O Vizinho

Um homem acorda de madrugada ficando pra lá e pra cá sem conseguir dormir novamente. Levanta-se revoltado perguntando para si mesmo o porquê daquela insônia. Subitamente seus olhos carregados de cansaço ficam acesos com a imagem que ele ver do outro lado da rua. Era a sua nova vizinha que se mudara recentemente para o apartamento que fica de frente para o seu. Com seu short branco, pequeno e transparente, camiseta regata da mesma cor e calcinha idem que mal dava para cobrir a sua genitália, seios que pareciam dois melões que não balançavam de tão firmes que são, deixando o sujeito completamente ensandecido, paralisado, sem saber o que fazer. Sua alegria rapidamente dá sinal de vida, pulsando, latejando, querendo devorar não em sonhos ou pensamentos, mas na pratica de dois corpos se conhecendo. Branca de olhos verdes, cabelos longos, lisos e pretos e um maravilhoso corpo compatível com o que faz para mantê-lo rígido e sadio, e com três tatuagens espalhados pelo monumento. Do lado esquerdo da virilha uma rosa vermelha; um pequeno beijar-flor do lado direito da bunda e um casal se abraçando um pouco acima do seio esquerdo, estava completo um apetitoso conjunto de pele, carne e osso de vinte e três anos de idade. Mas por enquanto a sua imaginação vai trabalhar bastante para conseguir realizar o desejo da sua carne. Sem conseguir piscar ele continua a espiar o delicioso corpo desfilando em direção ao seu aposento de descanso sem a camiseta regata, deixando amostra as magníficas tetas da mulher, que antes de entra para o seu descanso noturno tira o bonito shortinho e a calcinha, joga no ombro e dá uma olhada discreta para trás fazendo com que o observador se esconda atrás da cortina, ela entra maliciosamente no seu quarto e fecha a porta. Ele fica ali, sentado, na escuridão do seu quarto, olhando fixamente para a janela da sua nova musa, querendo vê-la outra vez. Fica torcendo para que ela apareça com o seu corpo escultural, bronzeado e com uma marquinha de biquini altamente hiper gostoso. Não consegue segurar a onda e ali mesmo faz uma corvadia pensando na boca de veludo da divina criatura que surgiu para bagunçar o seu frágil comportamento diante do sexo oposto. No mesmo prédio para onde se mudou a nova e suculenta vizinha, outra moradora faz saliência com seu marido com o traseiro virado para o tarado. Ela subia e descia com uma maestria conciliável a sua experiência. A sua habilidade em mover o corpo era incomparável, uma harmonia que o seu par não a acompanhou se esgotando antes mesmos que ela pudesse arregalar os olhos para o infinito, deixando-a sem chão mais uma vez. Sua fisionomia fica fechada e carrancuda, não abalando o homem que dá uma tapa na bela bunda da sua fêmea que não ficou contente com o desempenho do companheiro. A insaciável mulher fica em pé enquanto o marido vai ao banheiro. De pé, olhando para o teto, ela balança a cabeça negativamente. Deita-se no sofá ficando aberta para os seus anseios mais íntimos, buliçosos e descabidos diante da situação em que se encontra, por tanto ela teria que se virá sozinha e terminar o serviço que o marido nã conseguiu concluir com êxito, tendo em vista a sua necessidade de subir ao céu. Detesta usar as próprias mãos para saciar a fome da sua gula, que antes eram raros, agora são freguentes, dadas as circunstâncias mal resolvidas do seu parceiro de aliança. Sente-se alegre com a sensação de dever cumprido, pois o cônjuge esta aliviado, e ao mesmo tempo frustrada por não ter chegado mais uma vez a turgescência, ao delirio, as nuvens com um belo audaz dentro dela. Aquele que seria a sua alma gêmea se encolhe dianto do vigor, da exuberância, das atitudes carnais da sua companheira de lençol. Ele quase sempre fracassa entre quatro paredes. Ela tem tudo dentro de casa, contudo falta o principal, falta à chama que alimenta um relacionamento, falta o êxtase do casal, que infelizmente ela não encontra no seu próprio lar. O belo material humano se debruça na janela e chora, mesmo sabendo que está sendo observada, analisada e comida pelos olhos do voyeur. Ela se afasta devagar, gira rapidamente como se estivesse dançando balé e manda um beijo para o tarado de plantão, aponta para a sua vulva bonita e depilada oferecendo a sua gruta a ele e fala pausadamente.

- Eu quero gozar! - Apontando para a majestosa perereca lisa. - Quero você dentro de mim.

