante e mágico que enfeitiçava Marcos de tal forma que ele não conseguia mais agir com racionalidade. Não sabia viver sem ela. Ele respirava Marina! Tornara-se seu escravo, fazia-lhe todas as vontades, o medo de perdê-la era assustador. Sabia de sua fraqueza diante de todos, do amor sem controle, obsessivo que tinha por ela. Nada importava, nem mesmo os alertas dos amigos, quando diziam que ela não merecia seu amor, sua fidelidade, pois não lhe retribuía na mesma medida.
 
Rapaz bonito, executivo bem sucedido, disputado pelas mulheres mais desejadas da empresa multinacional onde era Gerente, mas ele não via. Estava cego de paixão por Marina, moça da periferia, sem nenhuma instrução e comportamento suspeito.
 
Até que, uma noite, ao chegar mais cedo em casa, encontrou-a, toda sedutora em uma camisola curta, vermelha, transparente, servindo um Scotch (o seu preferido) a um homem desconhecido, em cima de sua cama, em seus lençóis! Explodiu, gritou, esbravejou – se tivesse uma arma, teria dado cabo de ambos – mas achou melhor botar os dois para fora de sua casa. Não queria vê-la nunca mais – gritou!
 
Saiu, entrou no primeiro bar que encontrou, embriagou-se até quanto pôde, tomou um táxi e foi bater na porta de sua secretária - Vilma - com quem havia tido um affair, antes dessa loucura em que se metera. Quanto tempo perdido! Quanta dedicação inútil!
 
Ela o recebeu como sempre, cheia de amor pra dar, carente de todos os meses que ficara sem seu carinho. Como foi que ele ficou tanto tempo  sem ela? Como fora estúpido! Lembrou-se de Pedro, seu amigo de infância, que lhe chamava a atenção para as coisas boas da vida.

- Sai dessa, cara! A mulherada tá te dando mole e você nem aí?
- Mas eu sou casado, cara!
- E daí, mermão? Cavalo amarrado também pasta!



AMIGOS!

Ainda cuidando da gripe "maledetta" que contraí, estou lendo vocês aos poucos, na medida em que meu corpo pode suportar! Logo, logo, voltarei com a corda toda, inteira e total!
Beijos e obrigada pelo carinho e amizade incondicional.
(Milla)