A fogosa potranca se encaminha para a direção do quarto do casal e some na escuridão do seu apartamento. O cara de pau do outro lado fica maravilhado com a mulher que aparenta uns quarenta anos de idade, com um corpo que parecia uma menina de vinte anos de idade mesmo com os silicones nos seios, cabelos curtos, negros, olhos castanhos, pele parda com bronzeamento natural, pernas bem torneadas por bicicleta, corrida e musculação, um metro e sessenta e cinco de altura em cinquenta e três quilos bem distribuídos num corpo de menina-senhora. Ele conhecia muito bem na teoria o corpo da mulher que ele estava babando e o horário diurno e noturno daquela que para sua mente pervetida tem um defeito: a belíssima mulher era casada.

Ainda com seu passatempo na mão que agora está dormindo devido à perde de fluídos por causa da excitação acumulada há dois meses, liquido este que está no chão do seu quarto, na parede, na cortina e na sua mão. O camarada deita-se na cama exausto com a experiência, do jeito que caiu no leito, ficou e dormiu. No dia seguinte não saberá se foi um sonho ou se foi uma realidade alucinógena. Duas visões espetaculares, duas mulheres, dois corpos perfeitos e duas insinuações diretas para o vigilante tarado.

Na manhã com o sol iluminando a todos e ele com um sorriso barulhento, toma o seu café matinal em pé de frente para a janela da sala vendo o movimento e pensando nas beldades. O ser humano que gosta de olhar outros seres humanos, especialmente as mulheres, analisa o que ocorreu na noite anterior. A primeira fêmea trabalha a noite vestida de lingerie, não sairia com ele justamente por ser seu vizinho. Tem um namorado fixo, respeita e honra o lugar e o lar onde mora. A jovem não sente pudores em relação ao sexo, gosta de gemer e fazer os que usam cuecas gemerem, mesmo que para isso ela tenha que fingir que adorou a companhia dos desesperados que adoram pagar para ter fantasias com calcinhas, sutiãs e apetrechos. Ela combinou dinheiro com satisfação horizontal, não é ardilosa com os clientes, se sente tranquila e feliz naquilo que escolheu para a sua vida e não sente ressentimentos em relação passado, presente e muito menos o futuro que poderá vir ou não, seja para ela ou para qualquer um que esteja vivo. Sabe que sua predileção foi perigosa e que deixa seus familiares apreensivos, pois sabem o que ela faz. Segue vivendo um dia após o outro. A segunda fêmea deseja muito sair com ele, por se casada e ele conhecer o varão da menina-senhora, mesmo sabendo que ela o trai devido ao problema de ejaculação precoce do esposo que não a completa totalmente, ele que é que não que sair com ela por conhecer o casal e o filho de apenas dez anos de idade. A enxuta coroa derramou alguns litros de lágrimas por causa da sua situação dependente financeiramente. Não ama o marido, apenas gosta dele. Por isso as traições, os delirios fora do matrimônio. Sentia-se uma puta, uma rameira de quinta categoria, entretanto o grito das suas entranhas lhe cobra todos os dias um corpo quente para abraçar. Gosta de se sujar especialmente com jovens sem compromissos sentimentais, financeiros ou matérias, tudo a base de troca. Poderá perdurar por muito tempo a situação que ela não resolveu ao longo dos anos que se passou. Ainda chorando está conseguindo ver passarinho verde, sentir vertigem, ver estrelas, sentindo homens grandes, homens pequenos e homens médios. Não é infeliz, está conseguindo controlar a tristeza de não ter um cabra potente. Segue vivendo tendo seus casos sem importância amorosa, todavia com desfrutes importantes e necessários. A gostosa senhora parda, com uma tatuagem tribal nas costas acima das lindas nádegas sem celulite e sem estrias, poderia sair com qualquer um, menos com ele.

Da madrugada de sábado para domingo em que ele adormeceu profundamente, sonhou coisas obscenas com suas vizinhas até a hora que ele acorda com uma felicidade no corpo e sai direto a passos tranquilos à janela para prestigiar o dia que chegou para minimizar a dor de uns e aquecer os corações de outros, ele fica extasiado com o final que foi desenhado desde aparição da duas deslumbrantes figuras não para sua diversão e sim para as suas lembranças num tempo vindouro. Sendo assim o tarado inofensivo continuaria a abrias as janelas da sua morada de manhã, de tarde e igualmente a noite para ficar de tocaia, olhar, vigiar, espiar...

Daniel Almeida
Enviado por Daniel Almeida em 31/01/2009
Código do texto: T1414346
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